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Vale registra lucro de R$ 14,6 bilhões no terceiro trimestre com avanço na produção e corte de custos

Companhia tem alta de 9% no resultado líquido e melhora operacional em minério de ferro, cobre e níquel, segundo balanço divulgado

Vale (Foto: Brazil Stock Guide)

247 – A mineradora Vale fechou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 14,6 bilhões, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pelo jornal Valor Econômico. A receita líquida somou R$ 56,7 bilhões, alta de 7% na comparação anual, impulsionada pela forte performance operacional e pela valorização das commodities metálicas.

Em dólares, o lucro líquido foi de US$ 2,6 bilhões, avanço de 11% ante o mesmo trimestre do ano anterior, quando o ganho havia sido de US$ 2,4 bilhões. A receita líquida, por sua vez, chegou a US$ 10,4 bilhões, um aumento de 9% frente aos US$ 9,5 bilhões registrados entre julho e setembro de 2024.

Ebitda e desempenho operacional

O Ebitda ajustado da companhia alcançou US$ 4,3 bilhões, uma alta de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou US$ 3,6 bilhões. Em reais, o indicador atingiu R$ 23,7 bilhões, refletindo o avanço de 19% no desempenho operacional.

A dívida líquida expandida ficou em US$ 16,6 bilhões, uma variação de 1% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. Esse montante inclui compromissos relacionados à reparação pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG), ocorrido em 2019.

Produção e custos

De acordo com o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, a empresa entregou “mais um trimestre sólido”, com “desempenho operacional consistente”. Ele destacou que a produção de minério de ferro atingiu o maior nível trimestral desde 2018, enquanto o cobre teve o melhor resultado para um terceiro trimestre desde 2019.

 “Nosso portfólio flexível de minério de ferro, apoiado por uma cadeia de valor estendida, provou-se mais uma vez essencial para aprimorar nossa competitividade e resiliência ao longo dos ciclos de mercado”, afirmou Pimenta no balanço divulgado nesta quinta-feira (30).

O executivo reiterou que a segurança permanece prioridade, ressaltando que nenhuma barragem da empresa está classificada no nível 3 de emergência, o mais alto da escala de risco.

Redução de custos e revisão de projeções

A Vale anunciou redução nas estimativas de custos ‘all-in’ para as operações de cobre e níquel, refletindo, segundo a empresa, o “sólido desempenho operacional e preços do ouro acima das expectativas”.

A projeção do custo “all-in” do cobre em 2025 caiu do intervalo de US$ 1.500 a US$ 2.000 por tonelada para US$ 1.000 a US$ 1.500, enquanto o níquel passou de US$ 14.000 a US$ 15.500 por tonelada para US$ 13.000 a US$ 14.000. Os custos “all-in” incluem despesas de frete, royalties, prêmios e o custo caixa C1.

Perspectivas

Com os ajustes de custos e a recuperação das principais operações, a Vale mantém foco na geração de caixa e na resiliência frente aos ciclos de mercado. O resultado reforça o esforço da companhia em consolidar sua liderança global em mineração com maior eficiência e segurança operacional.

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