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Bradesco e Neoenergia captam R$ 1 bi em debêntures verdes

Emissões inéditas no Eco Invest financiam modernização da infraestrutura elétrica

Bradesco e Neoenergia captam R$ 1 bi em debêntures verdes (Foto: Reprodução)

247 - O banco Bradesco e a Neoenergia realizaram as primeiras emissões de debêntures verdes no âmbito do programa federal Eco Invest, em operação concluída na sexta-feira (12). As captações, também inéditas no setor de energia, somam R$ 1 bilhão e marcam a estreia do instrumento dentro do programa voltado ao financiamento sustentável.

Os recursos foram divididos entre as distribuidoras Neoenergia Coelba, na Bahia, e Neoenergia Elektro, em São Paulo e Mato Grosso do Sul. O prazo das debêntures é de dez anos, com pagamento de juros semestrais.

Segundo a Neoenergia, os valores serão direcionados à modernização da infraestrutura elétrica, incluindo a instalação de redes inteligentes, o aterramento de linhas expostas a eventos climáticos extremos e a renovação de subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição. A empresa destaca que as iniciativas elevam a eficiência do sistema, reduzem perdas técnicas e contribuem para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE), em consonância com os critérios do Eco Invest e com padrões internacionais de debêntures verdes.

O Bradesco BBI atuou como coordenador exclusivo da operação e também como assessor ESG, sendo responsável pela estruturação do processo e pela obtenção de parecer independente da consultoria ERM, requisito para garantir que os recursos sejam destinados a projetos com benefícios ambientais mensuráveis.

Em comunicado, Fabiana Costa, responsável pela área de sustentabilidade do Bradesco, afirmou que a operação “reforça nossa capacidade de estruturar soluções financeiras inovadoras que aceleram a transição energética no país”.

Já Caio Andrade Cesar, responsável pela área ESG da instituição, avaliou que o alinhamento do financiamento da Neoenergia ao Eco Invest trouxe vantagens financeiras à estratégia de captação e fortaleceu o compromisso do banco em direcionar recursos para projetos ligados à transição climática e à geração de impactos socioambientais positivos.

Para o diretor-presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, a captação representa um reconhecimento do mercado ao planejamento da companhia. Segundo ele, a operação valida a “solidez do plano de investimentos da empresa, voltado à modernização, digitalização e à resiliência da rede”.

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