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Nordeste

“Bolsonaro não faz e tem raiva de quem faz”: parlamentares e internautas reagem à crítica ao Nordeste

A internet não perdoou o novo ataque de Jair Bolsonaro aos governadores do Nordeste no campo da educação, ao mesmo tempo em que elogiou a iniciativa do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em elevar o piso dos professores para R$ 6,3 mil, o mais alto do Brasil

Flávio Dino e Bolsonaro em inauguração da pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Isac Nóbrega/PR)
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Por Nathalia Bignon, para o 247 - A internet não perdoou o novo ataque de Jair Bolsonaro aos governadores do Nordeste. Em crítica à decisão de oito dos nove governadores do Nordeste de não aderir ao projeto do Ministério da Educação (MEC) para a instalação de colégios cívico-militares, o presidente afirmou que a educação na região forma “militantes” e “desinforma”. O único Estado nordestino que aderiu ao projeto de construir escolas militares foi o Ceará, que é governado pelo petista Camilo Santana.

Nesta segunda-feira (3), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou o novo piso salarial de R$ 6,3 mil para professores do Estado – em contraponto ao piso nacional, de R$ 2,8 mil –, o que parece ter enfurecido ainda mais o presidente. 

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“Foi só falar do êxito de Flávio Dino na educação para aparecerem comentários sobre a pobreza no Maranhão. Os minions não entendem é que isso só aumenta o mérito do governador. O Maranhão foi dirigido 50 anos pela oligarquia mais longeva do país. Dino começou a mudar essa realidade”, elogiou o ex-ministro do Esporte no governo Lula e ex-líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP). 

"Bolsonaro mostra mais uma vez o seu total desconhecimento da educação pública no Brasil. Pernambuco tem a melhor política de ensino médio do país. O Maranhão tem a melhor política de remuneração dos profissionais da educação básica. Ao invés de aproveitar as experiências exitosas da educação no Nordeste, o Governo segue o caminho equivocado com acusações miúdas, rasteiras, como tem feito em todas as questões relacionadas à educação brasileira”, rebateu o ex-presidente da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB-PE).

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Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) acusou Bolsonaro de tentar desviar o foco da população. “Enquanto o governador Flávio Dino investe fortemente na educação, Jair Bolsonaro fala bobagens e faz críticas infundadas para desviar a atenção do próprio descaso com a educação. Bolsonaro não faz e tem raiva de quem faz”, declarou.

Reginaldo Lopes, deputado federal eleito pelo PT-MG, preferiu ignorar a acusação do presidente e elogiar o anúncio de Dino. “Ótima e corajosa medida tomada no Maranhão! Por aqui, sigo na luta para fazer com que o teto do serviço público seja igual ao salário de professor doutor. É preciso dar o exemplo e valorizar a educação”, declarou. 

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Colega de sigla, Nilto Tatto (SP) também usou as redes para a parabenizar a gestão do maranhense.  “Parabéns ao estado do Maranhão e em especial ao governador Flávio Dino. Ainda que o projeto esteja em fase inicial de tramitação, mostra o cuidado e atenção com a carreira docente”. 

Não faltaram comentários de profissionais da área e anônimos no Twitter. “Esse ‘comunismo’ do Maranhão parece que funciona direitinho, né? Aumento para professor, contas em dia, redução da balbúrdia nos presídios. E tudo sem autoritarismo, nem a bobageira do capitão e seus filhotes...”, alfinetou um internauta. 

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“O piso salarial do professor no Maranhão vai subir pra mais de R$ 6 mil, enquanto isso ‘BotSoulNazi’ corta gastos e mantém ministros que destroem a educação potencializando o estrago no Enem e no Sisu, aí finge que uma escola tá resolvendo alguma coisa. Patife...”, disse outro, recordando os recentes escândalos protagonizados pelo Ministério da Educação. 

“Sou professor e tenho colegas que votaram no Bolsonaro. Muitos estão salivando nesse salário de 6k do Maranhão. É sempre divertido lembrar que um governador do PCdoB está pagando isso”, ironizou um perfil no Twitter.

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