Lira manifesta irritação com bolsonarista Carlos Jordy, que foi alvo de operação da PF
Presidente da Câmara culpa Jordy pelo vazamento da informação de que não foi avisado previamente pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre a ação da PF na Casa Legislativa
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), manifestou sua irritação aos parlamentares em relação ao líder da oposição, o bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ). Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, a irritação de Lira estaria ligada ao vazamento de informações sobre uma operação da Polícia Federal que teve Jordy como alvo na semana passada pela suspeita de de promover atos antidemocráticos que contestavam o resultado das eleições presidenciais de 2022, como bloqueios das rodovias no interior do Rio de Janeiro .
“O presidente da Câmara colocou na conta de Jordy a notícia publicada pelo site “Metrópoles“, de que não foi avisado previamente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sobre a ação policial que viria a ser realizada no Congresso”, destaca a reportagem. A comunicação prévia aos presidentes das Casas legislativas sobre a realização de operações no Parlamento é considerada uma praxe. Além de ter externado sua insatisfação com Jordy, Lira também deixou claro aos parlamentares que não pretende ser utilizado por deputados para ações de "lacração" nas redes sociais.
Por outro lado, aliados de Carlos Jordy negam que ele seja o responsável pelo vazamento da informação. Segundo eles, a explicação teria sido comunicada a Lira. Nesta quarta-feira (24), Carlos Jordy e parlamentares da oposição se reuniram em Brasília para discutir possíveis reações às operações da Polícia Federal nas Casas Legislativas federais. A presença de Arthur Lira era aguardada, mas o presidente da Câmara informou que está em viagem no exterior.
O deputado federal Carlos Jordy (PL) foi alvo nesta quinta-feira (18) da Polícia Federal, que deflagrou a 24ª fase da Operação Lesa Pátria, contra pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
