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Fundo Phoenix, de Tanure, compra estatal de energia por R$1 bi na 1ª privatização de Tarcísio

A Emae, que tem como acionista relevante a Eletrobras, opera o sistema hidráulico e gerador de energia entre a região metropolitana de São Paulo, baixada santista e médio Tietê

Emae (Foto: Rovena Rosa/ABR)
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SÃO PAULO (Reuters) - O fundo de participações Phoenix, que tem Nelson Tanure como investidor de referência, venceu o leilão de privatização da geradora de energia Emae desta sexta-feira com uma oferta de 1,04 bilhão de reais pelo ativo, cifra que superou as expectativas do governo paulista.

Na disputa a viva voz contra outros dois grupos, o fundo Phoenix se comprometeu a pagar 70,65 reais por ação da geradora paulista --ágio de 33,68% frente ao preço mínimo fixado-- e arrematou um lote de 14.755.255 ações que soma toda a participação de 39% do Estado de São Paulo, majoritário na Emae.

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A geradora de energia paulista irá complementar a estratégia de consolidação de Tanure no setor elétrico, disse Maurício Quadrado, sócio e presidente do Banco Master de Investimento, que também terá participação no fundo. "A referência é sempre o Tanure, ele já está no setor, está na Light. (A Emae) É um ativo que complementa a estratégia de consolidação futura, está no Rio, está em São Paulo, é isso que nos atraiu para entrar no investimento e pagar esse ágio de 30%", afirmou o executivo a jornalistas após o leilão.

"É uma empresa muito bem gerida, com caixa e sem dívida, com margem de rentabilidade boa, que vamos conseguir melhorar com certeza", acrescentou.

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Quadrado disse ainda que os sócios do Master entrarão com participação no fundo Phoenix, que também será eventualmente aberto para outros clientes do banco.

A Emae, que tem como acionista relevante a Eletrobras, opera um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica entre a região metropolitana de São Paulo, baixada santista e médio Tietê. O principal ativo da empresa é a usina hidrelétrica de Henry Borden, com 889 megawatts (MW) de potência, que fica no pé da Serra do Mar e foi inaugurada na década de 1920.

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O portfólio da empresa inclui mais três hidrelétricas de menor porte, que junto com Henry Borden somam 960,8 MW, além de uma termelétrica, usinas elevatórias e barragens. Segundo Quadrado, no momento não há interesse do fundo em adquirir a participação da Eletrobras na Emae, mas isso poderá ser negociado no futuro.

O certame desta sexta-feira contou com a participação ainda das empresas EDF Brasil, subsidiária da gigante francesa de energia, e da Matrix Energia, uma joint venture da gestora Prisma Capital com uma subsidiária do grupo suíço Duferco.

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Além das três participantes do leilão, o ativo também foi avaliado por outros grupos, totalizando nove interessados, segundo informações do banco Genial, que assessorou o Estado no processo de privatização. Segundo fontes com conhecimento do processo, olharam a Emae grandes geradoras de energia, como Âmbar e Auren.

ACIMA DA EXPECTATIVA - O leilão marcou a venda da última estatal paulista de energia e a primeira privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pretende realizar ainda neste ano a desestatização da Sabesp por meio de uma oferta de ações na bolsa. "Leilão bem sucedido, um ágio maravilhoso, superou a nossa expectativa, estamos auferindo recurso acima da marcação da lei orçamentária", disse o governador após o leilão.

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