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Marina Silva: 'aquilo que era evento extremo vai ser normal'

De acordo com a ministra, quase 2 mil cidades brasileiras não têm estrutura adequada para se prevenir dos efeitos das mudanças climáticas

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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247 - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, alertou nesta quinta-feira (16) para problemas ambientais que, de acordo com a dirigente, serão cada vez mais frequentes no Brasil. "Provavelmente, aquilo que era evento extremo vai se transformar no normal e os novos eventos extremos nós nem sabemos ainda quais são", disse ela, acrescentando que o país tem 1.942 das suas mais de 5,5 mil cidades com maior probabilidade de sofrerem as consequências das mudanças climáticas.

A titular do Meio Ambiente fez o alerta em um contexto de enchentes no Rio Grande do Sul, onde, segundo autoridades locais, mais de 2,2 milhões de pessoas tiveram problemas por causa das enchentes. Os prejuízos afetaram 450 dos 497 municípios do estado. As estatísticas apontaram que 615,3 mil pessoas estão fora de suas casas - 77.199 pessoas vivendo em um dos mais de 830 abrigos no RS e mais 538,1 mil desabrigados.

"No ano passado nós também tivemos enchentes no Vale do Taquari (RS), este ano nós tivemos uma área de abrangência maior e uma intensidade maior do problema. Sendo que ano passado foram duas vezes na região, já é a terceira vez que eles estão passando pelo processo de reconstrução", destacou a ministra ao programa A Voz do Brasil.

"Essa base de 1.942 municípios está focada muito mais em chuvas e deslizamentos. Nós ainda não temos o que significa isso em relação à seca. O evento extremo também apresenta efeitos secundários, como por exemplo, a questão do fogo. Nós vamos ter esse ano de 2024 uma situação que é propensa a incêndios jamais vistos na história do nosso país. O evento extremo vai continuar acontecendo. Estaremos mais preparados e mais adaptados, é uma política de médio e longo prazo. É uma intervenção para que a gente saia da lógica de ficar apenas fazendo gestão do desastre para a gestão do risco", reforçou.

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