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Luciana Oliveira

Jornalista de Porto Velho, Rondônia, e membro da Comissão Nacional de Blogueiros

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Acusado de matar Ari Uru Eu Wau Wau será julgado no próximo dia 15

Para a PF, que assumiu o inquérito, morte do ativista “não tem ligação com crimes ambientais”, mas com o fato de que o réu estaria incomodado com Ari na região

ARI URU-EU-WAU-WAU (ARI) (Foto: Reprodução/Kanindé)
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É um evento marcante no Abril Indígena e especialmente para o povo Jupaú que perdeu uma liderança na véspera da data comemorativa dos Povos Indígenas no Brasil, há quatro anos. Há intensa mobilização para que representantes de vários povos de Rondônia participem do julgamento.

O guardião do maior território indígena do estado foi encontrado morto na RO-010, em Tarilândia, distrito de Jaru, próximo da aldeia 621 onde morava. O corpo de Ari Uru Eu Wau Wau apresentava sinais de lesão contundente na região do pescoço e nenhum de autodefesa.

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Ari era professor e integrava a Equipe de Vigilância Indígena que monitora invasões e extrações ilegais de madeira dentro do seu território, a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.

O julgamento está previsto para ocorrer no dia 15 de abril, a partir das 8h da manhã, na comarca de Jaru (RO). O réu, João Carlos da Silva, se condenado por homicídio qualificado com motivo fútil, pode ter pena imposta de 12 a 30 anos.

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Para a Polícia Federal que assumiu o inquérito, a morte do ativista “não tem ligação com crimes ambientais”, mas com o fato de que o réu estaria incomodado com a presença de Ari na região.

Os indígenas duvidam dessa versão e insistem que pode haver um mandante do crime. A resistência e luta da vítima para proteger seu povo e sua terra incomodava muito mais gente. O acusado não quis prestar depoimento e só deve falar em Juízo.

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Na hipótese criminal da Polícia Federal, consta que alguém pode ter ajudado o réu no crime. Ari teria sido morto num determinado local e levado para outro.

Uma campanha feita por indígenas nas redes e nas ruas será intensificada nos dias que antecedem o julgamento e o desfecho do caso deve repercutir novamente na imprensa nacional e estrangeira.

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O nome do professor Ari ecoou fortemente quando foi lembrado na abertura oficial da Conferência da Cúpula do Clima (COP26) na Escócia, no discurso da ativista indígena Txai Suruí.

O indígena guardião da floresta ganhou uma pintura de 600 m² do artista Mundano, feita com terra e cinzas de queimadas na Amazônia, no centro da cidade de São Paulo.

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O assassinato de Ari também foi retratado no documentário ‘O Território’, vencedor de mais de trinta prêmios, entre eles, o Emmy 2023, que narra a luta do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau em defesa de seu território.

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