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Exército de Israel fornece informações a extremistas que impedem chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza

Segundo o jornal britânico The Guardian, militares avisam grupos de extrema direita e colonos sobre a localização dos caminhões, permitindo que os comboios sejam vandalizados

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Comboio de ajuda humanitária da ONU atacado por Israel na Faixa de Gaza (Foto: Thomas White/UNRWA via X)
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247 - Membros das forças de segurança de Israel são acusados de informar colonos e ativistas de extrema direita sobre a localização de caminhões de ajuda humanitária destinados a Gaza. Esses avisos permitem que os grupos bloqueiem e vandalizem os comboios, prejudicando a entrega de suprimentos essenciais à população palestina, segundo relato do jornal britânico The Guardian.

Rachel Touitou, porta-voz do grupo ativista Tzav 9, afirmou que seu grupo tem interceptado caminhões desde janeiro, baseando-se na alegação de que a ajuda é "sequestrada" pelo Hamas. No entanto, esta acusação é refutada pelas agências humanitárias e não foi corroborada por evidências fornecidas por Israel, segundo autoridades americanas.

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Vídeos recentes mostraram cenas de comboios de ajuda bloqueados e vandalizados por colonos israelenses no posto de controle de Tarqumiya, na Cisjordânia. O incidente gerou indignação, com a Casa Branca condenando o ataque como "comportamento completamente inaceitável". Imagens do local revelaram pacotes de ajuda destruídos e caminhões em chamas.

Yazid al-Zoubi, um motorista de caminhão palestino, descreveu "cenas bárbaras" após os ataques. Ele criticou a falta de ação dos soldados israelenses presentes, que, segundo ele, não intervieram para proteger os comboios. "Há total cooperação entre os colonos e o exército. Estamos chocados e surpresos que o exército não nos forneceu nenhum tipo de proteção", afirmou al-Zoubi.

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As alegações de colaboração entre forças de segurança e colonos são apoiadas por mensagens de grupos de bate-papo internos e relatos de testemunhas. Uma mensagem em um grupo de WhatsApp de colonos mencionou informações recebidas de um oficial do IDF sobre os movimentos dos caminhões. Sapir Sluzker Amran, advogada de direitos humanos, relatou ter sido agredida por um colono enquanto documentava as ações em Tarqumiya, sem intervenção das forças de segurança.

Dois soldados do IDF foram punidos por se recusarem a cumprir ordens de evacuar manifestantes que bloqueavam caminhões de ajuda. Um deles foi condenado a 20 dias de prisão. "Este é um incidente que não condiz com o esperado dos soldados do IDF enquanto cumprem sua missão", declarou um porta-voz do IDF.

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A polícia israelense e a Cogat, agência do ministério da defesa israelense, recusaram-se a comentar as alegações de conluio. Nir Dinar, chefe do departamento de imprensa internacional do IDF, rejeitou as alegações como "infundadas" e afirmou que a polícia estava investigando os incidentes.

O ministro da segurança nacional de extrema direita, Itamar Ben-Gvir, sugeriu que o próprio governo deveria impedir os caminhões de ajuda a Gaza. "Sou contra eles atacarem e queimarem caminhões... É o gabinete que deveria estar impedindo os caminhões", disse Ben-Gvir em uma entrevista.

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