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Sul

Com quase 159 mil desalojados por alagamentos, governo do Rio Grande do Sul pede que pessoas não voltem para casa

Defesa Civil alerta que locais inundados estão "sob alto risco, seja relacionado à condição física, bem como ao risco à saúde humana pela transmissão de doenças"

Ajuda federal no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Gov)
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Reuters - As fortes chuvas que mataram ao menos 95 pessoas desde a semana no Rio Grande do Sul tiveram impacto em mais de 80% dos municípios do Estado, com quase 159 mil desalojados, disse a Defesa Civil gaúcha nesta quarta-feira, alertando que as pessoas que foram resgatadas ainda não devem retornar para suas casas, pois o solo segue encharcado e há previsão de mais chuvas.

O balanço da Defesa Civil gaúcha divulgado nesta manhã manteve em 95 o total de mortos até o momento, mas este número tende a aumentar, já que 128 pessoas seguem desaparecidas e as autoridades ainda investigam se quatro mortes registradas nos últimos dias têm relação com a catástrofe climática.

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Em publicação nas redes sociais, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alertou que há previsão de mais chuvas em todo o Estado já nesta quarta-feira, assim como uma queda na temperatura nos próximos dias, e reforçou pedido de doações de cobertores e roupas de inverno.

"Para esta quarta-feira a gente tem a projeção de temporais aqui no Rio Grande do Sul distribuídos pelo Estado. A gente deve ter em algumas localidades ventos de mais de 100km/h, talvez granizo em alguns locais", disse Leite em vídeo publicado no Instagram na noite de terça-feira.

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"Além disso, deve baixar bastante a temperatura na noite de amanhã (quarta-feira)", acrescentou.

Diante da possibilidade de novas chuvas, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul alertou que ainda não é hora das pessoas que foram resgatadas -- número que está na casa das dezenas de milhares -- retornarem às suas casas.

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"A Defesa Civil do Estado orienta a população, especialmente as pessoas resgatadas na região metropolitana de Porto Alegre, que não retornem às áreas alagadas, inundadas, ou sob risco de movimentos de massa", informou o órgão em comunicado.

"Esses locais estão, ainda, sob alto risco, seja relacionado à condição física, bem como ao risco à saúde humana pela transmissão de doenças."

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As chuvas recentes, apontadas por autoridades como o pior desastre climático da história do Estado, já atingiram 1,45 milhão de pessoas em 414 das 497 cidades gaúchas. Além disso, quase 159 mil estão desalojadas e 372 ficaram feridas.

Além de integrantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Forças Armadas e integrantes de forças de segurança de outros Estados enviados para ajudar nos esforços de resgate, muitos voluntários também atuavam em botes, barcos, jet skis e até em tratores para salvar pessoas das enchentes.

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Foi o caso de Daniel Farias, que pilotava seu trator em Eldorado do Sul, cidade da região metropolitana de Porto Alegre fortemente devastada pelas chuvas, para levar pessoas para áreas seguras.

"Até a última hora, até o último segundo, até o último momento que essas águas baixarem eu não vou desligar o trator. Vou estar continuamente para resgatar e buscar pessoas", disse ele à Reuters.

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"É um trabalho de formiguinha, continuamente, de noite, de dia, de madrugada, não tem hora", acrescentou ele, que está morando no trator e que teve a própria casa tomada pelas águas da chuva.

Em Brasília, durante entrevista ao programa "Bom dia, ministro", do CanalGov, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode anunciar ainda nesta quarta uma medida para a dívida do Rio Grande do Sul com a União, que vem sendo apontada como um entrave fiscal para que o Estado faça frente às despesas que estão sendo feitas neste momento de resgate e em um momento posterior de reconstrução.

Centenas de milhares de pessoas no Rio Grande do Sul estão sofrendo sem fornecimento de energia elétrica, água e serviços de telefonia e internet, de acordo com a Defesa Civil. Além disso, há 85 trechos em 38 rodovias estaduais gaúchas com bloqueios totais e parciais. As chuvas também provocaram problemas em rodovias federais que cortam o Estado.

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