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      Dólar à vista fecha em baixa, a R$ 5,6551 na venda

      A moeda norte-americana recuou ante boa parte das demais divisas no exterior

      Notas de dólar (Foto: Luisa Gonzalez / Reuters)
      Leonardo Lucena avatar
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      Por Fabricio de Castro

      SÃO PAULO (Reuters) - Em uma sessão de liquidez reduzida, o dólar oscilou em margens estreitas nesta sexta-feira e fechou em leve queda, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior, em meio à expectativa pelas negociações tarifárias entre EUA e China no fim de semana.

      A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,12%, aos R$5,6551. Na semana, a divisa ficou praticamente estável, acumulando baixa de apenas 0,02%.

      Às 17h39 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- cedia 0,14%, aos R$5,6810.

      No início do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial medida pelo IPCA foi de 0,43% em abril, abaixo do 0,56% de março. Apesar da desaceleração, a taxa acumulada em 12 meses chegou a 5,53% em abril, ante 5,48% em março e bem acima da meta contínua perseguida pelo BC, de 3%.

      A abertura do indicador também trouxe itens desfavoráveis. A média dos núcleos de inflação ficou em 0,50% em abril, acima da projeção de 0,44%, conforme cálculos do banco Bmg. Serviços subjacentes avançaram 0,61%, ante projeção de 0,52% do Bmg.

      Neste cenário, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) avançaram no início do dia, enquanto o dólar à vista marcou a cotação máxima da sessão de R$5,6698 (+0,14%) às 10h05.

      Depois disso, a moeda voltou a oscilar no território negativo, mas sem tanta força: às 12h45 ela marcou a cotação mínima de R$5,6385 (-0,42%). Assim, da máxima para a mínima a oscilação foi de apenas -0,55%.

      “O dólar ficou o dia inteiro em torno dos R$5,65, sem muita volatilidade e, ao que tudo indica, com um fluxo pequeno”, comentou João Oliveira, head da Mesa de Operações do Banco Moneycorp. “A expectativa é pela reunião do fim de semana entre EUA e China, que pode trazer boas notícias sobre tarifas”, acrescentou.

      Na quinta-feira, Trump disse esperar que haja negociações substanciais entre os dois países e afirmou que as tarifas não podem ir além de 145%.

      "Não dá para aumentar mais. Está em 145%, então sabemos que vai cair", disse Trump.

      Nesta sexta, ele afirmou que uma tarifa de 80% para a China “parece correta”. "A China deveria abrir seu mercado para os EUA -- seria muito bom para eles!!! Mercados fechados não funcionam mais!!!", acrescentou Trump em uma postagem no Truth Social.

      Essa expectativa antes das negociações entre EUA e China fez o dólar ceder ante boa parte das demais divisas no exterior, incluindo pares do real como o peso mexicano e a lira turca. Às 17h25 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,26%, a 100,390.

      Para Oliveira, do Moneycorp, se as negociações entre os dois países forem bem-sucedidas, o dólar teria espaço para ceder ainda mais ante o real, para níveis mais próximos dos R$5,60 ou R$5,55.

      Em comentário a clientes enviado pela manhã, o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, recomendou aos importadores que comprem dólares na faixa dos R$5,65.

      “No momento, com dólar em torno de R$5,65, podemos voltar às compras. Porém, reiteramos nossa visão da possibilidade, cada dia maior, do dólar reverter a atual tendência de alta”, disse.

      Pela manhã, o BC vendeu toda a oferta de 25.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025.

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