247 – O site Poder 360 publicou, em suas redes sociais, um ataque à primeira-dama Janja Lula da Silva, afirmando que ela teria cometido um “erro de português” ao dizer “somos atoras” durante entrevista à CNN, na COP30, em Belém. A crítica, no entanto, está gramaticalmente equivocada. O próprio site, ao tentar desqualificar Janja, incorreu em um erro — e este sim reconhecido por especialistas da língua portuguesa.
O ataque do Poder 360 foi feito por meio do seguinte texto: “A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, cometeu um erro de português durante entrevista à CNN, na COP30, em Belém. Disse ‘somos atoras’. O correto seria ‘somos atrizes’. A gafe de Janja aconteceu enquanto ela falava sobre a importância de colocar a questão de gênero no centro dos debates sobre mudanças climáticas.”
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🗣️ A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, cometeu um erro de português durante entrevista à CNN, na COP30, em Belém. Disse “somos atoras”. O correto seria “somos atrizes”. 🌎 A gafe de Janja aconteceu enquanto ela falava sobre a importância de colocar a questão de… <a href="https://t.co/2NeDr49nqE">pic.twitter.com/2NeDr49nqE</a>&mdash; Poder360 (@Poder360) <a href="https://twitter.com/Poder360/status/1991952305978323213?ref_src=twsrc%5Etfw">November 21, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>O feminino de “ator” pode ser “atora”</h2>
Segundo a norma culta da língua portuguesa, “atora” é uma forma plenamente válida, por formação regular do feminino (ator – atora), como ocorre em “autor – autora”, “professor – professora” ou “diretor – diretora”. O termo atriz consolidou-se no uso quando se refere à profissão artística, mas isso não invalida a forma regular atora, especialmente quando utilizada em sentido figurado — como agentes da transformação social, política ou ambiental.
Em debates de sociologia, ciência política e estudos de gênero, “atores sociais” é expressão amplamente usada. Por isso, no feminino, “atoras sociais” é uma construção correta e cada vez mais comum. Já “atrizes sociais” pode gerar ambiguidade, pois remete ao ofício artístico.
<h2>Janja usou o termo adequado ao contexto</h2>
Ao falar sobre a importância de colocar o debate de gênero no centro das mudanças climáticas, Janja recorreu à expressão “somos atoras”, destacando o protagonismo das mulheres como agentes de transformação — e não como profissionais da atuação. Portanto, não houve gafe, tampouco erro gramatical.
<h2>Erro está no ataque, não na fala</h2>
Ao tentar desqualificar a primeira-dama, o Poder 360 ignorou a morfologia básica do português e acabou disseminando desinformação linguística. O episódio revela não um deslize de Janja, mas sim um ataque apressado e falho, movido mais por disputa política do que por rigor jornalístico ou linguístico.

Redação Brasil 247

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Mídia

Poder 360 comete erro de português e ataca Janja por erro que ela não cometeu

247 - Um <a href="https://www.brasil247.com/mundo/maior-vazamento-de-logins-da-historia-expoe-16-bilhoes-de-dados-na-internet">vazamento de dados</a> "sem precedentes" expôs bilhões de logins e senhas de serviços como Facebook, Telegram, Google e Apple, além de plataformas governamentais. Foi o que apontaram pesquisadores do portal Cybernews. A pesquisa mostrou que a maior parte do conjunto de informações comprometedoras estaria "provavelmente relacionado à população de língua portuguesa", com mais de 3,5 bilhões de registros. Ao todo foram 16 bilhões de senhas pelas informações iniciais - o número ainda está sendo apurado.&nbsp;
O vazamento resultou em um alerta máximo entre autoridades de segurança digital e especialistas do setor. De acordo com analistas, o episódio é o maior incidente do tipo já registrado.Os relatos foram publicados no<a href="https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2025/06/20/vazamento-historico-de-dados-expoe-16-bilhoes-de-senhas-da-apple-google-e-facebook-dizem-especialistas-saiba-o-que-fazer.ghtml"> jornal O Globo</a>.
De acordo com investigadores, a maioria dessas informações nunca havia sido identificada em vazamentos públicos anteriores. É um conteúdo novo e altamente explorável por criminosos virtuais.
A maior parte dos dados vazados é consequência da combinação de três fontes: malwares que roubam informações, ataques que usam senhas vazadas para tentar acessar várias contas e vazamentos antigos reaproveitados.
Ainda não é possível determinar com precisão quantas pessoas ou contas foram afetadas, mas há indícios de que muitas informações se repetem entre os diferentes conjuntos.
“Isso não é apenas um vazamento – é um plano para exploração em massa. Com mais de 16 bilhões de registros de login expostos, os cibercriminosos agora têm um acesso sem precedentes a credenciais pessoais que podem ser usadas para sequestro de contas, roubo de identidade e ataques de phishing altamente direcionados”, disseram os pesquisadores em nota divulgada pelo site Cybernews
“O que é especialmente preocupante é a estrutura e a atualidade desses conjuntos de dados – não se trata apenas de vazamentos antigos sendo reciclados. Isso é inteligência nova, com potencial de uso malicioso em larga escala”.
A Apple e o Facebook afirmaram que não comentariam o caso. O Google informou que não tem um posicionamento sobre o assunto, mas um porta-voz disse que a empresa não cometeu diretamente uma violação de dados. As empresas não informaram se o vazamento afetou o Brasil.

Leonardo Lucena

Cabos Ethernet usados ​​para conexão de internet 

Maior parte das senhas vazadas na internet é em língua portuguesa

247 - Autor de diversos atentados contra a língua portuguesa, o ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, atribuiu um de seus erros mais célebres, quando disse 'conje' ao invés de 'cônjuge', ao que chamou de "engasgada". Segundo ele, a repercussão de seus erros, este ocorrido em 2019, quando ministro de Jair Bolsonaro, é uma "bobagem". As declarações foram dadas em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/06/moro-diz-que-erro-do-conje-foi-engasgada-e-uma-bobagem.shtml">Folha de S. Paulo</a>.&nbsp;
"Essa questão do tal do 'conje' é uma bobagem, né?", disse ele na entrevista, acrescentando que "uma engasgada" o levou a cometer o erro.&nbsp;
RELEMBRE MAIS DERRAPADAS DE MORO - Naquele mesmo ano, ao falar sobre a relação com o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, Moro usou a palavra "rugas" ao invés de "rusgas. "No fundo, essas rugas pontuais, em política, podem acontecer", disse.&nbsp;
Moro também empregou, em três ocasiões, o verbo "haviam" no plural no sentido de "existiam", o que é incorreto, porque o verbo haver neste significado é impessoal, ou seja, deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular.&nbsp;
Moro disse durante sessão da CPI Mista do 8 de Janeiro, no fim de junho de 2023, que os bolsonaristas "cometeram atos de violência, invadiram, depredraram". O certo seria "depredaram".&nbsp;
Durante uma audiência no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) no ano passado, ele também disse: "Tanto que o valor elevado não corresponde ao que foi gasto especificamente com mim". O correto seria usar "comigo".

Brasil

Autor de atentados contra a língua portuguesa, Moro diz que 'conje' foi 'engasgada'

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin afirmou que a linguagem neutra destoa das normas da língua portuguesa. O magistrado emitiu seu posicionamento durante julgamento sobre leis municipais que proíbem o uso desse tipo de linguagem. Seis ministros acompanharam o relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes, para confirmar a decisão monocrática dada em 20 de maio: Flávio Dino, Dias Toffoli, Luiz Edson Fachin, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
"Não é possível admitir, em princípio, que os municípios editem leis que interfiram nas diretrizes e nas bases da educação, no ensino, tampouco nos currículos, materiais didáticos e nos modos de exercício da atividade docente, cuja matéria exige um tratamento uniforme em todo o país. A língua é viva e dinâmica, sendo habitual que sofra mutações ao longo do tempo. Contudo, é preciso respeitar o corpo normativo vigente ao menos em documentos educacionais e oficiais de instituições de ensino", afirmou.
seis ministros acompanharam o relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes, para confirmar a decisão monocrática dada em 20 de maio: Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.&nbsp;

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