Venezuela enfrenta pressões externas com mobilização popular, diz Diosdado Cabello
Líder do PSUV afirma que agressões dos EUA reforçam unidade nacional e recebem ampla solidariedade internacional
247 - O secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, destacou a resistência do país diante das pressões e ameaças impostas pelos Estados Unidos e seus aliados. As declarações foram feitas durante a coletiva semanal do partido, na segunda-feira (8), em Caracas.
Segundo a Telesur, Cabello afirmou que o povo venezuelano permanece mobilizado e unido, apesar do cerco político e econômico. Ele ressaltou que a ofensiva internacional teria se intensificado em agosto, entrando em uma “fase diferente”, marcada por tentativas de apropriação da riqueza nacional e pelo incentivo ao caos por setores extremistas da oposição.
O dirigente acusou grupos opositores de recorrerem ao que chamou de “terrorismo psicológico”, disseminando mentiras para desestabilizar o país. Em suas palavras, esses atores “se tornaram um novo negócio, vendendo fumaça”, direcionada a segmentos oposicionistas “doentes de ódio, de ressentimento contra o povo humilde”.
No contexto do 8 de dezembro, data da última proclamação de Hugo Chávez, Cabello reforçou que as diretrizes do líder continuam orientando o PSUV. Ele lembrou o apelo de Chávez à “unidade, luta, batalha e vitória” e afirmou que sua visão de fortalecer o partido como instrumento de segurança nacional segue atual. “O PSUV é o exército da paz na Venezuela!”, declarou, insistindo que a organização tem presença ativa em todas as regiões do país.
Cabello também destacou a ampla mobilização global realizada contra as agressões dos Estados Unidos. Ele agradeceu a solidariedade recebida e afirmou: “gente de todas partes dp mundo manifesta seu apoio ao povo e ao governo da Venezuela.” Segundo disse, esse gesto se converteu em um “clamor no mundo”, reforçando o respaldo internacional à soberania venezuelana.
Ao comentar o anúncio da retirada da Venezuela da Corte Penal Internacional (CPI), o dirigente qualificou o órgão como “uma coisa utilizada pelo imperialismo para perseguir povos, para perseguir governos e para perseguir países”. Na mesma linha, criticou o que descreveu como passividade da Corte diante do genocídio do povo palestino, dos massacres no Caribe e no Pacífico e da ausência de respostas às ações dos Estados Unidos, incluindo o uso da chamada “luta contra o narcotráfico” como justificativa para políticas expansionistas.
As declarações de Cabello reforçam a resistência e a defesa da autodeterminação nacional diante de pressões externas, destacando a importância atribuída pelo PSUV à unidade e à mobilização popular em um cenário de contínuas tensões internacionais.



