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Netanyahu confirma candidatura às eleições de 2026 em Israel

Premiê israelense anunciou que buscará novo mandato mesmo com pressões por conta do genocídio em Gaza

Benjamin Netanyahu (Foto: REUTERS/Ronen Zvulun)

247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (18), em entrevista ao Canal 14, que pretende disputar as próximas eleições parlamentares do país, já marcadas para novembro de 2026. Segundo ele, o objetivo é claro: “vencer”. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles.

Durante a entrevista, Netanyahu não se limitou a falar sobre política eleitoral. Ele também abordou a guerra contra o Hamas, afirmando que o genocídio na Faixa de Gaza só terá fim quando os termos do cessar-fogo forem plenamente cumpridos. O premiê ressaltou que a libertação dos reféns, inclusive os mortos, é condição indispensável, seguida pela desmilitarização do território e pelo desarmamento do Hamas.

Instabilidade política e pressões externas

Netanyahu, que acumula mais de uma década no poder como líder do partido de extrema direita Likud, enfrenta um cenário delicado em sua atual gestão. Nos últimos dois anos, cresceu a pressão interna e internacional para que Israel encerre os massacres em Gaza.

A relação com os Estados Unidos também tem sido marcada por tensões. O bombardeio israelense contra alvos do Hamas no Catar, em agosto, abalou a parceria com o presidente norte-americano Donald Trump, pressionado por aliados do Golfo Pérsico. De acordo com relatos, Trump chegou a exigir que Netanyahu se desculpasse publicamente com o governo do Catar, situação que expôs ainda mais a frágil aliança entre os dois países.

Genocídio em Gaza segue sem desfecho claro

Embora o cessar-fogo recente tenha reduzido momentaneamente as críticas internas, o futuro político de Netanyahu ainda está atrelado à resolução do conflito. O Hamas mantém cerca de 20 corpos de cidadãos israelenses em Gaza, cuja devolução é apontada como essencial para que o acordo seja sustentado.

Neste sábado, o governo israelense anunciou que a passagem de Rafah, fronteira entre Gaza e Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, contrariando informações da Embaixada Palestina no Cairo, que havia divulgado a possível reabertura do corredor humanitário para o dia 20 de outubro.

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