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    Após golpe, ditadura bolsonarista começaria com “Gabinete de Crise” comandado por Augusto Heleno e Braga Netto

    Também comporiam o gabinete Mario Fernandes, preso nesta terça, e Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro

    Augusto Heleno e Walter Braga Netto (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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    247 - O plano golpista que planejava as execuções do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), previa a criação de um “Gabinete de Crise” chefiado pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto. Segundo o G1, a medida seria adotada logo após os assassinatos, marcando o primeiro passo da instalação de uma ditadura bolsonarista no Brasil.

    De acordo com a decisão de Alexandre de Moraes que autorizou a operação da PF para prender os militares envolvidos, também fariam parte do Gabinete de Crise o general Mario Fernandes, um dos autores do plano golpista preso nesta terça, e o ex-assessor do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins. Os agentes encontraram, inclusive, uma minuta para a criação do gabinete junto com Fernandes.

    Além das execuções de Lula, Alckmin e Moraes, os primeiros passos da ditadura bolsonarista envolveriam prisões de ministros do STF e mudanças no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para “reestabelecer o regime jurídico e a credibilidade do processo eleitoral”. 

    A investigações da PF também apontaram que houve discussões sobre a trama golpista dentro do Palácio do Planalto, onde o plano “Punhal Verde e Amarelo” teria sido impresso por Mario Fernandes no dia 9 de novembro de 2022. Dados coletados pelos agentes mostram que os aparelhos telefônicos dos investigados Rafael Martins de Oliveira e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, estavam conectados à rede de internet que cobre o Planalto. Na sequência, o documento teria sido levado ao Palácio da Alvorada, onde residia o então presidente. 

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