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Oliveiros Marques

Sociólogo pela Universidade de Brasília, onde também cursou disciplinas do mestrado em Sociologia Política. Atuou por 18 anos como assessor junto ao Congresso Nacional. Publicitário e associado ao Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), realizou dezenas de campanhas no Brasil para prefeituras, governos estaduais, Senado e casas legislativas

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Governo Lula em retrospectiva

Em 2025 a esperança voltou

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Se um militante de esquerda ou de centro-esquerda fosse provocado a resumir o ano do governo Lula, poderia listar números, programas e indicadores. Poderia falar da economia que resistiu ao tarifaço articulado pelo trumpismo - com entusiasmo da família Bolsonaro e de governadores que sonham com o Planalto. Poderia lembrar que, mesmo sob ataque externo, o emprego seguiu crescendo e levou o Brasil ao menor índice de desemprego da série histórica, nos aproximando do pleno emprego.

Poderia destacar a abertura de mercados mundo afora para produtos brasileiros, garantindo faturamento a empresários rurais e industriais, preservando postos de trabalho e reduzindo o impacto das tarifas que a direita festejou como se fossem um castigo divino. Poderia lembrar que a retomada do Bolsa Família e da valorização do salário mínimo contribuíram para, novamente, retirar o Brasil do Mapa da Fome; que a retomada do Minha Casa Minha Vida e do Reforma Casa Brasil levou dignidade a milhares de famílias; que o Gás do Povo chegou à mesa de quem mais precisa; que o Pé-de-Meia garantiu permanência escolar a jovens de famílias de mais baixa renda; e que políticas sociais voltaram a ser política de Estado.

Poderia ainda mencionar a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a redução para quem recebe entre esse valor e R$ 7.350. Uma medida que beneficia diretamente milhões de brasileiros e injeta bilhões na economia real. Poderia falar da queda dos preços dos alimentos em grande parte do país, do investimento em infraestrutura, da retomada do PAC, da segurança hídrica no Nordeste, da reconstrução de um Estado que voltou a funcionar.

Mas, se eu estivesse no lugar desse militante, responderia de forma mais direta: 2025 foi o ano em que a esperança voltou.

Voltou para quem antes não sabia se teria comida no dia seguinte e hoje consegue planejar o mês. Para quem vivia com medo do desemprego e agora pode sonhar com um trabalho melhor. Para quem foi empurrado para a margem e voltou a ser visto como parte do país.

E isso não é retórica. É sentimento medido. A pesquisa Datafolha divulgada esta semana mostra que a melhora da vida concreta se transformou em percepção coletiva. As pessoas sentem que o país saiu do lugar. Que há um governo. Que há direção.

Essa é a melhor resposta que um militante pode dar quando perguntado como resumir o ano do governo Lula: esperançar voltou a ser verbo conjugado no presente.

E essa história pode ser contada como uma jornada. O protagonista se chama POVO BRASILEIRO. Apostou em Lula quando muitos diziam que era impossível reconstruir. Caminhou entre dificuldades, desconfiança, sabotagens, golpes. Mas viu o preço do arroz cair, o gás caber no orçamento, o emprego aparecer, o imposto aliviar, o Estado voltar a cuidar.

No fim do ano, esse ator coletivo olha para trás e reconhece: valeu a pena acreditar. E, quando olha para frente, vê a esperança brilhar como a estrela que anuncia um novo tempo.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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