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Brasília

"Não sou faccionada e usam minha cabeça para atacar o governo", diz Luciane Barbosa

Tratada pela grande imprensa como a "dama do tráfico amazonense", Luciane Barbosa é usada por bolsonaristas para atacar o ministro Flávio Dino

Luciane Barbosa (Foto: Reprodução)
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247 - Suposta "dama do tráfico amazonense", Luciane Barbosa, casada com um dos chefes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) do Amazonas, se defendeu nesta terça-feira (14) e afirmou que opositores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão usando sua imagem para atacar a gestão petista e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. 

Em relação ao encontro que teve com autoridades do governo federal, que não incluem Dino, ela assumiu que a ida a Brasília foi paga pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), e que foi convidada por conta de integrar o Comitê de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas.

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"Ainda não tomei posse, e não sei se vou conseguir tomar posse diante de toda repercussão nacional. Pessoas estão usando minha cabeça como cristo para atacar o atual governo e Dino, que de fato nunca me recebeu", afirmou a chefe da ONG Instituto Liberdade do Amazonas, durante coletiva de imprensa via Zoom.  

As declarações surgem em meio a uma nova ofensiva bolsonarista com o objetivo de associar, sem provas, o ministro Flávio Dino a facções criminosas. A movimentação começou após reportagem de O Estado de S. Paulo alegar que Luciane Barbosa foi recebida por assessores de Dino para discutir violações aos direitos dos presos, através de uma ONG representada por ela. 

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Sobre as alegadas associações com o crime organizado, ela assegurou: "Não sou faccionada e sou de fato casada com ele". 

Identificada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) como a pessoa encarregada de gerir as finanças do marido, Luciane foi condenada a uma pena de dez anos, porém, permanece respondendo ao processo em liberdade. Policiais civis do Amazonas investigam se a ONG é apenas uma fachada usada pelo Comando Vermelho.

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Ela revelou que ficou sabendo das reportagens somente após a publicação, e contestou o apelido de "dama do tráfico". 

"Fiquei sabendo por meio de amigos que estava na capa do Estadão. Nunca fui conhecida como a dama do tráfico, e sim como a dona Lu Farias. Meu trabalho no Instituto Liberdade Amazonas é levantar denúncias de familiares que presos estão doentes, se apanharam. Levei dossiê para o (secretário de Assuntos Legislativos do MJ) Elias Vaz, que nos recebeu e disse que não era da área da pasta dele, me encaminhou ao Senappen", continuou ela, relatando também encontros com Sandro Abel Sousa Barradas (diretor de Inteligência Penitenciária) e Rafael Velasco (Secretário Nacional de Políticas Penais).

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A ida de Luciane à pasta da Justiça gerou grande repercussão. A ex-deputada estadual e atual vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal do Rio de Janeiro (Anacrim-RJ), Janira Rocha, defendeu o encontro dela com membros do ministério para tratar de políticas de direitos humanos para os presos. 

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), defendeu o ministro por causa de ataques feitos por bolsonaristas. Titular da Justiça, Flávio Dino criticou a "vil politicagem" de opositores do governo. 

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Em meio à repercussão, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou um pedido para abrir uma investigação sobre as reuniões na pasta com a presença de Luciane Barbosa.

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