Universidades do RS podem demorar até um ano para se recuperar das enchentes

247 - As universidades e institutos federais do Rio Grande do Sul enfrentam um longo caminho para recuperar a infraestrutura afetada pelas recentes enchentes. De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a normalização total do ensino superior no estado pode levar até um ano, mesmo no melhor cenário, destaca reportagem da CNN.

Na última quinta-feira (23), o governo federal liberou um crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão para ações de apoio e reconstrução no Rio Grande do Sul. Desse montante, mais de R$ 22 milhões foram destinados à limpeza, manutenção e recuperação de instalações educacionais. No entanto, esse valor é insuficiente frente ao necessário. As instituições de ensino superior do estado estimam precisar de R$ 124,3 milhões para voltar ao patamar anterior às enchentes.

Até agora, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é a que mais necessita de recursos, com um orçamento de R$ 40,1 milhões para reparos. Já a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) calcula que pode recuperar suas instalações em aproximadamente seis meses com um aporte de R$ 12 milhões. “Estamos utilizando recursos próprios para iniciar a recuperação, mas isso é insustentável a longo prazo”, afirmou Luciano Schuch, reitor da UFSM.

O Ministério da Educação ainda não respondeu quando os valores solicitados serão repassados. Enquanto isso, as universidades continuam a negociar uma reposição orçamentária permanente com o governo federal. A presidente da Andifes, Márcia Abrahão, alertou que o retorno à normalidade será demorado, mesmo com a liberação dos recursos necessários.