247 - A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que recebeu aval do governo israelense para começar a entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O anúncio foi feito pelo porta-voz adjunto da entidade, Farhan Haq, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13). Segundo ele, os carregamentos já estão posicionados em pontos estratégicos fora do território palestino, aguardando apenas a finalização dos detalhes logísticos.
De acordo com informações publicadas pela Telesur, a medida integra a primeira fase do acordo firmado entre Israel e o movimento palestino Hamas, após o cessar-fogo iniciado em 10 de outubro. A abertura de corredores humanitários é considerada um passo crucial diante da destruição provocada pelos bombardeios e do bloqueio que por meses impediu a entrada de suprimentos básicos.
<h3>Compromissos do acordo e papel da ONU</h3>
A segunda fase do entendimento foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O plano prevê a retirada das Forças de Defesa de Israel (IDF), a repatriação de todos os reféns israelenses — vivos ou mortos — e a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua, além de 1.700 detidos após o ataque de 7 de outubro de 2023, mulheres e crianças atualmente sob custódia.
As negociações indiretas entre Israel e Hamas começaram em 5 de outubro no Egito, com mediação do Catar, da Turquia e do próprio governo egípcio. A ONU atua como coordenadora para garantir que a ajuda chegue efetivamente à população civil, em meio à devastação causada por anos de conflito armado.
Recursos emergenciais e entrada de suprimentos
O chefe de assuntos humanitários da ONU, Tom Fletcher, anunciou em Sharm el-Sheikh, cidade egípcia que sediou a assinatura do acordo, que US$ 11 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF) serão destinados às ações de assistência antes da chegada do inverno.
“Milhões de palestinos contam com a chegada de ajuda em grandes quantidades e a salvação de vidas. Precisamos fazer isso acontecer”, declarou Fletcher.
No último domingo, o território palestino voltou a receber gás de cozinha e outros produtos básicos, após meses de bloqueio israelense que impedia a entrada de mercadorias e mantinha sob forte controle militar as passagens de fronteira.
A ONU, em conjunto com os países mediadores, seguirá monitorando os próximos passos do acordo, em meio às expectativas de que a implementação completa das fases previstas alivie a grave crise humanitária na Faixa de Gaza.

José Reinaldo

ONU inicia fornecimento de ajuda humanitária a Gaza

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Mundo

ONU finaliza detalhes para entrega de ajuda humanitária a Gaza

247 - Centenas de caminhões carregados com alimentos, medicamentos e combustível começaram a entrar neste domingo (12) na Faixa de Gaza, vindos do Egito, pela passagem de Rafah. A operação marca a primeira fase do cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor na última sexta-feira (10).
De acordo com informações da Telesur, trata-se da maior remessa de ajuda humanitária desde o início do genocídio. Estima-se que cerca de 400 caminhões cruzem a fronteira ao longo do dia, número que pode chegar a 600, conforme prevê o acordo mediado no Cairo.
Imagens divulgadas pela imprensa egípcia mostram filas de até cinco quilômetros de caminhões aguardando liberação para atravessar a passagem de Rafah. Além de alimentos e suprimentos médicos, diversos caminhões-tanque transportando combustível estão prontos para seguir em direção ao enclave. O envio de combustível é considerado essencial para manter em funcionamento hospitais, sistemas de água potável e a já debilitada infraestrutura básica de Gaza.
A entrada do comboio ocorre em pontos controlados por Israel, como as passagens de Kerem Shalom e al-Awja, e representa o primeiro alívio concreto após meses de ofensiva militar que devastou a região.
<h3>Expectativa e desafios</h3>
O acordo estipula a entrada diária de até 600 caminhões com assistência humanitária, operados pela ONU, por organizações internacionais, pelo setor privado e por países doadores. Ainda que o acordo represente um avanço significativo, organizações alertam que a destruição provocada pelos ataques exige esforços contínuos e sustentados para evitar o colapso total de Gaza.
A jornada deste domingo, com centenas de caminhões atravessando a fronteira de Rafah, simboliza o primeiro passo de um processo que poderá redefinir a realidade humanitária no território palestino.

Caminhões com ajuda humanitária voltam a Gaza

Caminhões com ajuda humanitária entram em Gaza após cessar-fogo

Reuters - Um grupo de embarcações que tentava entregar ajuda à Faixa de Gaza, devastada pela guerra, foi interceptado por forças israelenses em águas internacionais na quarta-feira, informou a coalizão por trás do comboio, a segunda interceptação desse tipo na última semana.
A Freedom Flotilla Coalition (FFC) é uma rede internacional de grupos ativistas pró-palestinos que organiza missões marítimas civis com o objetivo de romper o bloqueio israelense de Gaza para entregar ajuda humanitária aos palestinos no enclave.
As embarcações e os passageiros da flotilha estavam seguros, foram transferidos para um porto israelense e devem ser deportados imediatamente, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado no X.
"Outra tentativa fútil de violar o bloqueio naval legal e entrar em uma zona de combate acabou em nada", afirmou o ministério.
O incidente foi o segundo evento desse tipo nos últimos dias, depois que Israel interceptou cerca de 40 embarcações e deteve mais de 450 ativistas em um comboio de ajuda, a Global Sumud Flotilla, que também estava tentando entregar suprimentos a Gaza.
O FFC disse que as forças israelenses "sequestraram a frota humanitária", acrescentando que os "navios foram interceptados ilegalmente... Os participantes -- ativistas humanitários, médicos e jornalistas de todo o mundo -- foram levados contra sua vontade e estão sendo mantidos em condições desconhecidas".
"As Forças Armadas israelenses não têm jurisdição legal sobre águas internacionais", afirmou. "Nossa flotilha não representa nenhum dano."
Os navios transportavam ajuda no valor de mais de US$110.000 em medicamentos, equipamentos respiratórios e suprimentos nutricionais destinados aos hospitais de Gaza, acrescentou em sua conta no Instagram.
As autoridades de Gaza dizem que cerca de 67.000 pessoas foram mortas e o enclave palestino foi devastado pela ofensiva de Israel desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Paulo Emilio

Tripulação da Global Sumud Flotilla é interceptada por Israel 8/10/2025 IHH/Divulgação via REUTERS

Israel intercepta nova flotilha com ajuda humanitária que seguia rumo a Gaza

247 - Parte dos ativistas internacionais detidos em Israel após tentarem chegar a Gaza deu início a uma greve de fome. Segundo a coluna <a href="https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/ativistas-detidos-em-israel-estao-em-greve-de-fome-diz-delegacao">Grande Angular</a>, do Metrópoles, a informação foi divulgada pela Delegação Brasileira do Global Sumud Flotilla, que acompanha o caso e denuncia as condições da prisão ilegal feita pelas Forças de Defesa de israel (IDF).
Ao todo, mais de 400 pessoas de 44 países diferentes foram presas por forças militares israelenses. O grupo viajava em embarcações que transportavam ajuda humanitária para a população de Gaza, quando foi interceptado após ter sido atacado por drones na quarta-feira (1).
<h2>Brasileiros entre os presos</h2>
Entre os ativistas estão o brasiliense Thiago Ávila, a ambientalista sueca Greta Thunberg e parlamentares brasileiros, como a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Todos foram conduzidos para instalações israelenses, onde permanecem sob custódia. A delegação brasileira informou que os ativistas decidiram recorrer à greve de fome como forma de “usar o próprio corpo como instrumento de denúncia e resistência”.
<h2>Defesa jurídica e risco de deportação</h2>
De acordo com a reportagem, os advogados do Global Sumud Flotilla informaram em nota que iniciaram a defesa dos detidos na quinta-feira (2). Algumas audiências preliminares foram realizadas, mas apenas uma parcela dos presos assinou o chamado “Pedido de Saída Imediata”.
O documento, no entanto, é visto com cautela pelos ativistas. “Deve ser ressaltado que a assinatura do Pedido de Saída Imediata implica no reconhecimento da entrada ilegal em Israel, com imediata deportação, e o banimento por mais de 100 anos do intitulado território israelense”, diz o comunicado oficial. 
<h2>Itamaraty pressiona Israel</h2>
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que notificou formalmente o governo de Israel sobre a inconformidade com a operação militar. A chancelaria brasileira também anunciou que representantes diplomáticos visitarão os 15 cidadãos brasileiros detidos e manterão contato direto com eles até esta sexta-feira (3).

Fragmento de vídeo transmitido ao vivo mostra forças navais israelenses abordando navio Marinette, que compõe a flotilha que transporta ajuda a Gaza 03/10/2025 Flotilha Global Sumud/Divulgação via REUTERS

 

Ativistas da flotilha sequestrados por Israel iniciam greve de fome

247 - Deputados federais se reúnem nesta quinta-feira (2) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em Brasília. O encontro acontece após a prisão arbitrária da deputada Luizianne Lins (PT-CE) e de outros ativistas brasileiros por forças militares de Israel. A parlamentar participava da Flotilha Global Sumud, missão internacional de caráter humanitário para a população palestina na Faixa de Gaza. Além da situação de Luizianne, também estão na pauta temas relacionados ao genocídio cometido por Israel contra a população palestina em Gaza.
A reunião conta com a participação dos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, Ana Pimentel (PT-MG), Domingos Neto (PSD-CE), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), João Daniel (PT-SE) e Maria do Rosário (PT-RS).
<h2>Pedido prévio de apoio diplomático</h2>
Antes de embarcar, Luizianne Lins solicitou formalmente proteção ao Itamaraty. Em 17 de setembro, a deputada enviou ofício pedindo medidas de segurança para a delegação brasileira, formada por 15 integrantes. A resposta do Ministério das Relações Exteriores, enviada em 11 de setembro, assegurava que a pasta estava preparada para prestar assistência consular em caso de detenções.
Apesar disso, a escalada da repressão israelense contra embarcações civis aumentou a preocupação no Congresso. No último dia 26, um grupo de 37 deputados federais reforçou a cobrança ao governo brasileiro por medidas de proteção aos participantes da missão.
<h2>Brasileiros detidos por Israel</h2>
Até o momento, pelo menos 11 brasileiros já foram interceptados em diferentes embarcações da flotilha. Entre eles, além de Luizianne, estão a vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL-SP), a presidente do PSOL do Rio Grande do Sul, Gabi Tolotti, o ativista Thiago Ávila e outras lideranças de movimentos sociais e culturais.
A Global Sumud Flotilla é formada por mais de 40 embarcações civis, reunindo cerca de 500 participantes de 46 países, entre parlamentares, juristas e ativistas. A missão tem como objetivo romper o bloqueio de Gaza, que já dura mais de 17 anos, levando suprimentos básicos à população palestina submetida à fome e à devastação causada pelos ataques israelenses.

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2025 – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira

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Brasil

Deputados se reúnem com Mauro Vieira após sequestro de ativistas brasileiros por Israel

247 - O governo de Israel declarou nesta quinta-feira (2) que a tentativa da Flotilha Global Sumud (GSF) de chegar à Faixa de Gaza foi encerrada e classificou a ação como “provocação”. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, nenhum barco conseguiu atravessar o bloqueio naval e todos os participantes serão expulsos do país. A pasta tambémm tentouu associar a ação humanitária ao grupo palestino Hamas.
“A provocação da Hamas-Flotilha Sumud terminou. Nenhum dos iates da flotilha conseguiu entrar em uma zona de combate ativa ou violar o legítimo bloqueio naval. Todos os passageiros estão são e salvos. Estão viajando rumo a Israel, onde serão expulsos para a Europa”, diz um trecho da nota publicada pela pasta israelense na rede, de acordo com a agência <a href="https://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/ultimo_momento/2025/10/02/israel-diz-que-nenhum-barco-de-flotilha-entrou-nas-aguas-de-gaza_7a3692f4-4224-4348-87bd-c1fc4e0cb02e.html">Ansa</a>. 
<h3>Missão reunia 500 ativistas de diversos países</h3>
A flotilha era composta por cerca de 500 ativistas vindos de dezenas de países. Entre eles, estavam a sueca Greta Thunberg, a deputada federal brasileira Luizianne Lins (PT) e políticos italianos. O objetivo declarado era levar ajuda humanitária diretamente à população civil de Gaza, em contestação ao bloqueio marítimo mantido por Israel.
Os organizadores acusam Tel Aviv de interceptar os barcos em águas internacionais, em área sem jurisdição israelense. A imprensa turca chegou a noticiar que a embarcação Mikeno teria entrado em águas de Gaza, mas a informação foi desmentida por Israel.
<h3>Ativistas serão levados a prisão antes da deportação</h3>
As autoridades confirmaram que os detidos serão conduzidos ao porto de Ashdod e depois transferidos de ônibus para a penitenciária de Be’er Sheva. Quem aceitar deixar o país voluntariamente será deportado à Europa. Já os que se recusarem poderão enfrentar processo de expulsão forçada, com duração estimada entre 48 e 72 horas.

Flotilha humanitária, incluindo Greta Thunberg, parte da Espanha para Gaza
31/08/2025
REUTERS/Nacho Doce

Economia

Após sequestro de ativistas de flotilha humanitária, Israel diz que "provocação terminou"

247 - Os governos da Itália e da Grécia divulgaram nesta quarta-feira (1º) um apelo conjunto para que Israel assegure a proteção dos ativistas a bordo da Flotilha Global Sumud (GSF), que navega a menos de 240 quilômetros da Faixa de Gaza. A frota reúne cerca de 50 embarcações com centenas de participantes de mais de 40 países, entre eles a ambientalista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e parlamentares italianos.
Segundo a agência <a href="https://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/ultimo_momento/2025/10/01/italia-e-grecia-pedem-para-israel-garantir-seguranca-de-flotilha_09a03b90-55a4-4a45-9dee-02da49847aea.html">Ansa</a>, o comunicado oficial foi assinado pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, e pelo chanceler grego, Giorgos Gerapetritis. No texto, ambos ressaltam a importância de garantir a integridade física dos envolvidos e permitir assistência consular durante a missão.
<h2>Apelo diplomático europeu a Israel</h2>
“Itália e Grécia acompanham atentamente os acontecimentos da Flotilha Global Sumud e apelam para que as autoridades israelenses garantam a segurança e a incolumidade dos participantes e permitam todas as ações de tutela consular”, destacaram os ministros.
<h2>Proposta de mediação do Patriarcado Latino</h2>
Os chanceleres também solicitaram que a flotilha aceite a proposta do Patriarcado Latino de Jerusalém, instituição da Igreja Católica na chamada “Terra Santa”. A alternativa seria desembarcar a carga humanitária no Chipre, de onde os suprimentos poderiam seguir de forma segura até Gaza.
“Graças à iniciativa diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela primeira vez há uma possibilidade concreta de pôr fim a este conflito brutal e ao sofrimento da população palestina, inclusive por meio do pleno acesso humanitário. Neste momento delicado, devemos nos abster de iniciativas que possam ser exploradas por aqueles que ainda rejeitam a paz”, reforçaram Tajani e Gerapetritis.
<h2>Flotilha sob risco de interceptação</h2>
A missão humanitária afirmou nas redes sociais que entrou em “zona de alto risco” e está em alerta máximo. “Diversos cenários podem acontecer nas próximas horas”, alertou a GSF. O comboio já havia perdido a escolta de um navio da Marinha italiana, que deixou a frota a cerca de 150 milhas náuticas de Gaza.
Nos últimos meses, Israel realizou interceptações de embarcações com ajuda humanitária em águas internacionais, resultando em detenções temporárias e deportações de ativistas.
<h2>Denúncia sobre crise humanitária em Gaza</h2>
O senador Marco Croatti, do Movimento 5 Estrelas (M5S), que participa da flotilha, destacou a gravidade da crise em Gaza. “A população de Gaza está exausta e precisamos urgentemente chegar para levar esperança. Estamos levando uma carga humanitária de ajudas, incluindo geleias, biscoitos, mel e todos os alimentos energéticos considerados ilegais para crianças pelo governo israelense. Milhares de crianças estão morrendo de fome diante de nossos olhos, e não podemos mais virar as costas”, disse o parlamentar, de acordo com a reportagem.

Barco parte da flotilha humanitária que tenta furar bloqueio naval de Israel a Gaza - 31/08/2025

Itália e Grécia pedem que Israel garanta segurança de flotilha humanitária que segue para Gaza

247 - Um grupo de 34 deputados federais encaminhou nesta quarta-feira (24) um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao chanceler Mauro Vieira e ao ministro da Defesa, José Múcio, exigindo medidas urgentes para garantir a segurança de 17 brasileiros que participam da Global Sumud Flotilla, missão internacional com destino à Faixa de Gaza.
“Não há tempo a perder. A cada hora que se adia uma ação concreta, aumenta o risco de tragédia. Não se trata apenas de proteger vidas brasileiras, trata-se de afirmar o Brasil como nação soberana, solidária e digna de respeito internacional”, afirma um trecho do ofício, segundo a coluna da jornalista <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/09/deputados-pedem-a-lula-protecao-para-os-17-brasileiros-em-flotilha-rumo-a-gaza.shtml">Mônica Bergamo</a>, da Folha de S.Paulo.
<h2>Pressão parlamentar e exemplos internacionais</h2>
Entre os signatários estão nomes como Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Ivan Valente, Luiza Erundina, Pastor Henrique Vieira, Erika Kokay, Maria do Rosário e Jandira Feghali, representando partidos como Psol, PT, PCdoB, PDT e PSB.
Os deputados sugerem que o Brasil siga o exemplo de países como Itália e Espanha, que enviaram embarcações militares para acompanhar missões semelhantes. Eles destacam a “longa tradição” brasileira na defesa dos direitos humanos e alertam que a omissão “será lembrada como cumplicidade”.
<h2>Ataques à flotilha aumentam tensões</h2>
A Global Sumud Flotilla reúne ativistas de mais de 40 países em dezenas de barcos com alimentos, água e medicamentos destinados à população de Gaza. Nas últimas semanas, embarcações foram atacadas por drones e explosivos em águas internacionais próximas à ilha grega de Creta, segundo os organizadores.
O coordenador da delegação brasileira relatou que granadas de luz e cápsulas com líquido irritante foram lançadas contra os barcos. “Arde ao contato da pele”, afirmou. A organização atribui os ataques a Israel, que não confirma a autoria.
<h2>Brasileiros em missão humanitária</h2>
Entre os brasileiros que integram a flotilha estão a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), a vereadora Mariana Conti (Psol-Campinas), a dirigente Gabrielle Tolotti (PSOL-RS), o militante Nicolas Calabrese e o ativista Thiago Ávila.
Israel classifica a flotilha como uma “iniciativa do Hamas” e acusa os participantes de cumplicidade com o grupo. O governo afirma ter oferecido alternativas de desembarque em portos próximos, rejeitadas pelos ativistas.Diante da escalada de ataques, a Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou uma investigação independente sobre os incidentes.

Deputados pedem ação de Lula para proteger flotilha de ajuda humanitária rumo a Gaza

247 - Ativistas, jornalistas, políticos e apoiadores de diferentes partes do mundo se reuniram em Barcelona, na Espanha, para a partida da maior flotilha já organizada em direção à Faixa de Gaza. A missão, batizada de Flotilha Global Sumud, tem como objetivo romper o bloqueio imposto por Israel e entregar exclusivamente ajuda humanitária à população palestina.
Segundo a <a href="https://www.aljazeera.com/news/2025/8/31/sumud-the-largest-flotilla-to-sail-for-gaza-prepares-to-set-out">Al Jazeera</a>, o evento aconteceu no histórico salão da UGT, um dos sindicatos mais antigos da Espanha, que no passado serviu como centro de registro de voluntários internacionais durante a Guerra Civil Espanhola. Agora, esse espaço abriga a preparação de centenas de participantes que embarcarão em cerca de 100 barcos, partindo inicialmente da Espanha e seguindo para a Tunísia, onde receberão reforços de outras embarcações.
Durante os últimos dias, voluntários de 42 países participaram de treinamentos intensivos em Barcelona. Os organizadores destacaram que a ação deve permanecer inteiramente pacífica, mesmo diante de possíveis cenários como interceptações em águas internacionais, prisões ou agressões.
“Não somos heróis. Não somos a história. A história é o povo de Gaza”, declarou o brasileiro Thiago Ávila, ativista ambiental e em defesa da Palestina, durante coletiva antes da partida. Ele ressaltou que a flotilha busca não apenas entregar suprimentos, mas abrir um corredor humanitário diante do risco de fome e massacres.
Cada participante assinou um código de conduta que reforça o compromisso com a resistência pacífica, inspirado em exemplos históricos de lutas não violentas, como a de Mahatma Gandhi na Índia e a de Rosa Parks nos Estados Unidos.
A iniciativa carrega riscos consideráveis. Desde 2010, todas as tentativas de flotilhas para Gaza foram interceptadas por Israel. A mais trágica ocorreu em maio daquele ano, quando comandos israelenses mataram dez ativistas a bordo da chamada Flotilha da Liberdade, que transportava mais de 600 passageiros.
Mais recentemente, em junho deste ano, o navio Madleen foi apreendido ilegalmente por forças israelenses a 185 quilômetros da costa de Gaza, em águas internacionais. A embarcação tinha entre seus tripulantes a ativista sueca Greta Thunberg, que acabou detida e deportada.
Entre os voluntários que zarparão rumo a Gaza está a colombiana Luna Valentina, de 24 anos, que vive exilada na Jordânia ao lado do marido, um refugiado palestino. Ela contou à Al Jazeera que sofreu perseguição política em seu país e enfrentou racismo na Europa. Agora, diz encontrar força na solidariedade feminina e na esperança de levar auxílio à população palestina.
Ainda conforme a reportagem, durante os preparativos, Barcelona se transformou em palco de manifestações culturais e políticas em apoio à flotilha. Milhares de pessoas participaram de festivais de música, arte e performances no Moll de la Fusta, onde bandeiras palestinas e tambores criaram um ambiente de resistência e celebração.
Para Thiago Ávila, que se tornou pai recentemente, o compromisso é também pessoal. “Amo muito minha filha, como mães e pais em Gaza amam seus filhos, e é por esse amor que não podemos deixar o mundo assim. Temos que mudar a sociedade que permite um genocídio acontecer”, disse o ativista.
Uma mãe australiana de quatro filhos, também voluntária na missão, emocionou-se ao afirmar que “ninguém deveria viver e morrer dessa forma. Todos merecem a mesma dignidade e liberdade”.

Maior flotilha rumo a Gaza parte da Espanha em missão humanitária

247 - Uma nova flotilha internacional com ajuda humanitária partirá rumo à Faixa de Gaza no dia 31 de agosto, com o objetivo declarado de “romper o bloqueio ilegal israelense”. O anúncio foi feito no domingo (10), por meio do Instagram, pela ativista sueca Greta Thunberg, que integrará a iniciativa.
Segundo Greta, será iniciada "a maior tentativa já realizada de romper o bloqueio ilegal israelense de Gaza, com dezenas de barcos partindo da Espanha. Nos uniremos a outras dezenas em 4 de setembro, que zarparão da Tunísia e de outros portos”.&nbsp;
O movimento, batizado de Global Sumud Flotilla, contará com a presença de artistas como a atriz Susan Sarandon e os atores Gustaf Skarsgård e Liam Cunningham, além de ativistas de 44 países. O site oficial da organização, que não informa o número exato de embarcações, descreve o grupo como “independente” e “não afiliado a qualquer governo ou partido político”.
<h2>Participação internacional e histórico de tentativas</h2>
A iniciativa foi anunciada semanas após uma tentativa frustrada de entregar ajuda humanitária à região, também com a participação de Thunberg.
Na ocasião, o veleiro Madleen, que transportava 12 ativistas de nacionalidades como França, Alemanha, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Países Baixos, foi interceptado pelas forças israelenses em 9 de junho, a 185 quilômetros a oeste da costa de Gaza. Todos os participantes foram expulsos pelo governo de Israel.

Bianca Penteado

Greta Thunberg lança nova flotilha para levar ajuda humanitária a Gaza

247 - As autoridades da Faixa de Gaza denunciaram nesta segunda-feira (4) que, apesar do anúncio israelense de retomada parcial da ajuda humanitária, apenas 674 caminhões com suprimentos conseguiram entrar no enclave entre os dias 27 de julho e 3 de agosto — o equivalente a apenas 14% do necessário para atender às necessidades mínimas da população local. A informação foi primeiramente noticiada pela agência russa Sputnik.
De acordo com o comunicado divulgado pelo governo de Gaza, seriam necessários cerca de 600 caminhões de ajuda por dia, totalizando 4.800 no mesmo período, para suprir carências básicas em alimentos, medicamentos, combustível e produtos de higiene. No entanto, a entrada de suprimentos permanece drasticamente abaixo do mínimo, agravando ainda mais a crise humanitária.
&nbsp;“Após o anúncio das forças de ocupação israelenses sobre a retomada da entrega de ajuda humanitária, 674 caminhões entraram em Gaza ao longo de oito dias, em vez dos 4.800 que seriam necessários para atender ao mínimo necessário da população”, afirma o comunicado.
Ainda segundo as autoridades locais, parte significativa da ajuda tem sido alvo de saques durante a distribuição, com a suposta conivência de soldados israelenses, o que dificulta ainda mais o acesso dos civis aos itens essenciais.
A denúncia ocorre dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertar para o aumento expressivo das mortes relacionadas à desnutrição em Gaza. Segundo o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mais de 10% da população sofre com formas agudas de desnutrição — índice que ultrapassa 20% entre gestantes e lactantes. A OMS atribui a piora da situação à suspensão da entrada de ajuda e às severas restrições de acesso ao território.
Desde 26 de julho, Israel autorizou que países estrangeiros retomem os envios de ajuda humanitária, sob a coordenação da Fundação Humanitária de Gaza — entidade apoiada pelos Estados Unidos e que concentra os pontos de distribuição no sul da Faixa de Gaza. No entanto, relatos de organizações internacionais apontam que militares israelenses continuam atirando contra palestinos que aguardam nas filas para receber alimentos e suprimentos.
As autoridades de Gaza acusam Tel Aviv de promover um colapso deliberado do sistema de distribuição, afirmando que Israel “semeia o caos” de forma sistemática para dificultar o atendimento humanitário.

Guilherme Paladino

Pacotes de ajuda humanitária aguardam transferência para Gaza, no lado de Gaza da passagem de Kerem Shalom, na Faixa de Gaza, em 24 de julho de 2025

Israel libera apenas 14% da ajuda humanitária necessária em Gaza, denunciam autoridades locais

DUBAI, 25 de julho (Reuters) - Israel permitirá que países estrangeiros enviem ajuda humanitária para Gaza a partir de sexta-feira, disse uma autoridade militar citada pela rádio do exército israelense.
Um porta-voz militar israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters sobre o relatório.
O Ministério da Saúde de Gaza diz que mais de 100 pessoas morreram de fome no enclave palestino desde que Israel cortou o fornecimento ao território em março.
Israel, que está em guerra com o grupo militante palestino Hamas em Gaza desde outubro de 2023, suspendeu o bloqueio em maio, mas implementou restrições que, segundo ele, são necessárias para impedir que a ajuda seja desviada para grupos militantes.
Nas duas primeiras semanas de julho, a agência da ONU para a infância, UNICEF, tratou 5.000 crianças com desnutrição aguda em Gaza.
O chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na quarta-feira que Gaza estava sofrendo fome em massa causada pelo bloqueio de ajuda ao enclave.
Reportagem de Jana Choukeir e Charlotte Greenfield, Edição de William Maclean e Timothy Heritage

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