<p><b>247 – </b>A candidata da Unidade por Chile, <b>Jeannette Jara</b>, celebrou neste domingo sua ida ao <b>segundo turno</b> da eleição presidencial chilena e enviou um recado direto tanto a seus apoiadores quanto aos eleitores que não escolheram nem ela nem <b>José Antonio Kast</b>. As declarações foram divulgadas originalmente pelo <i>jornal La Tercera</i>.</p>
<p>Logo no início de sua fala, Jara agradeceu a votação recebida e afirmou que pretende ampliar o diálogo com setores que não a apoiaram no primeiro turno. <b>“A partir de amanhã, vamos sair para conversar com vocês e escutá-los atentamente”</b>, disse a candidata, ao destacar que sua campanha busca construir maiorias com participação popular.</p>
<h2>Conquistas sociais e reformas trabalhistas</h2>
<p>Durante seu discurso, Jara relembrou medidas aprovadas enquanto comandou o Ministério do Trabalho. A candidata destacou <b>o aumento do salário mínimo</b>, <b>a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais</b> e <b>a reforma previdenciária</b>, que segue em tramitação no Congresso chileno.</p>
<p>Segundo ela, essas políticas demonstram que é possível melhorar as condições de vida da população com responsabilidade e compromisso social.</p>
<h2>Resposta dura a Kast e debate sobre transparência</h2>
<p>Em tom mais firme, Jara também respondeu às posições de seu adversário. Ao criticar a defesa de <b>vidro à prova de balas</b> feita por Kast e sua oposição à abertura do <b>sigilo bancário</b>, a candidata lançou um ataque direto. <b>“Quem não deve, não teme”</b>, afirmou, numa resposta às propostas do rival.</p>
<p>A declaração reforça a linha adotada pela campanha neste segundo turno: contrastar políticas sociais com medidas conservadoras defendidas por Kast.</p>
<h2>Disputa polarizada no Chile</h2>
<p>A ida de Jara ao segundo turno contra Kast confirma o cenário de polarização que marca a eleição chilena. De um lado, um projeto que enfatiza direitos trabalhistas e reformas sociais; de outro, uma agenda baseada em segurança e restrições institucionais.</p>
<p>A capacidade de conquistar eleitores indecisos ou aqueles que optaram por outras candidaturas no primeiro turno será determinante para definir o rumo do Chile em 2025.</p>

Redação Brasil 247

original

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

América Latina

Jeannette Jara endurece discurso após avançar ao segundo turno e desafia José Antonio Kast

<p><b>247 -</b> A candidata do Partido Comunista de Chile (PC), Jeannette Jara, aparece em primeiro lugar nas intenções de voto para a eleição presidencial chilena. Conforme levantamento da AtlasIntel, Jara alcançou <b>33,2%</b> das intenções de voto no primeiro turno.&nbsp;</p>
<p>O cenário porém se torna mais complexo ao olhar os possíveis desdobramentos: embora lidere com folga no primeiro turno, Jara aparece atrás dos adversários em todos os cenários projetados para o segundo turno da votação.&nbsp;</p>
<h3>Resultados da pesquisa de primeiro turno</h3>
<p>De acordo com o levantamento da AtlasIntel, com 3.709 pessoas entrevistadas pela internet entre 25 e 30 de outubro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.&nbsp;</p>
<ul>
  <li>&nbsp;Jeannette Jara (PC): <b>33,2%</b>&nbsp;</li>
  <li>&nbsp;José Antonio Kast (Partido Republicano): 16,8% &nbsp;Johannes Kaiser (Partido Nacional Libertário): 16,8%&nbsp;</li>
  <li>&nbsp;Franco Parisi (Partido de La Gente): 14,2%&nbsp;</li>
  <li>&nbsp;Evelyn Matthei (União Democrática Independente): 13,9%&nbsp;</li>
</ul>
<p>Em relação à pesquisa anterior, feita em 19 de outubro, Jara obteve uma ligeira alta; por outro lado, Kast apresentou queda enquanto Kaiser registrou crescimento.&nbsp;</p>
<h3>Desafios no segundo turno</h3>
<p>Apesar da vantagem no primeiro momento da disputa, o cenário reverso aparece com clareza na projeção de segundo turno: a liderança não se mantém. Conforme publicações de mídia especializadas, Jara perderia para Kast ou Matthei em uma eventual segunda volta.&nbsp;</p>
<h3>Contexto e repercussão</h3>
<p>A ascensão de Jara representa um momento histórico para a política chilena: é a primeira vez que uma candidatura apoiada por uma coligação de esquerda oficial (alinhada ao governo de Gabriel Boric) surge com representantes do Partido Comunista à frente.&nbsp;</p>
<p>Porém, a candidata enfrenta dilemas importantes: a necessidade de ampliar seu apelo além da base histórico-comunista, a habilidade de articular alianças mais amplas e o risco de rejeição de eleitores mais centristas ou conservadores. Um dos temas que repercutiu é a sua própria militância no PC — “Esse tema não está sobre a mesa”, afirmou ela recentemente ao ser questionada sobre eventual suspensão da filiação. <a href="https://elpais.com/chile/2025-10-20/jeannette-jara-sobre-congelar-su-militancia-comunista-ese-tema-hoy-no-esta-sobre-la-mesa.html?utm_source=chatgpt.com" target="_blank">E</a></p>
<h3>O que observar daqui para frente</h3>
<ul>
  <li>&nbsp;A campanha de Jara precisará construir <b>uma narrativa de governabilidade e amplitude</b>, de modo a convencer eleitores fora da sua base partidária tradicional.</li>
  <li>&nbsp;Do lado da oposição, a dispersão de candidaturas (como Kast, Matthei e Kaiser) pode favorecer o primeiro lugar de Jara no primeiro turno, mas também abre espaço para um adversário único mais forte no segundo turno.</li>
  <li>&nbsp;As temáticas centrais da disputa — segurança pública, economia, desigualdade, participação social — devem ganhar relevo nas próximas semanas, influenciando o comportamento do eleitorado.</li>
  <li>&nbsp;Como lembra a própria pesquisa, liderar o primeiro turno <b>não garante a vitória</b> final: a chave será o desempenho no embate direto, na segunda volta, se houver.</li>
</ul>

Tudo sobre jeannette-jara

Jeannette Jara endurece discurso após avançar ao segundo turno e desafia José Antonio Kast

Candidata do PC lidera eleição no Chile com margem clara no primeiro turno

Cortes da TV 247