Se Eletrobras passar, Petrobras será a próxima
Se a sociedade brasileira permitir que um governo não eleito, que chegou ao poder por meio de um golpe, privatize a maior empresa brasileira do setor elétrico, que controla 40% da geração de energia no País, que ninguém duvide: o próximo passo de Michel Temer será a venda da Petrobras; a privatização da empresa de petróleo, na prática, já começou, com a venda de ativos por Pedro Parente e com a desistência da estatal de participar dos próximos leilões do pré-sal; segundo o ministro Fernando Coelho Filho, o governo poderá arrecadar R$ 20 bilhões com a privatização da Eletrobras, cerca de 15% do rombo anual produzido por Temer
247 – O anúncio da privatização da Eletrobras pode ser um balão de ensaio para aquele que talvez seja o grande objetivo das forças que promoveram o golpe de 2016: a venda da Petrobras.
Se a sociedade brasileira permitir que um governo não eleito, manchada pelas mais graves denúncias de corrupção já vistas no País, privatize a maior empresa brasileira do setor elétrico, que controla 40% da geração de energia no País, que ninguém duvide: o próximo passo de Michel Temer será a venda da Petrobras.
A privatização da empresa de petróleo, na prática, já começou, com a venda de ativos por Pedro Parente e com a desistência da estatal de participar dos próximos leilões do pré-sal – abrindo espaço para multinacionais como Shell, Exxon, Chevron e Total.
Segundo o ministro Fernando Coelho Filho, o governo poderá arrecadar R$ 20 bilhões com a privatização da Eletrobras. Isso equivale a apenas 15% do rombo anual produzido por Temer.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre a venda da Eletrobras:
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A proposta do Ministério de Minas e Energia de privatizar a Eletrobras, com a venda do controle da elétrica federal, pode gerar uma arrecadação de até 20 bilhões de reais para a União, disse à Reuters o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
O ministério anunciou na segunda-feira a intenção de desestatizar a empresa e, de acordo com Coelho Filho, o processo será conduzido por meio da emissão de novas ações, diluindo a fatia da União.
"A Eletrobras, como holding, com todos seus ativos dentro, vai entrar nesse pacote...O governo não vende ação; propomos a emissão de novas ações e, ao se fazer isso, as atuais ações serão diluídas, e a (participação da) União será diluída também", explicou ele.
A proposta é que sejam colocadas barreiras para impedir a concentração dessa compra nas mãos de um único investidor ou grupo.
"Vamos fazer uma série de regras para a democratização desse capital e possivelmente limitando-o a uma participação máxima por empresa. Acho (que mesmo assim) não vai faltar interessado, não", disse o ministro.
"Algo muito semelhante com o que se fez com Vale e Embraer no passado", concluiu.
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