247 - A esposa, três filhos e um sobrinho de Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, foram detidos na BR-262, em Campo Grande (MS), quando seguiam rumo à fronteira com a Bolívia. A ação ocorreu na segunda-feira (8), durante uma operação que apurava indícios de fuga do chefe do Terceiro Comando Puro, informa o <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/09/familia-do-traficante-peixao-detida-saindo-do-brasil.ghtml">G1</a>.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) agiu após receber alerta da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a possível presença do criminoso no comboio. Embora não tenha sido localizado, seus familiares foram conduzidos à Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, prestaram depoimento e foram liberados. Eles responderão por lavagem de dinheiro, ocultação de bens e participação em organização criminosa.
Segundo a PRF, equipes de inteligência monitoravam os deslocamentos da família e suspeitavam que Peixão pudesse estar entre os passageiros. O delegado e secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou: “Nossa inteligência, junto com o Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), vinha monitorando os deslocamentos [do criminoso e de sua família]. [Quando eles se movimentaram,] acionamos a PRF para realizar a abordagem porque havia grande possibilidade de ele estar no veículo. A investigação continua [para encontrá-lo]”.
A abordagem ocorreu por volta das 12h. Dois veículos que deixavam Campo Grande com destino a Corumbá foram interceptados. No interior dos carros, os agentes encontraram joias de alto valor, incluindo cordões de ouro e um medalhão com a inscrição “Israel Defense Force”. O sobrinho do traficante disse ser o proprietário dos itens apreendidos.
Os motoristas declararam ter sido contratados por um conhecido residente na Bolívia para transportar os passageiros do Rio até a fronteira. Eles afirmaram ter viajado de avião até o Rio de Janeiro, onde passaram a noite, antes de seguir para o Mato Grosso do Sul.
A investigação prossegue para localizar Peixão, considerado um dos criminosos mais procurados do estado e dono de uma casa luxuosa no Rio, equipada com lago artificial e academia.

Guilherme Levorato

Joias apreendidas com a família do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o "Peixão"

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Sudeste

Família de chefe do TCP é detida ao tentar deixar o Brasil com joias

247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira (25) o vereador de São João de Meriti Ernane Aleixo (PL), suspeito de envolvimento com uma rede criminosa ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP). A ação faz parte da Operação Muro de Favores, que apura a participação de políticos locais em atividades que fortaleciam o poder da facção na Baixada Fluminense.
De acordo com o <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/11/25/operacao-muro-de-favores-na-baixada-fluminense.ghtml?utm_source=twitter&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=g1">g1</a>, Ernane foi detido em casa depois que agentes arrombaram o portão. Ele foi apontado pelos investigadores como um dos principais articuladores da logística que permitiu a construção de barricadas em Vilar dos Teles, dificultando a entrada da polícia e de serviços públicos nas comunidades controladas pelo TCP.
A investigação indica que o parlamentar, o terceiro mais votado nas eleições municipais do ano passado, teria oferecido maquinário e estrutura operacional ao grupo criminoso em troca de vantagens políticas e financeiras. Áudios e mensagens anexados ao inquérito reforçam essa suspeita.
O delegado Vinícius Miranda, responsável pelo caso, destacou que os elementos reunidos apontam para uma atuação direta do parlamentar na manutenção do esquema. “Identificamos ‘uma clara troca de favores’”, afirmou. Ele acrescentou que os indícios revelam “o uso aparente de um bem público contra o povo, para erguer barricadas”, o que, segundo ele, agrava o quadro investigativo.
Durante o cumprimento dos mandados, agentes apreenderam dinheiro na residência do vereador. Também foram detidas outras quatro pessoas ligadas ao núcleo criminoso. A reportagem do g1 informou que buscou contato com a Câmara de São João de Meriti e com o PL, mas ainda não obteve resposta.
A operação deflagrada nesta terça envolveu 8 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, autorizados pela 2ª Vara Criminal de Meriti. A ação foi conduzida pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e integra a estratégia estadual Barricada Zero, focada em desmobilizar estruturas ilícitas que servem de proteção ao tráfico.
As investigações apontam que o TCP mantinha, há anos, um sistema de colaboração com políticos da região para assegurar o controle de comunidades como Trio de Ouro, em Meriti, e Guacha e Santa Tereza, em Belford Roxo. Nesse contexto, Ernane também é investigado por supostamente negociar vagas em um hospital local em troca de apoio eleitoral.
O núcleo criminoso desmontado nesta etapa da operação seria chefiado por Marlon Henrique da Silva, conhecido como Pagodeiro, preso no ano passado e apontado como braço direito de Genaro, líder do TCP na Baixada. Pagodeiro já confessou ter matado três pessoas, incluindo uma mulher, em confronto com facção rival há dois anos. Nesta terça, sua mulher, Luciana Adelia Theofilo, também foi presa.
A Polícia Civil afirma que o objetivo é enfraquecer a estrutura financeira e hierárquica do TCP, além de remover barricadas e retomar o controle estatal em áreas dominadas pelo tráfico. O grupo investigado é associado a crimes como tráfico de drogas, homicídios, extorsão de comerciantes e lavagem de dinheiro.

Vereador do PL é detido em ação contra esquema do TCP na Baixada Fluminense

247 - A cidade do Rio de Janeiro entrou em Estágio 2 de mobilização às 6h50 desta terça-feira (10) devido a uma grande operação policial no Complexo de Israel, na Zona Norte. A informação foi divulgada pelo Centro de Operações da Prefeitura (COR-Rio). A ação resultou na interdição total da Avenida Brasil e da Linha Vermelha, principais vias de ligação entre a Zona Norte e o Centro da capital fluminense.
Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/rj/tiroteio-em-operacao-fecha-av-brasil-linha-vermelha-trens-e-brts-no-rio/?utm_source=social&amp;utm_medium=twitter-feed&amp;utm_campaign=nacional-cnn-brasil&amp;utm_content=link">CNN Brasil</a>, por volta das 7h30 a Avenida Brasil foi liberada nos dois sentidos. Já a Linha Vermelha continua interditada em trechos críticos, comprometendo o tráfego na região. A operação mobiliza equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar, e tem como alvo a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), comandada por Álvaro Malaquias Ramos, o “Peixão”, apontado como um dos principais líderes do tráfico local.
O tiroteio intenso impactou diretamente a mobilidade urbana e o transporte público. A circulação dos trens da SuperVia no ramal Saracuruna foi suspensa entre as estações Gramacho e Saracuruna, devido à proximidade do confronto com a estação Parada de Lucas. Nos demais trechos do ramal, os trens operam com atrasos e intervalos irregulares de até 30 minutos. Técnicos da concessionária aguardam condições de segurança para realizar reparos na rede aérea, que foi danificada por disparos.
No sistema BRT, o corredor Transbrasil teve sua calha exclusiva temporariamente interrompida. De acordo com a MOBI Rio, as linhas 60 (Deodoro x Gentileza – Parador), 61 (Deodoro x Gentileza – Expresso) e 71 (Vigário Geral x Gentileza – Expresso) operam com intervalos irregulares. O cenário é de incerteza e lentidão para os passageiros, muitos dos quais precisaram buscar abrigo durante a troca de tiros.
Nas redes sociais, circularam imagens dramáticas de motoristas e passageiros abaixados dentro de veículos e até no meio da pista, tentando se proteger do fogo cruzado. Segundo o Rio Ônibus, ao menos 50 linhas de ônibus foram afetadas. Dois coletivos da empresa Evanil foram atingidos por tiros na Avenida Brasil. Um passageiro e um motorista ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital.
A secretaria também informou que colabora com as autoridades de segurança em ações de prevenção e investigação, e pediu apoio da população na identificação dos criminosos, por meio do Disque Denúncia.
A ação policial desta terça-feira é resultado de uma investigação de sete meses, conduzida por delegacias especializadas da Polícia Civil, que busca enfraquecer a atuação do TCP na Zona Norte. A operação segue em andamento, com desdobramentos previstos para outras áreas do Rio.

Otávio Rosso

Operação no Complexo de Israel fecha Avenida Brasil e Linha Vermelha no Rio

247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em colaboração com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, deflagrou na manhã desta quarta-feira (29) uma grande operação para cumprir mandados de prisão em locais estratégicos da Maré, comunidade localizada no Rio de Janeiro, informa o<a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/01/29/forcas-de-seguranca-fazem-operacao-no-complexo-da-mare.ghtml"> g1</a>. A operação, chamada "Conexão Perdida", tem como foco o tráfico de drogas e o esquema financeiro de uma facção criminosa do Espírito Santo, o TCP (Terceiro Comando Puro), que expandiu suas atividades criminosas para o Rio de Janeiro.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, traficantes capixabas do TCP se estabeleceram no Complexo da Maré com o intuito de expandir o tráfico e lavar o dinheiro proveniente dessas atividades. Investigação realizada pela Subsecretaria de Inteligência do estado do Espírito Santo revelou que, em apenas um ano, a quadrilha movimentou cerca de R$40 milhões, utilizando contas bancárias de uma casa lotérica e até de um "banco paralelo" para disfarçar as transações ilícitas.&nbsp;
Esse banco irregular oferecia empréstimos aos moradores da comunidade, além de extorquir empresas de serviços essenciais, como água, gás e internet, que só podiam atuar na área mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$10 mil.
Em entrevista, o subsecretário de Inteligência do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto, destacou a complexidade da operação: "Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória (ES), movimentando R$ 43 milhões em menos de 1 ano. Pedimos também o bloqueio de diversas contas bancárias usadas para a lavagem de dinheiro dessa quadrilha", afirmou.
Durante a ação policial, diversas áreas da Maré foram alvo de busca, incluindo Baixa do Sapateiro, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Nova Maré, Vila do João, entre outros. A movimentação policial causou caos nas ruas, com barricadas em chamas e tiroteios intensos, chegando a bloquear a Avenida Brasil por alguns minutos. Embora não tenha havido confirmação sobre feridos, o cenário de violência foi alarmante.
Em paralelo à operação, um homem foi preso em flagrante ao tentar roubar um caminhão na Avenida Brasil, que seria levado para a comunidade da Nova Holanda, controlada pelo Comando Vermelho (CV). O suspeito, identificado como Renê Gomes Silva, o "RN", foi capturado após uma perseguição policial. Curiosamente, Renê não fazia parte da operação "Conexão Perdida", sendo uma prisão isolada, mas ainda assim gerando mais tensão na região.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, ressaltou a importância da operação no combate ao tráfico de drogas e ao financiamento das facções criminosas: "Além de reforçar a integração entre as instituições, essa operação busca desarticular redes criminosas que ameaçam a segurança pública em escala regional. Vamos quebrar a estrutura financeira dessas organizações criminosas", declarou.

Redação Brasil 247

Operação na Maré desarticula traficantes do ES que movimentavam mais de R$40 milhões por ano

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