247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira uma ofensiva contra uma rede criminosa que atuava há meses extorquindo empresas instaladas ao redor da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. A operação foi batizada de Refinaria Livre e tem como foco um esquema que associava tráfico de drogas, coerção empresarial e envolvimento de entidades de fachada.
Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2025/11/27/policia-civil-deflagra-operacao-contra-quadrilha-que-extorquia-empresas-no-entorno-da-reduc.ghtml">O Globo</a>, as equipes mobilizadas incluem agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-CAP), da Baixada Fluminense (DRE-BF) e da 60ª DP (Campos Elíseos). Três suspeitos foram presos até o momento, e mandados de prisão temporária, busca e apreensão seguem sendo cumpridos em diferentes endereços da região.
De acordo com a investigação conduzida pela DRE-CAP, o grupo era liderado por Joab da Conceição Silva, conhecido como Joab, integrante do Comando Vermelho, e por um pastor que se apresentava como representante comunitário, mas operava como intermediário das ordens ilícitas. Conforme as apurações, empresas instaladas no polo industrial eram coagidas a pagar mensalidades para evitar ataques, incêndios de caminhões, agressões a funcionários e interrupções forçadas das atividades.
O inquérito aponta que o pastor ligado à facção visitava as empresas pessoalmente. Ele se apresentava como figura religiosa e comunitária, mas repetia determinações impostas diretamente por Joab. Entre as exigências estavam proibições de circulação de caminhões nos pátios e a obrigação de contratar moradores indicados pelo tráfico. Cabia a ele também “negociar” acordos sob ameaça, sempre com a promessa de evitar represálias caso as condições fossem aceitas.
Relatos de trabalhadores, documentos formais e atas do Ministério do Trabalho mostram que algumas companhias chegaram a paralisar suas operações por dias, temendo novos episódios de violência. As investigações indicam ainda o uso de sindicatos e associações de fachada como instrumento de pressão, fortalecendo o poder de intimidação da quadrilha.
A ofensiva policial revelou que o grupo criminoso tinha se infiltrado em setores estratégicos das empresas, especialmente na área de Recursos Humanos. Integrantes da quadrilha pressionavam para que funcionários sem qualificação fossem contratados, exigiam benefícios ilegais e determinavam a entrada de parentes e aliados do tráfico para ampliar o controle sobre o polo industrial. Um dos casos citados é o da companheira de Joab, empregada por uma empresa “sem critérios técnicos e por imposição territorial”, semanas antes do ataque armado contra a 60ª DP de Campos Elíseos, ocorrido em fevereiro de 2025, ação que teria sido ordenada pelo próprio chefe da quadrilha.
O pastor investigado já estava sob monitoramento das forças de segurança e foi preso no início de novembro durante a Operação Aves de Rapina, em Betim (MG), direcionada a grupos que armazenavam armas ilegalmente. No carro em que estava, os agentes encontraram uma pistola, seis granadas artesanais, munição e dinheiro em espécie. Ele admitiu ter levado o material explosivo de Duque de Caxias até Minas Gerais para ações de intimidação na Refinaria Gabriel Passos (Regap), sob justificativa de um suposto “movimento grevista” organizado por sindicatos alinhados ao esquema criminoso. No veículo também estava o presidente de uma associação de empresas de transporte de combustível, o que, segundo as autoridades, reforça o envolvimento de entidades formais no esquema.

Guilherme Levorato

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Sudeste

Operação mira quadrilha que extorquia empresas no entorno da Reduc

247 - A Petrobras anunciou a assinatura de cinco contratos de serviços no valor total de R$ 9,6 bilhões para a construção das unidades que compõem o Projeto Refino Boaventura, um dos maiores empreendimentos da atual fase de modernização do parque de refino da companhia.
O projeto integra a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), e marca um avanço estratégico da estatal na produção de combustíveis de maior valor agregado e menor impacto ambiental, como o diesel S-10, o querosene de aviação (QAV) e os lubrificantes de Grupo II, mais duráveis e com baixo teor de enxofre.
<h2>Novo polo industrial no estado do Rio de Janeiro</h2>
As obras do Refino Boaventura devem gerar cerca de 15 mil empregos diretos no pico do projeto e ampliar a capacidade de refino no estado em mais de 100 mil barris por dia de derivados de alto valor.
Entre as principais inovações estão duas unidades inéditas no sistema Petrobras:
<ul>
 <li>&nbsp;HIDW (Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio) – dedicada à produção de lubrificantes de Grupo II;</li>
 <li>&nbsp;HCC (Hidrocraqueamento Catalítico) – voltada à produção de diesel S-10 e QAV.</li>
</ul>
A expectativa é que, após a conclusão, o projeto agregue 76 mil barris/dia de diesel S-10, 20 mil barris/dia de querosene de aviação e 12 mil barris/dia de lubrificantes.
<h2>Indústria naval nacional ganha impulso</h2>
Além do investimento em refino, a Petrobras firmou contratos de R$ 10,2 bilhões para o afretamento de quatro novas embarcações do tipo RSV (ROV Support Vessel), destinadas ao apoio de operações submarinas.
As unidades serão construídas pelo estaleiro Navship, em Navegantes (SC), com entrega prevista entre 2029 e 2030. Os contratos exigem mínimo de 40% de conteúdo local na construção e 60% na operação, mas a empresa contratada, BRAM, prevê índices ainda mais altos — até 80% na construção e 90% na operação.
A iniciativa deve gerar 1.500 empregos diretos e 5.400 indiretos, fortalecendo a cadeia de fornecedores nacionais e impulsionando a retomada da indústria naval brasileira.
Com informações da <a href="https://agencia.petrobras.com.br/w/petrobras-assina-contratos-do-projeto-refino-boaventura-e-para-novas-embarcações-de-apoio-a-sistemas-submarinos">Agência Petrobras</a>

Guilherme Paladino

Diretoria executiva da Petrobras durante evento de assinatura dos contratos na sede da Petrobras

Economia

Petrobras investe R$ 20 bi em modernização do refino e frota marítima verde

Reuters - A Mota Engil assinou por meio de sua subsidiária Empresa Construtora Brasil (ECB) contrato com a Petrobras estimado em R$ 4,4 bilhões, informou a companhia portuguesa nesta segunda-feira.
O novo contrato, com duração estimada de 50 meses, envolve projeto, construção, montagem, comissionamento, operação assistida e integração com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro.
A Petrobras também firmou com a ECB uma extensão de cinco meses de um contrato atual, no valor de R$ 200 milhões, que inclui a prestação de serviços de coleta, beneficiamento, disposição final e descarte para as linhas flexíveis dos "armazéns submarinos" da Bacia de Campos, afirmou a Mota Engil.

Paulo Emilio

Petrobras coloca à venda 27 campos terrestres no Espírito Santo

Mota Engil fecha contrato de R$ 4,4 bi com Petrobras

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