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    Queda do dólar "ajuda muito" no controle da inflação, diz Haddad

    Segundo o ministro, com ações do BC e da Fazenda, aliadas à previsão de safra recorde, os indicadores econômicos devem melhorar

    Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
    Redação Brasil 247 avatar
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    Reuters - O recente movimento de queda do dólar "ajuda muito" no combate à inflação, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevendo que as ações do Banco Central e do governo ajudarão a melhorar indicadores econômicos.

    Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que o BC terá tempo para analisar o prazo necessário de juros restritivos para baixar a inflação, ressaltando que o novo sistema de meta contínua permite uma melhor acomodação e maior racionalidade na condução da política monetária.

    Em relação às preocupações do BC sobre a transmissão de um dólar mais alto para os preços no país, Haddad comemorou o recuo da moeda americana, que opera em 5,80 reais após ter fechado 2024 próximo a 6,20 reais.

    “O dólar estava 6,10 reais e está 5,80 reais, isso já ajuda muito...Com a ação do Banco Central e a ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso certamente vai favorecer", disse.

    Ele ainda afirmou ter confiança de que a safra agrícola deste ano será muito forte e ajudará a arrefecer a inflação.

    Na última quarta-feira, o BC decidiu seguir o ritmo de aperto nos juros já previsto ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e manteve a orientação de mais uma alta equivalente em março, deixando os passos seguintes em aberto.

    Na entrevista, o ministro ainda afirmou que o governo encontrou uma solução para contemplar fundos de investimento e do agronegócio na regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, sem dar detalhes.

    Após o Congresso incluir na regulamentação da reforma um dispositivo para isentar FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio) da cobrança sobre operações com bens imóveis, o trecho foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Na área fiscal, o ministro afirmou que as medidas aprovadas pelo Congresso Nacional no fim de 2024 representaram uma contenção de 30 bilhões de reais em gastos neste ano, o que permitirá ao governo fazer acomodações no Orçamento.

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