Promotor exibe foto impactante no julgamento da equipe médica de Maradona: “eles deliberadamente o deixaram morrer"
Acusados respondem por homicídio por negligência; promotoria aponta "abandono cruel" do ex-jogador
247 - O julgamento da equipe médica responsabilizada pela morte de Diego Maradona teve um início marcante nesta terça-feira (12), em Buenos Aires. Durante sua exposição inicial, o promotor Patricio Ferrari apresentou aos juízes uma imagem de como o ex-jogador foi encontrado em 25 de novembro de 2020, data de seu falecimento. "Foi assim que Maradona morreu", declarou Ferrari, destacando o estado de abandono do craque e reforçando a acusação de homicídio por negligência. A informação foi divulgada por sites de notícias locais que acompanham a audiência em transmissão ao vivo, destaca o Infomoney.
"Depois de condená-lo ao esquecimento naquela casa em Tigre, em 25 de novembro por volta do meio-dia, eles deliberadamente o deixaram morrer", afirmou o promotor. "Eles deliberada e cruelmente decidiram que ele deveria morrer", completou.
Maradona faleceu aos 60 anos devido a insuficiência respiratória e parada cardíaca enquanto estava em internação domiciliar. O advogado Fernando Burlando, que representa as filhas do ex-jogador, Dalma e Giannina, fez declarações ainda mais contundentes: "Diego Armando Maradona foi assassinado. E, para essa tarefa, alguém que ainda está escondido nas sombras convocou uma equipe de profissionais de saúde para matá-lo de forma silenciosa, mas igualmente cruel".
Para Burlando, a morte do ex-jogador teria sido planejada: "Foi realizado um plano desumano de resultado efetivo que começou em 11 de novembro de 2020 até sua culminação em 25 de novembro do mesmo ano. Naquele dia, aconteceu o que foi um crime perfeito".
Sete dos oito profissionais de saúde acusados estão sendo julgados no tribunal de San Isidro: o neurocirurgião Leopoldo Luciano Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Ángel Díaz, a representante da empresa de medicamentos pré-pagos Nancy Edith Forlini, o enfermeiro Ricardo Omar Almirón, seu superior Mariano Perroni, e o clínico Pedro Pablo Di Spagna. Eles respondem pelo crime de "homicídio com dolo eventual", cuja pena pode variar entre 8 e 25 anos de prisão. Segundo a promotoria, os réus tinham consciência das possíveis consequências fatais de suas ações ou omissões, mas não tomaram medidas para evitá-las.
A oitava acusada, a enfermeira Dahiana Madrid, enfrentará um julgamento separado, também nos tribunais de San Isidro.
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