Thiago Esteves: 'Possível apartheid em escola de SC é um laboratório do que Trump já faz nos EUA'
Analista alerta para radicalização da educação e influência da extrema direita
247 - O professor e analista Thiago Esteves afirmou, em entrevista à TV 247, que o caso de segregação racial denunciado em uma escola de Santa Catarina reflete um projeto ideológico maior, inspirado na extrema direita global. Segundo Esteves, esse tipo de prática é um "laboratório" para experiências que já ocorrem nos Estados Unidos sob a influência do ex-presidente Donald Trump.
"O que estamos presenciando não é um fato isolado. Trata-se de uma estratégia testada e replicada em diferentes países, com o objetivo de radicalizar a sociedade desde a base, a partir da educação", alertou Esteves. Para ele, políticas de exclusão e divisão social fazem parte de um movimento global que busca enfraquecer princípios democráticos e consolidar um discurso de supremacia racial e cultural.
O analista destacou que esse tipo de discurso, amplamente utilizado por Trump nos Estados Unidos, busca transformar a educação em um campo de batalha ideológico. "O que vemos hoje nos EUA é a proibição de livros, a perseguição de professores e a censura de conteúdos que promovam a diversidade. Agora, querem testar esses mecanismos no Brasil", explicou.
Segundo Esteves, o Brasil tem sido alvo de uma agenda que busca modificar o sistema educacional para restringir o pensamento crítico e reforçar uma visão conservadora de mundo. "Não é coincidência que as mesmas estratégias estejam sendo aplicadas aqui. O objetivo é claro: segregar, dividir e criar uma geração de jovens alienados", enfatizou.
O analista reforçou a necessidade de mobilização para combater essas práticas e impedir que o Brasil siga o caminho de radicalização visto em outros países. "Se não reagirmos agora, corremos o risco de perder uma geração inteira para um projeto de domínio ideológico que não visa apenas a educação, mas a reconfiguração total da sociedade", concluiu. Assista:


