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Brasil rebate falas de chanceler alemão sobre sede da COP 30: "arrogância, preconceito e grosseria"

Friedrich Merz disse que delegação alemã ficou feliz ao deixar Belém

Friedrich Merz e Helder Barbalho (Foto: REUTERS/Heiko Becker | Reprodução)

247 - Declarações do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, sobre sua estadia em Belém durante a COP30 provocaram reação de autoridades brasileiras e elevaram a tensão diplomática em meio à reta final das negociações climáticas.

Ao discursar no Congresso Alemão do Comércio, Merz afirmou que os jornalistas que o acompanharam no evento em Belém ficaram “contentes ao poder deixar a cidade amazônica e retornar para seu país”. A observação foi recebida como ofensiva à cidade-sede da conferência e ao povo amazônico.

Governo brasileiro considera fala “grosseira” e mantém cautela diplomática

Segundo apuração do Blog do Caio Junqueira, na CNN, integrantes do governo em Brasília e em Belém classificaram o comentário como “grosseria” e “inacreditável”, mas decidiram não responder publicamente para evitar prejuízos às negociações multilaterais.

A ordem interna, por enquanto, é evitar atritos que possam contaminar o andamento do “Pacote de Belém”, conjunto de decisões climáticas que o Brasil tenta concluir até sexta-feira (21).

Autoridades do Pará reagem: “discurso preconceituoso”

No Pará, onde o impacto da fala foi maior, autoridades se manifestaram diretamente.

O governador Helder Barbalho (MDB) afirmou que Merz demonstrou um “discurso preconceituoso” ao comparar negativamente Belém com a Alemanha.

 “Curioso ver quem ajudou a aquecer o planeta estranhar o calor da Amazônia”, escreveu Barbalho nas redes sociais.

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), também reagiu com firmeza. Em postagem, disse que o chanceler “destila preconceito e arrogância na sua fala” e que a cidade continuará recebendo visitantes com respeito.

 “Cada um dá o que tem”, afirmou.

 

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