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Meta mantém controle sobre Instagram e WhatsApp após vitória judicial

Decisão nos EUA rejeita tese de monopólio e frustra tentativa da FTC de desfazer aquisições

Logo da Meta em smartphone - 22/8/2022 (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo)

247 - A Meta obteve uma importante vitória no julgamento antitruste que poderia obrigar a empresa a separar Instagram e WhatsApp. A decisão, publicada nesta terça-feira (18) pelo juiz distrital James Boasberg, em São Francisco, rejeitou a tese de monopólio apresentada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC). A informação foi inicialmente divulgada pela Associated Press, cuja reportagem serviu de base para a apuração desta matéria.

Segundo a agência norte-americana, o magistrado concluiu que a FTC não conseguiu demonstrar que a controladora do Facebook exerce poder monopolista no mercado de redes sociais. O órgão também acusava a empresa de adotar práticas para restringir a atuação de concorrentes menores, argumento igualmente descartado na sentença.

Na avaliação de Boasberg, o cenário competitivo sofreu mudanças profundas desde que a ação foi apresentada, em 2020. Ele ressaltou que plataformas como o TikTok — ausente das primeiras manifestações judiciais de 2021 e 2022 — tornaram-se protagonistas do setor, especialmente na disputa direta com a Meta.

As aquisições do Instagram, por US$ 1 bilhão em 2012, e do WhatsApp, por US$ 22 bilhões em 2014, haviam sido aprovadas pela própria FTC à época. Para o juiz, a agência não demonstrou elementos suficientes para sustentar que essas operações configuram hoje um bloqueio ilegal à concorrência. A decisão foi proferida meses após a conclusão das audiências do caso, encerradas em maio deste ano.

A conclusão marca um revés significativo para a FTC e afasta, por ora, o risco de uma reestruturação forçada das principais plataformas da Meta, que segue livre para mantê-las integradas ao seu ecossistema digital.

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