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Defesa de Bolsonaro adia novo pedido de domiciliar para priorizar cirurgia

Advogados aguardam definição sobre procedimento abdominal antes de provocar novo parecer do STF

O senador Flávio Bolsonaro observa o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Aeroporto Internacional de Brasília - 25/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está concentrando esforços em viabilizar a cirurgia a que ele deve ser submetido nos próximos dias, antes de ingressar com um novo pedido de prisão domiciliar no Supremo Tribunal Federal (STF). A orientação foi confirmada à CNN Brasil pelo advogado Celso Vilardi, que afirmou que a estratégia da equipe jurídica neste momento é evitar pressa e aguardar informações médicas mais precisas sobre o quadro de saúde do ex-presidente.

Bolsonaro ainda não tem data definida para o procedimento, que deve remover uma hérnia no abdômen. A previsão será comunicada ao ministro Alexandre de Moraes assim que for oficializada. O caso está sob acompanhamento direto da Polícia Federal, que foi acionada por Moraes para elaborar um laudo médico após a avaliação da equipe de saúde de Bolsonaro.

O avanço da análise pericial tem sido observado com cautela pelos aliados. A recente decisão do STF de autorizar prisão domiciliar ao general Augusto Heleno animou integrantes do entorno bolsonarista, mas advogados avaliam que o caso do ex-presidente exige prudência adicional. O objetivo, afirmam, é evitar um pedido precipitado que possa ser rejeitado por falta de elementos técnicos sólidos.

A defesa de Bolsonaro sustenta que seu estado de saúde é frágil e que a permanência na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, pode dificultar a assistência necessária durante a recuperação. Dependendo do quadro clínico após a cirurgia e da capacidade da PF de oferecer suporte médico adequado, Moraes poderá ser provocado novamente a reavaliar as condições de cumprimento de pena.

Internamente, a equipe jurídica segue insistindo na tese de que o tratamento domiciliar seria mais seguro para o ex-presidente durante o período pós-operatório. A expectativa é de que, concluída a intervenção e avaliada a evolução médica, um novo pedido seja formalizado ao Supremo.

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