TV 247 logo
      HOME > Economia

      Dweck assegura que estatais não passam por suposto "rombo" e diz que Lula acompanha a situação

      Das 11 empresas brasileiras que apresentaram déficit, na verdade nove delas tiveram lucro em 2024

      A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
      Leonardo Sobreira avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, desmentiu novamente nesta quarta-feira (5) os rumores, divulgados pela imprensa corporativa e pelo Banco Central, de que as estatais brasileiras estariam passando por uma crise em suas contas, e afirmou que o presidente Lula presta atenção à situação.

      "O presidente está muito preocupado, na verdade está prestando muita atenção nas estatais. (...) Ele quis que trouxessem aqui os resultados, (as estatais) trouxeram linhas de financiamento, como estão andando", disse Dweck a jornalistas após uma reunião com Lula e os bancos públicos, de acordo com a revista Exame.

      Mais cedo, em transmissão pública, a ministra assegurou que não há "rombo" nas estatais. Ela explicou que déficits temporários não equivalem a um rombo, após a imprensa corporativa e o Banco Central divulgarem cálculos enviesados.

      “Muitas dessas empresas, como elas estão gastando dinheiro que está em caixa, isso não aumenta o endividamento delas. Não tem a ver com o aumento da dívida pública. Ao contrário. Essas empresas estão gastando dinheiro em caixa”, explicou a ministra.

      “Eu queria dar um outro dado. É o dado de crescimento do investimento das estatais. Houve um aumento de mais de 40% em relação a 2023 e de quase 100% dos investimentos em relação a 2022”, acrescentou.

      Das 11 empresas brasileiras que apresentaram déficit, na verdade nove delas tiveram lucro em 2024. O motivo é a diferença entre a contabilidade das estatais e das empresas privadas, afirmou.

      “A gente tem dois tipos de contabilidade. A contabilidade fiscal, que se aplica melhor às contas públicas, ou seja, contas de governo, que tem uma lógica específica, porque justamente a gente pega as receitas contra as despesas do ano. E, por exemplo, qualquer gasto com investimento ele é cheio todo ano. O PAC gastar R$ 30 bilhões, mesmo que construindo algo que vai ficar durante 50 anos no Brasil, a gente contabiliza os R$ 30 bilhões inteiros como despesa e, portanto, você vai fazer as receitas do ano, a diferença com as despesas, qual o resultado fiscal. Essa é a lógica de contabilidade pública que se aplica muito bem a governos", disse.

      “Já a contabilidade empresarial não é assim. Tem outra lógica. Por exemplo, o investimento, uma empresa privada não deduz o valor cheio do investimento quando ela faz. Justamente do ponto de vista de a gente apurar se a empresa está com saúde financeira ou não, você olha o que a gente chama de valor que se deprecia cada ano. Então, se ela faz um investimento por exemplo, numa máquina, a máquina tem 10 anos de vida útil, ela vai pegar aquele valor, dividir por 10 e botar no balanço, a cada ano, um décimo daquele valor. Porque aquele ativo vai ficar no balanço dela no mínimo 10 anos. Aumenta o ativo dela, ou seja, aumenta o balanço e ela entra como despesa diferida no tempo, como a gente fala”, explicou ela.

      “Não existe rombo. O que houve foram investimentos, o dinheiro está sendo executado. As empresas estatais brasileiras voltaram a investir", finalizou.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Relacionados