247 – Prestes a reassumir a presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em janeiro de 2026, Paulo Skaf voltou à cena política com declarações contundentes sobre segurança pública e economia. Em mensagem publicada nas redes sociais, ele apoiou a operação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de cem mortes e afirmou que o país vive uma guerra contra o crime.
A reportagem é da Folha de S.Paulo (<a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/10/de-volta-ao-comando-da-fiesp-skaf-apoia-operacao-no-rio-e-diz-que-chega-de-proteger-bandido.shtml" target="_new">leia aqui</a>). “O Brasil está em guerra. Em guerra contra o crime. E guerra não se ganha com palavras bonitas, mas com força e coragem. Não é com carinho que se enfrenta o terror”, escreveu Skaf. “Minha admiração e respeito aos policiais do Rio que enfrentaram ontem o crime organizado. Meus sentimentos aos heróis que tombaram em combate. Em momentos como esse é preciso deixar claro: estou do lado do Brasil e de quem o defende. Chega de proteger bandido”, completou.
<h2>Retorno com viés político</h2>
Após quatro anos afastado da Fiesp, período em que a entidade foi presidida por Josué Gomes, Skaf retoma o comando com uma agenda que extrapola os limites da indústria. Embora negue ambições eleitorais, ele tem buscado protagonismo em temas de segurança e economia, além de manter interlocução com o Congresso Nacional.
Em entrevista à Folha, Skaf afirmou que pretende aproximar a Fiesp do Legislativo. “Quero fazer um trabalho com visão de país. Além da sociedade organizada, temos que ter ao nosso lado o Poder Legislativo, que representa o povo e os estados”, declarou.
<h2>Conselhos com nomes políticos</h2>
Em setembro, Skaf anunciou a criação de 16 conselhos superiores com figuras de destaque da política nacional, inclusive ex-ministros do governo Bolsonaro, como Sergio Moro e Joaquim Pereira Leite. Moro presidirá o conselho de segurança pública. Também integram a lista a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o deputado Mendonça Filho (União-PE) e o senador Marcos Pontes (PL-SP), que comandará o conselho de inteligência artificial.
Skaf nega qualquer conotação partidária. “Não tenho nem filiação. Foram circunstâncias, um movimento espontâneo dos setores produtivos. Acabei aceitando e estou abraçando a causa com dedicação total”, disse. Ele descreve a nova estrutura da Fiesp como “um ministério da sociedade”, com especialistas e lideranças “brilhantes”.
<h2>Relação com Lula e Trump</h2>
Em julho, Skaf convocou empresários para uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, a fim de discutir o tarifaço de Trump. O encontro coincidiu com uma reunião organizada em Brasília pelo vice-presidente Geraldo Alckmin com o mesmo propósito. A coincidência gerou interpretações de rivalidade política, que Skaf rejeita.
“Quando veio o problema, todo mundo correu atrás. É legítimo. Até fui eu quem convidei as empresas para participar da reunião em São Paulo. Era uma iniciativa no sentido de ajudar a buscar solução”, explicou.
Sobre o encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele elogiou o resultado. “O que vi, pela imprensa, foi que a reunião teria sido positiva. Os EUA são o principal parceiro e cliente de manufaturas do Brasil. Fiquei feliz que tenha reatado essa aproximação”, declarou.
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Redação Brasil 247

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Economia

Skaf volta à Fiesp, apoia operação no Rio e diz que “basta de proteger bandido”

247 – O empresário Paulo Skaf, eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em agosto com 99% dos votos válidos, reuniu nesta quinta-feira (25) a nova diretoria que assumirá em janeiro de 2026. Durante o encontro, ele anunciou a criação de 16 conselhos temáticos e setoriais que formarão o chamado “Conselhão”, um espaço para debater políticas públicas e estratégicas. A informação foi publicada originalmente pela <a href="https://www.estadao.com.br/politica/coluna-do-estadao/paulo-skaf-reune-diretoria-eleita-da-fiesp-e-forma-conselhao-que-tem-de-campos-neto-a-moro/">Coluna do Estadão</a>, do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo Skaf, a proposta é dar à Fiesp um papel de maior articulação com a sociedade. “Durante minhas gestões anteriores, sempre tivemos uma visão de país. Não adianta um setor pensar que pode ter sucesso se o país vai mal. Esses conselhos são uma forma de levar a representação viva da sociedade para dentro da Fiesp”, afirmou.
<h2>Composição liberal e figuras do bolsonarismo</h2>
O “Conselhão” terá forte presença de nomes de viés liberal e centro-direita, incluindo quatro ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro. Entre eles estão o ex-presidente do Banco Central e atual executivo do Nubank, Roberto Campos Neto, que comandará o Conselho Superior de Economia, e o senador Sergio Moro, responsável pelo Conselho de Segurança. Também integram a lista a senadora Tereza Cristina, no Conselho de Agronegócio, e o ex-ministro do Meio Ambiente Joaquim Alvaro Pereira Leite, em Desenvolvimento Sustentável.
Skaf disse não temer críticas pela presença de ex-integrantes do governo Bolsonaro: “Meu critério foi procurar, na minha visão, dentre os melhores nomes, nos temas específicos, pessoas que têm uma visão liberal como eu e como é a visão da Fiesp, e dispostas a trabalhar de forma voluntária”.
Além dos ex-bolsonaristas, o ex-presidente Michel Temer presidirá o Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política, e o deputado federal Mendonça Filho assumirá o recém-criado Conselho de Educação.
<h2>Diplomacia empresarial e relação com os Estados Unidos</h2>
Outro eixo destacado por Skaf é a diplomacia empresarial, em meio às tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O empresário ressaltou que pretende fortalecer a aproximação entre empresas brasileiras e estrangeiras para ampliar investimentos e abrir novos mercados.
“Vamos dar ênfase à diplomacia empresarial, respeitando a diplomacia oficial, mas a diplomacia empresarial é insubstituível, as relações entre as empresas brasileiras e as empresas do país que nós exportamos, que nós investimos, que nós compramos, que nós nos abastecemos”, declarou.
Skaf comentou ainda sobre a conversa direta entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando a importância do diálogo bilateral. “Vou torcer muito para que realmente o Brasil abra essas portas de diálogo com os Estados Unidos”, afirmou.
<h2>Conselhos estratégicos para 2026</h2>
A maioria dos conselhos já existe e apenas trocará de comando, mas os de Educação e Segurança serão criados a partir de 2026. Skaf ressaltou que os grupos não terão viés eleitoral. “O objetivo não é apresentar um programa único para a eleição. O objetivo vai ser um trabalho permanente sobre esses diversos temas que poderão ser apresentados às candidaturas. Mas independente de candidatos, vamos apresentar ao Congresso Nacional”, disse.
Entre os demais nomes confirmados estão Roberto Azevêdo (ex-diretor-geral da OMC), que presidirá o Conselho Superior de Comércio Exterior, Ellen Gracie (ex-presidente do STF), que ficará à frente dos Assuntos Jurídicos, e Flavio Amary, em Indústria da Construção.
<h2>Lista completa dos novos presidentes dos Conselhos Superiores da Fiesp</h2>
<ul>
 <li>&nbsp;Agronegócio: Tereza Cristina (senadora e ex-ministra da Agricultura)</li>
 <li>&nbsp;Assuntos Jurídicos: Ellen Gracie (jurista, ex-ministra do STF)</li>
 <li>&nbsp;Comércio Exterior: Roberto Azevêdo (diplomata, ex-diretor-geral da OMC)</li>
 <li>&nbsp;Cultura: André Sturm (cineasta e ex-secretário da Cultura de São Paulo)</li>
 <li>&nbsp;Desenvolvimento Sustentável: Joaquim Alvaro Pereira Leite (ex-ministro do Meio Ambiente)</li>
 <li>&nbsp;Educação: Mendonça Filho (deputado federal e ex-ministro da Educação)</li>
 <li>&nbsp;Economia: Roberto Campos Neto (economista, ex-presidente do Banco Central)</li>
 <li>&nbsp;Estudos Nacionais e Política: Michel Temer (ex-presidente da República)</li>
 <li>&nbsp;Indústria da Construção: Flavio Amary (ex-secretário de Habitação de São Paulo)</li>
 <li>&nbsp;Infraestrutura: Marcos Lutz (presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra)</li>
 <li>&nbsp;Inovação e Competitividade: Sylvio Gomide (empresário)</li>
 <li>&nbsp;Micro, Pequena e Média Indústria: Wilson Poit (empresário, ex-Sebrae-SP)</li>
 <li>&nbsp;Relações do Trabalho: Maria Cristina Mattioli (desembargadora aposentada do TRT-15)</li>
 <li>&nbsp;Responsabilidade Social: Raul Cotait (médico e membro da Academia Nacional de Medicina)</li>
 <li>&nbsp;Saúde: José Medina (professor titular de Nefrologia da Unifesp e diretor do Hospital do Rim)</li>
 <li>&nbsp;Segurança: Sergio Moro (senador e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública)</li>
</ul>

Paulo Skaf reúne diretoria eleita da Fiesp e forma conselhão de centro-direita

247 – O empresário Paulo Skaf foi eleito nesta segunda-feira (4) para retornar à presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a partir de janeiro de 2026. Ele venceu em chapa única com 99 votos favoráveis e um em branco. Em <a href="https://www.estadao.com.br/politica/coluna-do-estadao/gestos-do-governo-lula-provocaram-eua-e-geraram-tarifaco-de-trump-diz-skaf/">entrevista</a> à Coluna do Estadão, Skaf destacou que sua prioridade será articular negociações com os Estados Unidos para tentar reverter a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente Donald Trump. A medida começa a valer já nesta quarta-feira (6).
Segundo Skaf, o impacto da nova tarifa atinge principalmente pequenas e médias empresas exportadoras. Ele defende que a solução mais eficaz é a atuação diplomática, em parceria com o governo federal e com o setor produtivo, para convencer os EUA a recuar da medida.
<blockquote>&nbsp;“O melhor socorro é o governo brasileiro ter uma atitude, ter gestos que realmente possam fazer com que os Estados Unidos recuem dessa decisão. Eu espero que o presidente Lula tenha sucesso no contato com o presidente Trump, eu espero que os nossos governos se entendam”, afirmou.</blockquote>
O futuro presidente da Fiesp antecipou que pretende implantar uma “diplomacia empresarial”, com atuação permanente junto a empresas e governos estrangeiros, de modo a evitar crises comerciais futuras. A ideia é estreitar laços especialmente com o mercado norte-americano, principal destino de manufaturados brasileiros.
<blockquote>&nbsp;“Nós não podemos esperar as situações já críticas para correr atrás dos nossos parceiros. Temos que trabalhar de forma preventiva, promovendo o diálogo contínuo entre empresas brasileiras, americanas e os dois governos”, disse Skaf.</blockquote>
Ele ainda anunciou que criará um Conselho Global na Fiesp, voltado às relações internacionais, que será presidido pelo embaixador Roberto Azevedo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). A iniciativa pretende organizar estratégias de longo prazo para o comércio exterior, com foco inicial nos Estados Unidos, mas também mirando outros mercados estratégicos.
Para Skaf, mesmo com a pressão do tarifaço, há espaço para diálogo e negociação. Ele considera que, além do esforço diplomático, medidas pontuais de apoio financeiro a empresas afetadas poderão ser necessárias, caso a sobretaxa se mantenha por mais tempo.

De volta à Fiesp, Skaf defende negociação com os Estados Unidos

247 - Terminou nesta segunda-feira (7) o prazo para registro de chapas para a próxima eleição da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O presidente da Comissão Eleitoral, ministro Sidney Sanches, anunciou que houve registro de chapa única, encabeçada por Paulo Skaf.
A chapa única é composta de representantes de praticamente todo o colégio eleitoral da Fiesp e de todos os setores produtivos, numa demonstração poucas vezes vista de união do empresariado brasileiro.
A eleição será no dia 4 de agosto e elegerá, além do próximo presidente, toda a diretoria que comandará a entidade no quadriênio 2026-2029.
Acompanham Skaf nomes que figuram entre os mais atuantes do empresariado nacional, como André Gerdau, Fábio Ermírio de Moraes, Flavio Rocha, Marcelo Ometto, Marcos Lutz, Andrea Matarazzo, Cláudio Lorenzetti, João Marchesan, Saulo Seibel, Dan Ioshpe, José Roberto Ferraz, Marcio de Lima Leite, entre diversos outros.
Após o registro da chapa, cabe agora à Comissão Eleitoral da Fiesp, composta, além do ministro Sidney Sanches, pela ministra Ellen Gracie, ministro Almir Pazzianotto, desembargadora Maria Cristina Mattioli e doutor Ives Gandra Martins, analisar e aprovar os documentos da chapa única e determinar sua divulgação.

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