Xiomara Castro vai denunciar na ONU golpe eleitoral em Honduras
Presidenta hondurenha afirma haver manipulação no sistema de apuração e aponta interferência externa
247 - A presidenta de Honduras, Xiomara Castro, anunciou que levará às instâncias internacionais uma denúncia formal sobre o que chama de “golpe eleitoral em curso” nas eleições gerais realizadas em 30 de novembro de 2025. A informação foi divulgada pela agência Prensa Latina, que relatou a decisão da mandatária diante do agravamento da crise pós-eleitoral no país.
De acordo com a Prensa Latina, Castro pretende acionar a Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia (UE) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) para contestar um processo que, segundo ela, foi marcado por “fraudes, manipulação” e “adulteração dos resultados” no sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares (TREP).
Castro afirma que a integridade do voto hondurenho foi comprometida por irregularidades sistemáticas que, em sua avaliação, alteraram o resultado das urnas. A presidenta denuncia que o TREP teria sido manipulado para favorecer o candidato oposicionista Nasry Asfura, acusado por seu governo de encabeçar uma articulação para reverter a vontade popular.
A chefe de Estado também elevou o tom ao responsabilizar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por interferência direta na disputa hondurenha. Segundo ela, o apoio público de Trump ao candidato Asfura configuraria ingerência externa indevida em um processo eleitoral soberano. Castro sustenta que essa intervenção teria contribuído para consolidar um ambiente de instabilidade democrática.
A mandatária afirma que recorrerá aos organismos internacionais para que observem e investiguem o que classifica como uma ruptura institucional provocada por forças internas e externas. Em sua denúncia, ela alerta que a normalização das supostas adulterações colocaria em risco o futuro democrático do país.
A crise pós-eleitoral em Honduras segue em desenvolvimento, com tensão crescente entre governo, oposição e autoridades eleitorais, enquanto a comunidade internacional aguarda os próximos desdobramentos dessa disputa pelo reconhecimento do resultado oficial das urnas.



