É lamentável que segmentos da própria esquerda objetivem abafar essa potência política, ética e estética. É um erro histórico e tático

Nós, mulheres negras, estamos na luta por direitos e democracia, nos parlamentos e nas ruas. E não vamos sair

Os últimos anos mostraram que a luta na arena parlamentar é crucial para enfrentar a LGBTfobia estrutural

Os nossos discursos e as nossas práticas são de rebeldia ao neoliberalismo. Nessas eleições para a Câmara, precisamos reafirmar a nossa política de esquerda, LGBTI, feminista e preta de combate ao neoliberalismo

O silenciamento das organizações Globo, assim como acontece em inúmeras empresas, fala muito alto. Os protocolos impõem que as vítimas sejam questionadas e colocadas em um tribunal ilegal que julga suas roupas, suas escolhas, sua orientação sexual, sua raça, seu modo de falar ou andar

O silenciamento das organizações Globo, assim como acontece em inúmeras empresas, fala muito alto

Uma bancada de esquerda com maioria de homens brancos não é uma vitória para nós, feministas negras. Com coragem, precisamos fortalecer um corpo coletivo de dissidências e de revolta contra essa política cisheteromasculinista e branca

A derrota da extrema-direita e do neoliberalismo vai além das urnas e exigirá de nós um trabalho longo e árduo que possa inspirar esperança, solidariedade, transformação real e, principalmente, organização popular. Perderemos o bonde da História se seguirmos em nome da “democracia” reivindicando composições com o centro, abrindo mão de princípios

Um veículo de comunicação tem a responsabilidade de produzir narrativas alinhadas à defesa dos direitos humanos, e não dar voz a um homem LGBTfóbico. Um homem que defende, publicamente, violências