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Juca Simonard

Jornalista, tradutor e professor de francês. Trabalhou como redator e editor do Diário Causa Operária entre 2018 e 2019. Auxiliar na edição de revistas, panfletos e jornais impressos do PCO, e também do jornal A Luta Contra o Golpe (tabloide unificado dos comitês pela liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro).

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Mariupol, a última trincheira para a batalha pelo Donbass

Situação em Mariupol; movimentações russas e ucranianas; atualizações da guerra; farsa da maternidade revelada; e a preocupação de Macron. Confira

(Foto: Reprodução / Intel Slava Z - Telegram)
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Por Juca Simonard

Os russos se preparam para limpar definitivamente o leste da Ucrânia, isto é, o território fronteiriço com o país. A Rússia está movendo suas tropas de Kiev, Chernihiv, Sumy e outros locais para concentrar forças no Donbass. As Forças Armadas da Ucrânia também realocaram unidades para a região leste, se concentrando na região de Dnepropetrovsk.

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Do lado russo, entre 250 mil combatentes, com os exércitos das repúblicas de Donetsk e Lugansk e unidades voluntárias, 2 mil tanques, número parecido de sistemas de artilharia, 300 aeronaves e 200 helicópteros estão no Donbass. Do lado ucraniano, são cerca de 130 mil combatentes, incluindo membros do Corpo de Reserva e 20-30 mil soldados transferidos às pressas de Kiev, Sumy e Chernigov, algumas centenas de tanques, 30 aeronaves e 50 helicópteros. A superioridade russa é clara, mas a quantidade de tropas presentes dos dois lados indicam um grande enfrentamento.

A Rússia e as repúblicas populares planejam avançar sobre as zonas mais povoadas e fortificadas do Donbass, onde se encontram as melhores unidades do Exército Ucraniano — as que participaram de diversas operações contra os separatistas desde o golpe de 2014. A batalha pelo Donbass é a mais importante da operação militar russa iniciada em 24 de fevereiro. A região faz fronteira com a Rússia e conta com repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, que têm maioria étnica russa e foram alvo, durante oito anos, de chacinas diárias promovidas pelas milícias paramilitares de Kiev. A prioridade absoluta para o Donbass será absoluta nos próximos dias.

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No entanto, para iniciar a grande operação no Donbass é primeiro preciso terminar a batalha de Mariupol, a maior da guerra até o momento. Isso porque a cidade aglomerou um número significativo de combatentes. Apesar dos russos já terem conquistado cerca de 95% da cidade, segundo Ramzan Kadyrov, líder do batalhão checheno no Donbass, ainda é preciso limpar os últimos focos de resistência dos nazistas do Batalhão Azov.

Situação em Mariupol

Em Mariupol, importante cidade portuária no Mar de Azov e sede principal das milícias nazistas ucranianas, existem três focos de resistência, segundo o vice-chefe da Milícia Popular da República Popular de Donetsk (RPD), Eduard Basurin: o centro da cidade, a área industrial onde fica a fábrica Azovstal e a zona portuária.

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No momento em que é escrita essa reportagem, o líder checheno Kadyrov, cujas tropas se destacaram na libertação da cidade, anunciou o início de uma operação de assalto à fábrica de metalurgia Azovstal, que durante o dia 1º de abril foi alvo de diversos bombardeios russos.

"O mal deve ser destruído", disse ao anunciar a operação.

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À medida que as forças russas avançam, os nazistas de Mariupol estão ficando cercados, sendo divididos em partes, sem terem por onde sair (ver mapa abaixo), enquanto vêm sendo bombardeados pelos mísseis Kalibr na zona industrial, onde está a maior concentração.

mariupol

De acordo com o coronel-general russo Mikhail Mezentsev, a evacuação de civis de Mariupol para a região de Zaporozhye foi violentamente interrompida pelos militares ucranianos em 31 de março, quando as Forças Armadas russas declararam um regime de cessar-fogo para abrir um corredor humanitário adicional para civis de Mariupol a Zaporozhye.

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O fato também foi denunciado pela Cruz Vermelha, cujas unidades já foram deliberadamente alvejadas pelas tropas ucranianas em diversas situações. No dia 1º deste mês, uma equipe da organização não conseguiu chegar a Mariupol para ajudar na evacuação de civis devido às condições perigosas. A equipe teve que retornar a Zaporizhzhia "depois que os arranjos e as condições impossibilitaram o prosseguimento", segundo nota da entidade.

Mesmo assim, no dia 1º de abril, diante do avanço russo, 567 pessoas foram evacuadas em Mariupol para o ponto de recepção de refugiados Bezymennoye, na República Popular de Donetsk. E as forças pró-Rússia continuam a providenciar ajuda humanitária nos locais já conquistados.

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Segundo os órgãos de inteligência russos, as autoridades ucranianas estão persuadindo os países imperialistas a encorajar a Cruz Vermelha e outros órgãos de defesa dos direitos humanos a desistir de suas tentativas de alcançar prisioneiros de guerra russos na Ucrânia, que estão sendo brutalmente torturados (imagens fortes aqui). O objetivo é impedir que os abusos cometidos pelas tropas ucranianas sejam revelados.

De acordo com os russos, Kiev conversou com o governo do Reino Unido e informou que não tem intenção de cumprir a Convenção de Genebra sobre o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra. (Diversas imagens de prisioneiros de guerra russos, além de cidadãos ucranianos, sendo torturados vêm sendo compartilhados nas redes sociais, como forma de tentar moralizar os combatentes na luta contra os russos).

Da mesma forma, vídeos mostram jornalistas que cobrem a situação sendo alvejados por tropas ucranianas (ver abaixo). Diversos relatos de agressões a jornalistas já foram feitos ao longo da guerra. O jornalista André Liohn, que era correspondente do UOL e da Folha de S.Paulo na Ucrânia, deixou o país e denunciou os abusos.

Farsa da maternidade finalmente revelada

Novas informações foram divulgadas sobre o ataque à maternidade de Mariupol feito em 10 de março e pelo qual toda a imprensa capitalista soltou suas lágrimas de crocodilo. A modelo que foi usada para apresentar a farsa de que russos haviam atacado mulheres grávidas e recém nascidos, Marianna, deu uma entrevista à jornalista Kristina Melnikova, e anunciou que não houve nenhum bombardeamento aéreo, como havia sido anunciado.

maternidade-ucrania-mariupol

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, já havia argumentado que era impossível ter ocorrido um ataque aéreo à maternidade. Ele explicou que embora a natureza dos danos externos e internos no prédio possa enganar o grande público sem compreensão profissional na Europa e nos EUA, não pode enganar os especialistas, já que "uma munição de aviação altamente explosiva simplesmente não deixaria nada das paredes exteriores do edifício".

Segundo ele, "a análise das declarações feitas por representantes do regime nacionalista de Kiev, materiais fotográficos do hospital não deixa dúvidas: o suposto 'ataque aéreo' que ocorreu é uma provocação completamente orquestrada para manter a onda anti-Rússia entre o público ocidental".

A grávida de Mariupol também confirmou que o hospital, como denunciaram os russos, havia sido tomado pelos milicianos nazistas, que roubaram os alimentos das mulheres em trabalho de parto. "O exército ucraniano não ajudou em nada. Um dia eles vieram e começaram a pedir comida. Foram avisados que era para grávidas, mas levaram tudo e ordenaram: 'faça mais'", declarou.

Konashenkov já havia dito que "todos os funcionários e pacientes foram dispersos pelos nacionalistas. Devido à localização tática favorável perto do centro da cidade, o prédio do hospital foi convertido em um reduto do batalhão nacional Azov". O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, também denunciou na época. “O Batalhão Azov e outros radicais expulsaram todas as gestantes, enfermeiras e outros membros da equipe. Era a base dos ultra-radicais Azov”, disse.

Ainda, segundo Marianna, jornalistas da imprensa internacional, destacadamente a agência norte-americana Associated Press, estavam de prontidão no local após uma explosão, indicando que o ataque à maternidade havia sido previamente avisado à imprensa imperialista, que tentou usar o acontecimento como ponto central de propaganda contra a Rússia.

A preocupação da Macron

No dia 31 de março, diversos helicópteros tentaram evacuar oficiais do Batalhão Azov de Mariupol, diante do cerco russo na cidade. Dois destes foram abatidos pela defesa antiaérea da República Popular de Donetsk, e o outro retornou à cidade percebendo que não conseguiria escapar. Segundo os jornalistas russos, dentre os que morreram com o abatimento dos helicópteros estariam dois agentes da DGSE, serviço de espionagem francês.

Dois dias antes da operação de fuga (algo geralmente incomum entre os milicianos nazistas), o presidente da França, Emmanuel Macron, ligou para o presidente russo Vladimir Putin para abordar o problema da evacuação em Mariupol, como lembra reportagem do Donbass Insider.

Segundo a reportagem, a partir do dia 28 de março, isto é, um dia antes de Macron abordar Putin, iniciaram as tentativas de evacuar a cidade. Fracassou nessa ocasião. Uma outra tentativa foi feita no dia 30, e novamente fracassou. Foi entre essas duas operações que Macron abordou Putin para tratar do problema.

Se as suposições dos jornalistas russos forem confirmadas, fica explicado a preocupação de Macron com a evacuação, pois comprovaria que seus agentes de espionagem se encontravam (ou ainda se encontram) entre os nazistas do Batalhão Azov. Talvez isso só se confirme com a tomada total da cidade pelos russos. Talvez a tomada pelos russos, neste dia 2, da sede da SBU, serviço de espionagem ucraniano, em Mariupol, revele mais sobre isso. De qualquer forma, no prédio da inteligência ucraniana, foram deixados documentos para trás e eles podem conter informações valiosas.

O jornalista Pepe Escobar, em programa na TV 247, comentou sobre o caso francês. “Não tem uma confirmação explícita. Sabe por que o Macron estava querendo, de qualquer maneira, montar um “corredor humanitário” em Mariupol, junto com os gregos e turcos? Porque tem um barra pesada, altíssimo, a nível da DGSE, que é a CIA deles [franceses], em Mariupol”, afirmou.

Segundo ele, esse “barra pesada” seria quem “está dando as instruções da Otan para os neonazistas do Batalhão Azov”. “Tem um pessoal da Otan super barra pesada que ainda não foi evacuado, estão entrincheirados na super usina de aço Azovstal”, declarou. De acordo com Pepe, os russos não querem matar esse pessoal, mas “apreender os barões da Otan, para interrogá-los e mandá-los para o tribunal de crimes que vai ser instalado provavelmente em Donetsk no final da guerra”. Confira:

Balanço geral

Apesar da propaganda imperialista, a Rússia, apesar de algumas perdas, está se saindo completamente vitoriosa no que se propôs a fazer desde o início: desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, garantir o território de Donbass e expandir seus limites territoriais para o leste para garantir a segurança nacional. 

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que “as principais tarefas da primeira etapa da operação foram concluídas”, isto é, a desmilitarização da Ucrânia. Diariamente, os russos têm realizado bombardeios para destruir as instalações militares ucranianas, a ponto que as Forças Armadas da Ucrânia perderam boa parte de seus equipamentos de guerra.

Da mesma forma, as batalhas se concentram principalmente no leste, pois é a região que faz fronteira com o país. Como disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, Moscou reforçará suas fronteiras ocidentais para manter a paridade necessária e para que 'não aconteçam ataques'.

Nesse sentido, os russos querem garantir os territórios do sul, criando uma faixa de proteção para a Criméia e para ter controle sobre o Mar de Azov e o Mar Negro. Alguns especialistas destacam que o próximo passo russo será tomar a região sul do país, chegando até Odessa e a fronteira com a Moldávia.

mapa-ucrania

Por isso, as tentativas da imprensa imperialista de apresentar um suposto recuo russo diante da retirada das tropas de Kiev e Chernihiv não fazem sentido; não é o plano russo. Em grande medida, o cerco de Kiev serviu para impedir que os ucranianos colocassem tropas nas áreas primordiais para o governo russo.

Atualizações sobre a guerra

Carcóvia

Além do remanejamento de tropas e a batalha em Mariupol, os russos realizaram operações importantes no dia 1º de abril, assumindo o controle total da cidade de Izium na região de Carcóvia — que tem importância para o início da operação no Donbass. Eles atingiram uma fortificação ucraniana nas vizinhanças da cidade com o sistema Iskander de mísseis balísticos.

Militares russos entregaram ajuda humanitária à cidade de Izyum pela primeira vez desde o início da operação militar especial russa, com mais de 45 toneladas de suprimentos.

Os confrontos continuam perto da cidade de Carcóvia. Os ucranianos fortaleceram suas posições perto de Barvenkovo, a sudoeste de Izium. Confrontos foram relatados perto da aldeia de Gusarovka localizada entre Izium e Barvenkovo.

O conselheiro do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, Vadim Denisenko, expressou que os confrontos em torno de Izium são “uma das principais batalhas que estão ocorrendo agora”.

Kiev

Por outro lado, diante do remanejamento russo, as Forças Armadas da Ucrânia tomaram controle de diversas cidades na região de Kiev, como Borodyanka, Bucha, Vorzen, Gostomel, Ivankov, e desbloqueando a rodovia Kiev-Zhytomyr, segundo o SouthFront. Com a tomada de Ivankov pelos ucranianos, os russos perderam seu principal ponto de abastecimento a oeste de Kiev.

O Ministério da Defesa russo informou, no entanto, que unidades aéreas e marítimas russas assumiram o controle total do território de cinco quilômetros de extensão do rio Irpen em direção a Kiev, “dissuadindo com sucesso as forças inimigas na área de Gostomel-Bucha-Oziora [principal frente de combate na região noroeste] por cinco dias”.

Segundo a reportagem, a leste de Kiev, a linha de frente se afastou cerca de 130 km da capital ucraniana e agora está perto da cidade de Priluki, na região de Chernihiv, outra região que os russos enfraqueceram para dar prioridade ao Donbass.

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Donbass

Os confrontos continuam entre as unidades das forças armadas da República Popular de Donetsk e os ucranianos em Novobakhmutovka, ao norte de Avdiivka, fazendo com que as forças de Kiev recuassem e a maior parte da cidade fosse tomada.

Durante a noite, até 40 nacionalistas, um pelotão de tanques e 2 pelotões de infantaria motorizada, bem como uma bateria de morteiros, foram destruídos nesta área, segundo o Ministério da Defesa russo. As forças de Donetsk controlam a maior parte do território.

As forças de Donetsk avançaram na cidade de Avdiivka e tomaram cerca de 35% do território da cidade de Mariinka.

Confrontos continuam perto de Popasna.

O major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa, informou que os militares russos assumiram o controle da vila de Urozhaynoye, derrotando os nazistas, e estão avançando à fazenda estatal de Oktyabr.

Em 1º de abril, o Ministério da Defesa russo anunciou que uma grande concentração de forças ucranianas perto da cidade de Shakhtars'ke, na região de Donbass, foi eliminada em um ataque com mísseis, segundo outra reportagem do South Front. As forças ucranianas foram alvo de um míssil de cruzeiro P-800 Oniks, levando à morte de 40 combatentes ucranianos e à destruição de cinco veículos blindados e outros equipamentos militares.

Desde o início da operação especial da Rússia, 525 soldados ucranianos depuseram as armas e se juntaram voluntariamente à República Popular de Donetsk, segunado a milícia da RPD. Moscou organizou pontos de coletas solidárias na capital russa e levou ajuda humanitária para os moradores dos territórios libertados de Donetsk.

Segundo as forças armadas russas, unidades da República Popular de Lugansk, continuando sua ofensiva, bloquearam a periferia norte de Kremennaya e a periferia leste de Metelkino. Na região, militares russos foram filmados desativando minas das zonas liberadas.

Veículos blindados e munições enviados às tropas ucranianas em Donbass foram destruídos com mísseis de alta precisão nas áreas de Lozova e Pavlograd.

Mykolaiv e Kherson

A principal resistência dos ucranianos na região sul se encontra nas regiões de Mykolaiv e Kherson. Os russos reforçaram suas posições para tomar a cidade de Mykolaiv, enquanto as forças armadas ucranianas se aglomeram na área de Dneprovskiy Liman, ao sul de Mykolaiv, e perto da cidade de Kherson. Na região da cidade, os russos tomaram controle da vila de Alexandrovskaia.

Segundo os russos, as forças ucranianas plantaram explosivos em uma usina hidrelétrica na província de Mykolaiv, no centro-sul da Ucrânia. O chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Rússia, coronel-general Mikhail Mezentsev, denunciou que nazistas “minaram as eclusas de descarga de água da usina hidrelétrica de Alexandrovskaia, no rio Bug do Sul. Ele destacou que “mais de dez assentamentos e a área adjacente à cidade de Voznesensk estão na zona de inundação”.

Já em Kherson, os russos informaram que tomaram conta da sede da defesa territorial ucraniana em uma das escolas.

A Câmara Municipal de Kakhovka informou que a Rússia removeu todas as autoridades da cidade de seus cargos, nomeando seus aliados. O vereador Pavel Filipchuk tornou-se o novo prefeito da cidade e o chefe de polícia da cidade foi alterado.

Segundo o jornal Donbass Insider, existem planos para conectar Kherson e Melitopol com fibra óptica à Crimeia, elevando a possibilidade das cidades e a maior parte de suas respectivas províncias, Kherson e Zaporíjia, permanecerem sob controle russo.

Instalações militares

Os russos, enquanto isso, continuam suas operações para destruição do equipamento militar ucraniano. No dia 2, eles destruíram depósitos de gasolina e diesel na refinaria de petróleo de Kremenchuk que abasteciam tropas ucranianas nas partes central e oriental do país.

Seria a última grande refinaria na Ucrânia (processava 18 milhões de toneladas de petróleo por ano), pois a refinaria de petróleo Shebelinsky, na Carcóvia, foi interrompida em 26 de fevereiro por causa dos combates.

Mísseis aéreos russos de alta precisão desativaram aeródromos militares em Poltava e Dnepropetrovsk, e sistemas antiaéreos derrubaram dois helicópteros ucranianos Mi-24 perto de Sumy e Urozhainoe. 

Segundo os russos, no total, 67 instalações militares ucranianas foram atingidas na noite entre os dias 1º e 2 de abril. Entre eles: dois postos de comando, dois depósitos de armas e munições de mísseis e artilharia, nove canhões e morteiros de artilharia de campanha, bem como 54 áreas de concentração de armas e equipamentos militares ucranianos.

No dia 1º, os russos alegaram ter derrubado um helicóptero Mi-24 ucraniano perto de Gulyai Pole e 4 veículos aéreos não tripulados ucranianos perto de Novomikhailovka, Izium e Carcóvia. Durante o dia 2, 28 instalações militares ucranianas foram atingidas por aeronaves.

No total, desde o início da operação, segundo dados do governo russo, 124 aeronaves e 84 helicópteros, 381 drones, 1.882 tanques e outros veículos blindados de combate, 203 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 786 artilharia de campanha e morteiros, bem como 1.764 veículos militares especiais das Forças Armadas da Ucrânia foram destruídos.

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