Maduro convoca o povo venezuelano contra ameaças de Trump e defende a 'emancipação dos povos oprimidos'
'A Pátria Grande tem uma história gloriosa e única', disse o mandatário do país sul-americano
247 - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reafirmou neste sábado (29) que o seu governo defende a “emancipação dos povos oprimidos”. O mandatário concedeu a declaração horas após o presidente norte-americano, Donald Trump, declarar o espaço aéreo da Venezuela como “totalmente fechado”.
“Temos uma história gloriosa e única; fomos livres porque estivemos unidos sob um único comando. Tenham a absoluta certeza de que os tempos da Pátria Grande voltarão, mais cedo ou mais tarde, para brilhar e assegurar a emancipação dos povos oprimidos”, disse o presidente venezuelano em seu canal oficial no Telegram.
Além de fechar o espaço aéreo venezuelano, os Estados Unidos vêm atacando embarcações em áreas próximas ao continente sul-americano, resultando na morte de 83 pessoas e na destruição de 22 barcos. A primeira ação das forças norte-americanas contra um navio no Caribe ocorreu em 2 de setembro, deixando 11 mortos. O governo Trump alega que é necessário combater o narcoterrorismo.
Cenário global
Outra questão para a relação delicada entre Venezuela e EUA é o petróleo. De acordo com número do site World Atlas, a Venezuela ficou em primeiro lugar entre os dez países com as maiores reservas de petróleo do mundo em 2024 (300,9 bilhões de barris), seguida por Arábia Saudita (266,5 bilhões de barris) e pelo Canadá (169,7 bilhões de barris).
O presidente Donald Trump também informou a suspensão de todos os repasses à Colômbia, governada por Gustavo Petro, alegando o mesmo motivo utilizado pelos EUA para tentar violar a soberania venezuelana.
Em termos de política externa, Venezuela e Colômbia são governados por forças políticas que fazem frentes de resistência à hegemonia dos EUA na política global. Aproximação com a China, com o BRICS e com o Sul Global formam alianças que deixam o governo trumpista preocupado com o fato de o unilateralismo norte-americano estar cada vez mais em risco.



