Porta-voz da presidência russa diz desconhecer plano de realizar encontro entre Putin, Trump e Xi na China em setembro
Kremlin afirma que não há informação sobre possível cúpula trilateral durante as celebrações do 80º aniversário da vitória chinesa na guerra contra o Japão
247 - O Kremlin afirmou neste sábado (19) que desconhece qualquer plano para um encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, na China, durante as comemorações do 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa, previstas para setembro. A declaração foi feita pelo porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em resposta a uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Times.
Segundo o veículo, o presidente chinês estaria interessado em promover uma reunião entre os líderes das três principais potências nucleares do mundo à margem dos eventos comemorativos em Pequim, em um gesto que poderia indicar a disposição da China de desempenhar um papel mais ativo na diplomacia internacional e na busca por estabilidade global.
Contudo, ao ser questionado pela agência noticiosa russa TASS sobre essa possibilidade, Peskov foi taxativo: "Não sabemos nada sobre tal possibilidade".
De acordo com a reportagem do The Times, Xi Jinping teria convidado Vladimir Putin para participar das celebrações, o que já estaria confirmado. Já a presença de Donald Trump é vista como improvável, ainda segundo a matéria britânica.
O evento, de grande importância para a China, marcará oito décadas da vitória chinesa sobre o Japão imperialista na Segunda Guerra Mundial — um capítulo da história que Pequim denomina de "Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa". A celebração é vista como uma oportunidade para reafirmar o protagonismo chinês no cenário internacional, especialmente em meio às tensões geopolíticas que envolvem os três países.
Embora o Kremlin não tenha confirmado qualquer cúpula trilateral, o convite a Putin reforça os laços entre Moscou e Pequim, que vêm se estreitando nos últimos anos diante das sanções ocidentais impostas à Rússia e do confronto estratégico entre China e Estados Unidos.


