BRB esclarece que não teve bens bloqueados em operação da Polícia Federal
Decisão da Justiça Federal retificou entendimento anterior e confirmou que bloqueio de R$ 12,2 bilhões não se aplica ao Banco de Brasília
247 – O Banco de Brasília (BRB) divulgou na noite desta terça-feira (18) uma nota negando que tenha tido bens bloqueados no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal. A informação original foi publicada pela Agência Brasil, responsável pelo conteúdo utilizado como base para esta matéria.
Segundo o BRB, a própria Justiça Federal esclareceu que a decisão de bloqueio de R$ 12,2 bilhões não atinge as finanças da instituição. O banco informou que a 10ª Vara Federal de Brasília retificou entendimento anterior e excluiu o BRB das medidas de constrição patrimonial relacionadas à operação.
Justiça retifica decisão e exclui o BRB do bloqueio
Na nota divulgada pelo banco, consta a transcrição literal do novo posicionamento judicial: “Retifico a decisão (…) para excluir o Banco Regional de Brasília (…) das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira.”
O BRB destacou que o trecho foi atribuído à 10ª Vara Federal de Brasília e reforçou que nenhum bem ou valor da instituição foi alvo de bloqueio. De acordo com o banco, as medidas atingem exclusivamente pessoas físicas investigadas e outras empresas citadas no processo.
Banco afirma compromisso com transparência e normas do sistema financeiro
Ainda na nota, o BRB reiterou manter “compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento das normas do sistema financeiro nacional”, afirmando que as atividades e operações seguem seu curso regular.
Presidente e diretor são afastados; governo do DF indica substituto
Apesar de o BRB ter sido excluído do bloqueio, a Justiça determinou o afastamento temporário do presidente do banco, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia Júnior. Ambos são citados como parte da investigação, na condição de pessoas físicas.
Para substituir Paulo Henrique Costa, o governo do Distrito Federal indicou o atual superintendente da Caixa Econômica Federal, Celso Eloi de Souza Cavalhero. Servidor de carreira da instituição estatal, Cavalhero ainda precisará passar por aprovação da Câmara Legislativa do Distrito Federal antes de assumir o comando do banco.



