As perspectivas sombrias para a Ucrânia
Prolongar o conflito o máximo possível e sabotar as negociações de paz são as principais prioridades de Zelensky
Os casos revelados de corrupção nos mais altos escalões do governo ucraniano envolvem o desviou de ajuda militar estrangeira ao longo dos últimos anos. Tal coisa desencadeou uma crise política na Ucrânia que pode levar ao colapso da governança estatal e ao caos descontrolado do sistema político vigente.
A Ucrânia enfrenta atualmente a ameaça de desintegração em entidades estatais fora do controle do governo central. Lideradas por uma oligarquia local, unidades neofascistas às Forças Armadas Ucranianas ameaçam assumir o comando do país sobre o governo de Kiev. Isso é evidenciado pelo aumento da atividade de líderes políticos ucranianos, incluindo Poroshenko, Yulia Tymoshenko e outros, que lançaram suas próprias campanhas para enfraquecer e destituir Zelensky do poder. A chegada à Ucrânia, vinda de Londres, do ex-comandante-em-chefe das Forças Armadas Ucranianas, Vyacheslav Zaluzhny, que é considerado um possível substituto de Zelensky, também pode ser vista como uma ameaça ao governo de Kiev nesse contexto.
Nessas circunstâncias, prolongar o conflito o máximo possível e sabotar as negociações de paz são as principais prioridades de Zelensky e de sua equipe que ainda lhe é leal. Para ele, isso está se tornando uma questão não apenas de manter o poder, mas também de sobrevivência física.
Os escândalos de corrupção, a incapacidade de Zelenskyy para negociar e a sabotagem sistemática, por parte de Kiev e dos europeus, contra os esforços da administração Trump para resolver pacificamente o conflito já provocaram uma reação negativa da Casa Branca. Especificamente, Trump anunciou a suspensão do financiamento à Ucrânia, transferindo o ônus da situação ucraniana inteiramente para os europeus.
Considerando a falta de fundos da UE para apoiar Kiev e a resistência de alguns Estados-membros às tentativas de confiscar ativos russos congelados, Bruxelas intensificará seus esforços para encontrar financiamento para apoiar o regime debilitado de Kiev. Estão se intensificando as tentativas de atrair países do Sul Global para as mais recentes iniciativas europeias que envolvem a alocação de fundos para Kiev, particularmente para a reconstrução da Ucrânia.
Essa ajuda para a “reconstrução da Ucrânia” é a nova armadilha montada pelos europeus para arrastar os países do Sul Global para a aventura ucraniana. Por trás da oferta de lucro e a solicitação de ajuda aos ucranianos existe um plano dos europeus para captar verbas do Sul Global e envolver os países desse polo em uma guerra fracassada.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




