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Bolsonaro volta a fazer aceno a Putin: 'sanções dos EUA e da Europa contra Rússia não deram certo'

Com um governo repudiado até mesmo no exterior, Jair Bolsonaro disse que vê a sua postura como sinônimo de "equilíbrio", ao comentar a guerra na Ucrânia

Jair Bolsonaro se reúne com presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou (Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS)

247 - Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (7) as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela Europa contra o Rússia, governada por Vladimir Putin. "As barreiras dos Estados Unidos e da Europa contra a Rússia não deram certo. A minha linha foi do equilíbrio", disse ele em conversa com apoiadores. 

Bolsonaro teve um encontro com Putin em Moscou e, ao citar a Amazônia brasileira, falou bem do presidente russo, tanto em fevereiro quanto em março

O senador da oposição ao governo Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu ao Supremo Tribunal Federal investigações sobre a reunião entre Bolsonaro e Putin. Segundo o congressista, os dois podem ter discutido uma possível interferência da Rússia nas eleições brasileiras. 

Leia a matéria da Sputnik sobre as declarações de Bolsonaro:

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que as tentativas dos Estados Unidos e da União Europeia de boicotar economicamente a Rússia não surtiram o efeito esperado.

Segundo ele, além de importante fornecedora de insumos para a agricultura brasileira, a Rússia é uma aliada do Brasil na defesa da soberania da Amazônia.

"As barreiras dos Estados Unidos e da Europa contra a Rússia não deram certo. A minha linha foi do equilíbrio. Mais do que negociar fertilizantes, [busquei] a segurança alimentar para o mundo e a soberania da nossa Amazônia. É um país que está conosco nessa questão de soberania", afirmou o presidente nesta quinta-feira (7), em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, conforme noticiou o jornal Valor Econômico.

A declaração ocorreu após o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, anunciar sua renúncia ao cargo. Bolsonaro citou o fato, mas não entrou em detalhes. Porém ressaltou que o Brasil está em melhor situação econômica que outras potências mundiais.

"Estão vendo como está o mundo, pessoal? E como está o Brasil? A gente está bem. Todas as previsões do PIB foram revisadas para cima, não por nós. E uma agência falou que ia ter recessão neste ano, mas vai ficar para o ano que vem", disse.

Diante de tentativas do Ocidente de isolar a Rússia, por meio da escalada de sanções econômicas e manobras geopolíticas, o Brasil manteve a neutralidade no conflito ucraniano.

Além disso, o Itamaraty se posicionou como voz ativa na defesa da permanência de Moscou no G20, ressaltando a importância da manutenção dos canais de comunicação.

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