"Moro se tornou um criminoso e a esquerda se calou", diz empresário

247 - O ex-deputado e empresário Tony Garcia voltou a fazer denúncias contra a Lava Jato e o ex-juiz e atual senador Sergio Moro, destacando a impunidade dos envolvidos e alertando para a possível reorganização do grupo que impactou a política nacional. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, Garcia criticou o silêncio do campo progressista diante do que ele chama de "nova articulação" de Moro e seus aliados para 2026.

"O inquérito foi fechado, enviado ao ministro, encaminhado à PGR e depois devolvido. Estamos esperando há um ano e nada acontece", afirmou Garcia, referindo-se às investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a atuação da Lava Jato e a conduta de juízes como Gabriela Hardt e o próprio Moro.

Garcia destacou que entregou mais de sete mil páginas de documentos e gravações que comprovariam que a operação foi usada politicamente para perseguir adversários e chantagear autoridades. "As provas são inequívocas. Eles desviaram dinheiro, manipularam processos e abusaram do poder", afirmou.

O silêncio do campo progressista

O ex-deputado criticou a falta de mobilização do governo e de setores progressistas diante da inação da Justiça em relação às denúncias que apresentou. "Cadê a esquerda? Cadê os senadores que iam me chamar para depor? Onde estão as vozes que deveriam defender Lula e Zé Dirceu?", questionou Garcia.

Ele apontou que a esquerda abandonou o combate à Lava Jato após o retorno de Lula ao poder. "Está todo mundo cuidando de si. A pré-candidatura de Moro ao governo do Paraná está posta. Ele tem 46% de intenção de votos. Vai continuar conspirando contra o Brasil. Ele e Deltan sabem o que estão fazendo", alertou.

A rearticulação da extrema direita

Segundo Garcia, a extrema direita continua avançando, agora com o apoio de setores internacionais. "Com a volta de Trump, eles estão se movimentando para reativar os ataques ao STF e ao governo. Estão manipulando a pauta da corrupção para desgastar o governo e criar um novo cenário para 2026", declarou.

Garcia também denunciou o papel da Transparência Internacional, organização que, segundo ele, atua para reforçar a narrativa de que o Brasil está destruindo seus mecanismos de combate à corrupção. "Isso faz parte do plano deles. Estão construindo uma imagem negativa do Brasil para alimentar a retórica da direita", afirmou.

Chantagens e espionagem ilegal

Durante a entrevista, Garcia reiterou que a Lava Jato operava com métodos ilegais, como espionagem e chantagem. "Moro me mandava gravar ligações, fazia lista de alvos, criticava ministros do STF. Tudo isso está nos autos. Aí eu pergunto: por que ele nunca me processou?", indagou.

Garcia também afirmou que sua família continua sendo alvo de ameaças. "Pedi proteção, encaminhei provas de intimidação ao CNJ, mas até agora nada aconteceu. Eles tentam me desestabilizar de todas as formas", relatou.

Cobrança por ação imediata

Encerrando a entrevista, Garcia fez um apelo ao campo progressista para retomar o enfrentamento contra Moro e seus aliados. "Eu me expus, apresentei provas, botei minha vida em risco. Agora cabe ao governo, ao PT e à esquerda cobrar a punição dessa gente. Se não fizerem isso agora, em 2026 eles voltarão com tudo", alertou. Assista: