247 - A Polícia Federal informou, nesta quarta-feira (10/12), que deflagrou a Operação Rufiã para desarticular duas organizações criminosas dedicadas ao tráfico internacional de mulheres.&nbsp;
De acordo com a PF, a operação teve como foco a repressão ao aliciamento e envio de brasileiras para exploração sexual em países da Europa e da Ásia. A investigação revelou que cerca de 100 vítimas já foram identificadas ao longo do inquérito.
<h3>Mandados e prisões</h3>
A ofensiva cumpriu mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás, além do bloqueio de bens que podem alcançar R$ 58 milhões. Também foram decretadas prisões preventivas contra as principais investigadas.
Uma das líderes do esquema foi capturada em Goiás nesta quarta-feira (10). Conforme a PF, ela mantinha redes transnacionais de exploração sexual com atuação em diversos países, incluindo Sérvia, Jordânia, Israel, Áustria, Croácia, Emirados Árabes Unidos e Montenegro.
<h3>Como funcionava o aliciamento</h3>
As investigações apontam que o grupo recrutava mulheres por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, oferecendo promessas de altos lucros e viagens financiadas. Ao chegarem ao exterior, as vítimas eram submetidas a condições degradantes, jornadas exaustivas, retenção de documentos, ameaças, chantagens e monitoramento constante por aplicativos de geolocalização.
<h3>Cooperação internacional e enquadramentos criminais</h3>
A Operação Rufiã contou com apoio da Europol e ocorreu simultaneamente no Brasil e em países europeus, com o objetivo de reunir provas e responsabilizar os envolvidos. A detida poderá responder por tráfico internacional de pessoas, redução à condição análoga à escravidão e organização criminosa.
Em comunicado, a Polícia Federal ressaltou seu compromisso no enfrentamento ao tráfico de pessoas e reforçou a importância de denúncias anônimas, que podem ser feitas pelo telefone 194 ou pelo site oficial da PF.

Luis Mauro Filho

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Brasil

PF desmonta rede que aliciava mulheres para exploração sexual no exterior

247 - Uma grande operação policial, coordenada pela Polícia Civil, está em andamento em 17 estados e no Distrito Federal, visando desmantelar uma rede de exploração sexual infantil. A ação, batizada de Pharos II, tem como objetivo combater a venda e o compartilhamento de material que registra abusos contra crianças e adolescentes. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/10/10/policia-civil-coordena-operacao-conjunta-de-combate-a-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes.ghtml">g1</a>.
A operação conta com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos.
De acordo com informações da Polícia Civil, estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão contra suspeitos envolvidos no armazenamento, compartilhamento e comercialização de material ilícito, como fotos e vídeos de abuso infantil. A investigação teve início após a Polícia Civil do Paraná apreender um dispositivo eletrônico contendo imagens de abusos que estavam sendo comercializadas por meio de aplicativos de mensagens. A partir dessa apreensão, foi possível identificar uma rede de usuários de diversas regiões do país, que trocavam esse material ilegal pela internet.
A operação Pharos II tem como foco principal a erradicação de práticas criminosas envolvendo a exploração sexual infantil online. Os alvos da operação são suspeitos de trocar material ilegal de abuso infantil e, em alguns casos, comercializá-lo. "Essa ação visa desarticular uma rede criminosa que explora menores e comercializa esse tipo de material, proporcionando uma resposta contundente a essa problemática", afirmou um representante da Polícia Civil do Paraná.

Otávio Rosso

Agentes e viatura da Polícia Civil do Paraná

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Polícia Civil realiza operação em 17 estados contra exploração sexual infantil na internet

247 - O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta terça-feira (19) manter a prisão preventiva do influenciador digital paraibano Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. O casal é investigado por suspeita de exploração sexual e econômica de menores, além de trabalho infantil irregular. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/ultimas-noticias/">g1</a>.&nbsp;
Segundo Schietti, a ordem de prisão expedida pelo Tribunal de Justiça da Paraíba está devidamente fundamentada e baseada em indícios de crimes graves. Entre as acusações, estão a produção e divulgação de conteúdo sexualizado envolvendo adolescentes, o que, de acordo com o ministro, configura um quadro de extrema gravidade.
A defesa havia solicitado a soltura do casal, alegando irregularidades na prisão e sustentando que os depoimentos que serviram de base para a decisão judicial não foram submetidos ao contraditório. Além disso, negou qualquer intenção de fuga por parte dos investigados.
O ministro, no entanto, rejeitou o pedido, afirmando que o STJ só poderia rever prisões ilegais — o que não se aplicaria ao caso. Ele destacou ainda o risco à investigação. “Nesse contexto, que aponta para a exposição reiterada e inadequada de crianças e adolescentes, bem como para a tentativa de destruição de provas relevantes à apuração dos fatos, não é possível constatar a plausibilidade jurídica do pedido de soltura”, escreveu o0 magistrado na decisão, de acordo com a reportagem.
Hytalo Santos e Israel Nata Vicente foram detidos na última sexta-feira (15), em uma residência localizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Após a prisão, o casal foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista, e deverá ser transferido para a Paraíba, onde o processo segue em sigilo.
Reportagens anteriores revelaram relatos de ex-funcionários que descrevem uma rotina controlada, com festas, jornadas de trabalho intenso e restrições impostas a adolescentes. As acusações contra o casal incluem tráfico de pessoas e exploração sexual infantil, o que amplia a gravidade do processo em andamento.

Paulo Emilio

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STJ nega pedido de liberdade e mantém prisão do influenciador Hytalo Santos

247 - Hítalo José Santos Silva, mais conhecido como Hytalo Santos, é um influenciador digital de 28 anos, natural de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, que ganhou notoriedade na internet por produzir conteúdo com jovens e adolescentes. Ele foi preso nesta sexta-feira (15), junto a seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, por suspeita de tráfico humano e exploração sexual infantil.
A prisão, conforme informações do <a href="https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/08/15/quem-e-hytalo-santos-influenciador-preso-por-suspeita-de-exploracao-sexual-infantil.ghtml">g1</a>, ocorreu após um inquérito criminal do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que investigam a exposição de menores em suas redes sociais. A notoriedade do caso aumentou após o youtuber Felca ter denunciado, em um vídeo, as supostas práticas de exploração.
<h3>A trajetória e a polêmica</h3>
Hytalo Santos construiu sua fama principalmente no TikTok, com um formato de conteúdo semelhante ao de Carlinhos Maia, em que reúne diversas pessoas em uma casa e compartilha a rotina delas. Ele se referia a algumas meninas como "filhas" e a meninos como "genros", e seus vídeos frequentemente os mostravam em dancinhas e situações do cotidiano. Antes da conta ser desativada, ele acumulava mais de 17 milhões de seguidores no Instagram, 2,4 milhões no TikTok e 5 milhões no YouTube.
As denúncias contra Hytalo ganharam força com o vídeo de Felca, que criticou o influenciador por, supostamente, lucrar com a exposição de jovens como Kamyla Santos, que entrou em seu círculo aos 12 anos. Felca alegou que Hytalo percebeu que "quanto mais era mostrado da Kamylinha, em todos os sentidos, mais retornava em números", sugerindo uma exploração que se estendeu da pré-adolescência à adolescência da jovem. O youtuber também levantou a questão do público de Hytalo, que, segundo ele, inclui "homens adultos" que assistem aos vídeos com motivações questionáveis.
Além dos vídeos, Hytalo gerenciava um perfil de sorteios de prêmios, como celulares e carros, com mais de 1,9 milhão de seguidores. Em dezembro de 2023, seu casamento foi outro destaque na internet, com uma festa avaliada em R$ 4 milhões e presentes como iPhones 15 Pro Max para os convidados.
<h3>A resposta dos envolvidos</h3>
A defesa de Hytalo Santos declarou que o influenciador "jamais compactuou com qualquer ato atentatório à dignidade de crianças e adolescentes". Eles afirmam que tudo será provado no decorrer da investigação. A conta de Kamyla Santos no Instagram também foi retirada do ar após a repercussão das denúncias.
O MPPB confirmou que o inquérito criminal já estava em andamento antes do vídeo de Felca e que as investigações continuam. A Meta, dona do Instagram, não se pronunciou sobre o motivo da desativação da conta de Hytalo.
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Laís Gouveia

Sudeste

Quem é Hytalo Santos, influenciador preso por tráfico humano e exploração sexual infantil

247 - Os senadores Jaime Bagattoli (PL-RO) e Damares Alves (Republicanos-DF) protocolaram, nesta terça-feira (12), o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a adultização e a exploração de crianças na internet. A iniciativa, que já reúne apoio maciço no Senado, foi impulsionada após a repercussão de um vídeo publicado pelo influenciador digital Felca. As informações são do Senado Federal.
De acordo com a coluna <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2025/08/senadores-protocolam-pedido-de-cpi-contra-exploracao-infantil-nas-redes.shtml">Painel</a>, da Folha de S. Paulo, Bagattoli e Damares pretendem se reunir ainda hoje com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para pedir que o requerimento seja lido o quanto antes em plenário, garantindo prioridade na instalação da CPI. Até o momento, o documento já recebeu 70 assinaturas — um número recorde na atual legislatura, considerando que a Casa é composta por 81 parlamentares. Para viabilizar a abertura da comissão, eram necessárias apenas 27 adesões.
A pressão pela investigação ganhou força após o vídeo de Felca denunciar a presença de conteúdos que exploram e sexualizam menores nas redes sociais. Em sua fala, o influenciador citou o caso de Hytalo Santos, que, segundo ele, lucra com esse tipo de material e utiliza o algoritmo das plataformas para ampliar o alcance, favorecendo o engajamento de redes de pedofilia.

CPI sobre adultização infantil na internet é protocolada com apoio maciço no Senado

247 - O influenciador Felipe Bressanim Pereira, de 27 anos, conhecido como Felca, voltou a ganhar grande repercussão nas redes sociais após publicar um vídeo denunciando a exploração sexual e a adultização de crianças e adolescentes. Com mais de 31 milhões de visualizações em menos de uma semana, o material expõe supostos esquemas em que influenciadores e até pais lucrariam com conteúdos de conotação sexual envolvendo menores. As informações são do <a href="https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2025/08/quem-e-felca-influenciador-que-bomba-com-video-sobre-adultizacao-de-criancas-nas-redes-sociais.shtml">F5</a>, da <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/08/felca-diz-sofrer-ameacas-apos-denunciar-exploracao-sexual-de-adolescentes.shtml">Folha de S.Paulo</a>, e de entrevista concedida por Felca ao podcast PodDelas.
O youtuber relatou que, desde a publicação das denúncias, passou a receber inúmeras ameaças. "[Estou recebendo] muitas [ameaças], de assuntos delicados. Muitas, muitas. Comecei a andar com carro blindado e segurança. Muitas ameaças, sim. A questão das bets, por exemplo, vieram muitas ameaças". Ele também revelou que há uma ameaça de processo ligada ao caso da adultização, mas disse que “é o lado da verdade”.
<h2>Investigação e críticas a influenciadores</h2>
No vídeo, Felca menciona diversos episódios em que menores aparecem em situações sexualizadas, frequentando ambientes impróprios, como baladas, ou participando de danças sensuais. Entre os casos citados está o do influenciador Hytalo Santos, acusado por ele de promover dinâmicas com adolescentes que se beijam, consomem bebidas alcoólicas e são expostos de maneira erotizada.
Segundo Felca, esse tipo de conteúdo é impulsionado pelo algoritmo das redes sociais, atraindo um público composto, em grande parte, por pedófilos. “Você vê nos comentários que são pessoas mandando coraçãozinho, falando para mostrar mais”, disse. Ele ainda criticou o papel de alguns pais: “Os pais incentivam isso porque eles entendem que existe o universo de consumidores sobre isso. Os vídeos monetizam, e os pais expõem a criança a isso".
Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde dezembro de 2024 sob suspeita de exploração sexual de crianças e adolescentes e trabalho infantil. Uma força-tarefa moveu uma ação civil pública para impedir que ele tenha acesso às redes sociais e para que os jovens sob sua tutela retornem às famílias. Meses atrás, ele usou as redes para se defender, afirmando que vivia com os jovens em uma “família não tradicional”.
A promotora Ana Maria França, responsável pela apuração, explicou que a investigação começou após o condomínio onde Hytalo residia com os adolescentes relatar “exposição de crianças e adolescentes com barulho e conteúdos de conotação sexual, embora de forma subliminar”.
<h2>Produção do vídeo e histórico de confrontos</h2>
Felca revelou que levou cerca de um ano para concluir o vídeo, reunindo provas e consultando uma psicóloga para explicar os riscos da adultização. Ele já é conhecido por enfrentar outros setores, como o das apostas esportivas online (bets), tendo recusado uma oferta de R$ 50 milhões para promover uma empresa do ramo.
Natural de Londrina (PR) e residente em São Paulo, o influenciador se popularizou com vídeos de reacts, em que reage a conteúdos da internet, e por ações bem-humoradas, como quando aplicou a base de maquiagem da influenciadora Virginia Fonseca no próprio rosto, vídeo que soma 20 milhões de visualizações.
Apesar do tom leve que marca parte de seu trabalho, Felca reforçou que o tema da adultização exige atenção. “A gente fala sobre esses casos e de como o algoritmo favorece. Você vê que o público dessa criança, por exemplo, não são pessoas que estão engajadas no conteúdo que a criança está fazendo. É um público de pedófilos".
O caso segue em investigação e reacende o debate sobre os limites da produção de conteúdo envolvendo menores, a responsabilidade de influenciadores e famílias, e o papel das plataformas digitais no combate à exploração sexual infantil.

Guilherme Levorato

Tá nos Trends

Felca revela sofrer ameaças após denunciar exploração sexual e adultização de crianças nas redes sociais

247 - A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PL), está no centro de uma série de denúncias envolvendo uso político e religioso do programa federal Abrace o Marajó, implementado entre 2020 e 2022. Segundo investigação publicada pelo<a href="https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2025/05/09/damares-alves-usou-fake-news-do-marajo-para-beneficiar-igrejas-evangelicas.htm"> UOL</a> nesta quinta-feira (9), o projeto, que tinha como justificativa oficial o combate à exploração sexual infantil no arquipélago paraense, acabou servindo como plataforma para grilagem de terras e favorecimento de igrejas evangélicas, especialmente da Assembleia de Deus.
Com apoio do Pulitzer Center Rainforest Reporting Grant, os repórteres Juliana Sayuri, Talyta Vespa e Fabrício Venâncio percorreram municípios como Bagre e Oeiras do Pará — os mais impactados pelas emissões de Termos de Autorização de Uso Sustentável (TAUS) durante o programa — e identificaram irregularidades graves na destinação de terras públicas. Templos religiosos foram erguidos em áreas que deveriam estar destinadas ao uso comunitário de populações ribeirinhas.
Durante a gestão de Damares, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos passou a incluir a regularização fundiária entre suas atribuições, algo inédito na história da pasta. Nesse período, foram emitidos mais de 400 TAUS, autorizando o uso de mais de 50 milhões de m² de terras federais — em muitos casos, sem que houvesse qualquer ação oficial de regularização, segundo o Ministério da Gestão.
"Onde o poder público não chega, a igreja chega", disse ao UOL Edno Dias, pastor da Assembleia de Deus e atual secretário de Agricultura de Bagre, que participou diretamente do cadastramento de ribeirinhos para obtenção dos TAUS.
Diversos moradores relatam ter recebido áreas de milhões de metros quadrados sem saber da real dimensão dos terrenos. Em alguns casos, parte das terras foi "doada" informalmente para construção de igrejas. Antônio Martins, morador de Bagre, recebeu um TAUS de 2,1 milhões de m² e permitiu a instalação de um templo ao lado de sua casa. Situação parecida ocorreu com Jocival Assunção, beneficiado com uma área de 3 milhões de m².
As áreas, no entanto, continuam pertencendo à União e não podem ser transferidas legalmente. O Ministério da Gestão já admitiu a ausência de ações oficiais de regularização em municípios como Bagre entre 2019 e 2022, apesar da emissão dos documentos — o que configura indício de fraude.
Em Oeiras do Pará, o UOL identificou 160 TAUS emitidos com uma única coordenada geográfica, o que indica erro ou manipulação nos registros. A cidade, incluída no programa apenas em 2022 por articulação da prefeita Gilma Ribeiro (PP), também recebeu reuniões de regularização fundiária dentro de templos da Assembleia de Deus.
Outro ponto que levanta suspeitas é a atuação da empresa Biotec Amazônia, parceira do programa e que tem no conselho Paulo Bengtson, primo de Damares e pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular. A senadora afirmou, por meio de sua assessoria, não ter tido participação na escolha da empresa nem ingerência nas emissões dos TAUS.
"A emissão excessiva levou órgãos do sistema de Justiça a monitorar a situação, em razão de indicativo de fraude", declarou o Ministério de Direitos Humanos em março de 2024.
A coordenadora-geral da Amazônia Legal na SPU entre 2009 e 2013, a advogada Patrícia Menezes, criticou o uso do programa para interesses religiosos e eleitorais:
<blockquote>&nbsp;"Utilizar TAUS para implantar igrejas evangélicas no Marajó é absolutamente irregular, e deve ser apurado considerando os riscos de improbidade administrativa na gestão do patrimônio público federal e sua combinação com crimes eleitorais de desvio de finalidade na utilização de instrumento de destinação do patrimônio da União", afirmou.</blockquote>
Damares Alves também está sendo processada pelo Ministério Público Federal por disseminação de fake news. Quando ministra, ela chegou a afirmar publicamente que meninas marajoaras seriam exploradas sexualmente por não usarem calcinhas e que teriam os dentes arrancados “para não morderem na hora do sexo oral”. O MPF pede indenização de R$ 5 milhões por danos coletivos.
A senadora deve retornar ao arquipélago em 22 de maio, acompanhada de uma comitiva parlamentar. A assessoria afirma que o objetivo da visita é "constatar, com os próprios olhos, todas as situações denunciadas pelos moradores", e que ministérios do governo Lula foram convidados, mas não responderam ao convite.
O Ministério da Gestão informou que iniciará apuração detalhada sobre os TAUS emitidos no período. A SPU deve reavaliar caso a caso a legalidade das autorizações.

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