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Lula: 'em 2022, a esperança vai vencer e vamos acabar com esse fascismo'

Na Bahia, o ex-presidente destacou que em 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro, “a mentira e a ignorância venceram a inteligência”, mas em 2022 isso será diferente

(Foto: Reprodução)
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247 - No lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT), atual secretário de Educação, ao governo da Bahia, nesta quinta-feira, 31, o ex-presidente Lula (PT) destacou que, ao contrário de 2018, quando “a mentira e a ignorância venceram a inteligência” nas eleições que deram vitória a Jair Bolsonaro, em 2022, “a esperança vai vencer”.

“Em 2018, a mentira e a ignorância venceram a inteligência, mas em 2022 a esperança vai vencer e nós vamos acabar com esse fascismo no Brasil, vamos recuperar a democracia, criar programas para que o povo brasileiro possa ter orgulho desse país”, disse o ex-presidente.

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A cerimônia aconteceu no Wet Salvador, na Avenida Paralela, e contou com a presença do atual governador, Rui Costa, do senador Jaques Wagner e da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. 

Lula destacou claramente que quer voltar a governar o país e encheu o público baiano de esperança ao afirmar que o PT vai voltar ao poder. “Eu me sinto um menino. Nunca tive tanta saúde, tanta energia e tanto tesão quanto eu estou cara. É preciso provar que esse país não precisa ser assim”, afirmou.

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“A juventude não pode perder a esperança. As mulheres têm que ter certeza que seus filhos vão ser cuidados com carinho. Os trabalhadores precisam ter certeza que vão ter emprego e salário mínimo. Os índios têm que saber que eles são donos desse país. A nossa floresta tem que ser preservada, é mais útil para o Brasil manter uma árvore em pé do que cortar para plantar um pé de soja ou um pé de milho”, disse.

‘Melhor momento do Brasil foi na época do PT’

Lula destacou que “o melhor que o Brasil viveu desde que foi proclamada a República foram os momentos que o PT governou esse país”, mas denunciou que “grande parte das coisas que nós fizemos foi destruída”. 

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“Não tem mais ‘Minha Casa, Minha Vida’, inventaram uma coisa chamada ‘Casa Verde e Amarela’. Não tem mais emprego com carteira profissional assinada, quando nós geramos 22 milhões de empregos, inventaram uma ‘Carteira Verde e Amarela’ para não dar emprego ou dar trabalho intermitente, em que as pessoas trabalham, não são registradas, não têm sábado, não têm domingo, não têm férias e muitas vezes não têm direito previdenciário”, denunciou. 

O ex-presidente também criticou as “reformas” realizadas após o golpe de Estado de 2016, no qual a então presidenta Dilma Rousseff (PT) sofreu um impeachment sem cometer crime de responsabilidade. De acordo com Lula, as “reformas” foram feitas “para destruir o que o povo brasileiro conquistou, como a CLT, que foi feita em 1943, o primeiro documento dando garantia aos trabalhadores brasileiros”.

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“Fizeram uma reforma da Previdência, dizendo que ela era deficitária e era preciso diminuir a dívida. É importante lembrar que até 2014 a Previdência era superavitária, porque tinha emprego, os trabalhadores tinham aumento de salário, porque nós legalizamos seis milhões de pequenas empresas e porque o salário mínimo aumentava todo ano no nosso governo, e porque tínhamos políticas permanentes de distribuição de renda para o povo brasileiro. Eles acabaram com isso na perspectiva de que era preciso não deixar nenhum rastro do governo do PT, acabar com tudo”, denunciou.

‘Pobre quer viver bem’

O ex-presidente Lula voltou a defender que a solução para a crise econômica do Brasil é “colocar o pobre no orçamento” e o “rico no imposto de renda”. “Não podemos voltar ao tempo da escravidão. O povo precisa de respeito, carinho e esperança. Cada mãe precisa ter a garantia do Estado brasileiro que seu filho vai ser tratado decentemente, com educação, formação, que não vai ser morto pela polícia por ser pobre ou negro”, afirmou.

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“Esse país não pode continuar sendo injusto”, afirmou, destacando que sua solução, de dar prioridade aos mais pobres, permitiu que o PT, em 13 anos, tirasse as pessoas da miséria absoluta, criasse mais universidades, aumentasse a classe média, levasse água para todos, entre outras medidas.

“É preciso inverter a lógica econômica que as universidades ensinam. Quem precisa do Estado não é o rico, são as pessoas que precisam: os pobres”, declarou. “É preciso melhorar, e muito, a qualidade da escola pública” para o pobre ir para a universidade, disse Lula, reforçando que é preciso “garantir, para esse país ser justo, que o pobre tenha a mesma oportunidade do rico para estudar”.

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“Se eu decidir ser candidato, não para fazer o que eu fiz, é para fazer mais e melhor para o povo brasileiro”, afirmou. Falando sobre o problema da fome, Lula soltou: “se preparem, porque nós vamos voltar a comer o churrasquinho de sábado e domingo” — provavelmente uma de suas frases mais aplaudidas pelo público.

“Acham que o pobre gosta de produtos de segunda [...] A gente gosta de coisa de primeira, queremos comer bem, morar bem e se vestir bem. Viver dignamente. Domingo levar nossas crianças para passear, almoçar no restaurante, pegar avião e visitar nossos parentes”, afirmou.

Eleições na Bahia e no Brasil

Falando dos governos do PT na Bahia, que termina seu quarto mandato neste ano, o ex-presidente destacou a importância de reeleger um governo petista. “Se a gente perder as eleições, em um ano, eles vão destruir o que vocês levaram 16 anos para fazer”, declarou. E elogiou o pré-candidato petista ao governo baiano, Jerônimo Rodrigues.

“Esse ato aqui é para vocês saírem com bastante consciência do que vocês têm que fazer daqui pra frente. Eu quero dizer que nós temos que fazer uma coisa muito séria. [...] O ato de hoje me surpreende e eu começo acreditar. Não sei quem são os nossos adversários, mas um cara que ainda não é conhecido do povo e consegue trazer tanta gente numa quinta-feira… Eu acho que a gente pode assegurar, Jerônimo, que se você se dedicar, você será o próximo governador da Bahia, quando puder ser candidato, quando tiver a convenção e você for indicado”, afirmou.

Lula ainda argumentou que as eleições deste ano exigem que se leve em conta “a necessidade de votar em deputados federais e senadores” do mesmo campo. “Se não, a gente não consegue fazer o que precisa ser feito”, justificou. De acordo com o ex-presidente, o povo precisa saber que “não pode votar numa raposa para tomar conta do galinheiro; as raposas vão comer as galinhas”.

“Não podemos votar no senador que votou no impeachment da Dilma, que aprova o tal do orçamento secreto”, disse, lembrando que “nunca houve isso. Se é secreto, é porque é desonesto”. “Nessa eleição precisamos ser mais cuidadosos, mais zelosos e mais ousados. Pesquisar quem é quem para não nos enganarmos”, afirmou.

Criticando a imprensa que apoiou o golpe de Estado e a Lava Jato, Lula destacou que “vamos vencer essa gente e redemocratizar esse país”. “Precisam se preparar porque a luta será muito dura”, disse.

Críticas a Bolsonaro

Sem mencionar nomes, Lula alfinetou Bolsonaro, dizendo que o PT irá ganhar as eleições democraticamente, “sem distribuir armas, distribuindo livros, falando de educação, solidariedade, fraternidade, amor e comida. E não falar de ódio e contar mentiras, como está sendo contado todo santo dia”.

Ele ainda destacou como prefeitos e governadores eram bem tratados durante seu governo, pois "o Presidente da República tem que ser igual um chefe de família, sem procurar desavença, procurando harmonia, tratando prefeitos e governadores com decência”.

Petrobras, gasolina e privatizações

Lula voltou a falar do preço dos combustíveis e das privatizações. De acordo com ele, “ninguém deve acreditar que a gasolina está cara por causa da guerra na Ucrânia”, pois “o presidente pode consertar”. “Não é pela guerra, é pela falta de capacidade do presidente da República, que não sabe governar. A única coisa que ele sabe fazer é fake news, é contar 7 mentiras por dia, e o Brasil não suporta isso”, afirmou.

Ele ainda denunciou a política de preços e o desmonte da Petrobras. “A gente não quer o preço dolarizado. Depois que a gente descobriu o pré-sal, a gente é auto suficiente. O Brasil não precisa importar petróleo. Se a gente tivesse as nossas refinarias funcionando e tivéssemos feito mais três ou quatro refinarias, a gente estaria exportando gasolina”, afirmou.

“Estamos pagando caro a gasolina, porque quando privatizaram a BR [Distribuidora]”, explicou. “Nós temos hoje 392 empresas importando gasolina dos EUA. Se importam em dólar, o preço vai em dólar”, continou, lembrando que, durante a crise de 2008, quando era presidente, “o barril do petróleo chegou a 147 dólares e o preço da gasolina era só R$ 2,67”.

“Durante os 13 anos que o PT governou esse país, o gás de cozinha não subiu na Petrobras. Hoje o pobre está pagando quanto? As pessoas não podem pagar 10% do salário mínimo num botijão de 13 litros de gás. O botijão deveria ser distribuído e fazer parte da cesta básica, porque é uma coisa necessária para as mulheres pobres desse país. As pessoas ficam se queimando porque estão voltando a cozinhar com lenha sem ter fogão de lenha”, denunciou.

Lula defendeu que é preciso “brigar para tentar recuperar nossa Petrobras” e também denunciou a tentativa de privatizar a Eletrobras: “se fizerem isso, nunca mais terá programa ‘Luz para Todos’, porque não tem empresário nesse país que resolva levar luz de graça na casa do povo pobre”. “Não podemos deixar privatizar”, destacou.

Por isso, ele criticou quem não sabe governar e quer vender tudo. “Se não sabe governar, pede para ir ao banheiro e não volta mais”, disse, mandando um recado: “deixa para quem sabe governar esse país”.

Assista à íntegra de seu discurso:

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