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Mídia

Jamil Chade recebe ameaças após revelar intenção do Gabinete do Ódio de comprar software espião israelense

O jornalista Jamil Chade, do Uol, mandou uma mensagem aos bolsonaristas: “vocês não nos intimidarão. Vocês não vencerão”

Jornalista Jamil Chade (Foto: UN Photo/Jean Marc Ferré)
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247 - O jornalista Jamil Chade, do Uol, denunciou nesta segunda-feira, 17, no Twitter, que está recebendo ataques e ameaças de defensores do governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, “contas falsas” estão lhe enviando mensagens nas suas redes sociais.

“Isso é resposta à matéria que publicamos sobre a tentativa do Gabinete do Ódio de comprar tecnologia de espionagem”, explicou. Chade ainda mandou uma mensagem aos bolsonaristas: “vocês não nos intimidarão. Vocês não vencerão”.

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Ferramenta de espionagem

O jornalista, no Uol, informou que um integrante do Gabinete do Ódio, máquina de fake news liderada pelo vereador e filho do presidente, Carlos Bolsonaro, esteve na feira aeroespacial Dubai AirShow, no dia 14 de novembro, no stand de Israel, que esteve pela primeira vez no local. Segundo Chade, o interesse do integrante era “municiar” o gabinete informal “com uma poderosa ferramenta espiã, para ser usada, em especial, neste ano eleitoral”.

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Empresas israelenses estiveram fortemente presentes em Dubai no ano passado após haver normalização das relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, para onde Jair Bolsonaro (PL) fez viagem luxuosa com grande comitiva.

Segundo Chade, “o evento ainda foi usado para consolidar a aproximação entre movimentos de extrema-direita do mundo. Além do Brasil, o governo populista da Polônia manteve encontros com empresas de Israel e, nas últimas semanas, Varsóvia anunciou acordos como resultado dos contatos realizados em Dubai”.

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DarkMatter e espionagem

Uma fonte que esteve na comitiva presidencial de Bolsonaro afirmou à Chade que um aliado de Carlos Bolsonaro conversou com um representante da empresa DarkMatter, “composta por programadores israelenses egressos da Unidade 8200, força de hackers de elite vinculada ao exército de Israel”, informa o colunista.

A empresa tem sede em Abu Dhabi e desenvolveu sistemas capazes de invadir computadores e celulares de alvos, inclusive desligados. O jornalista também informou que uma fonte ligada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que integrantes do gabinete também “tem mantido conversas em paralelo com a empresa Polus Tech com o objetivo também de obter programas espiões”.

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A Polus Tech tem sede na Suíça, mas tem como CEO o programador israelense Niv Karmi, um dos ex-fundadores da NSO Group, empresa dona da poderosa ferramenta espiã Pegasus, sistema hacker de espionagem que foi denunciado pelo ex-funcionário da NSA (agência de segurança dos Estados Unidos) Edward Snowden como ferramenta de governos autoritários para espionar opositores.

Em maio de 2021, o vereador Carlos Bolsonaro tentou trazer a Pegasus para o Brasil. Além do chefe do Gabinete do Ódio, a Lava Jato tentou comprar sistema para espionar de maneira clandestina vítimas da operação, que quebrou a economia nacional e perseguiu judicialmente opositores.

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Carlos Bolsonaro também tentou comprar o Sherlock, outro programa de Israel, para espionar a cúpula do próprio governo.

Segundo Chade, as negociações com a DarkMatter e a Polus Tech, “que forneceriam ao grupo controlado por Carlos Bolsonaro uma ferramenta para espionar opositores, jornalistas e críticos em ano eleitoral, ainda não foram finalizadas”.

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