Campanha se vê perdida e teme "aloprada" de Bolsonaro nos próximos dias
Temor é de que Bolsonaro e seus apoiadores mais radicais intensifiquem os ataques às urnas eletrônicas para tumultuar o processo eleitoral

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247 - Parte do núcleo central da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) teme que o atual ocupante do Palácio do Planalto ceda à pressão dos apoiadores mais radicais e “canalize sua energia nos ataques às urnas eletrônicas para tumultuar o processo eleitoral. Alguns cogitam, inclusive, inundar as redes sociais com os ataques”, diz a jornalista Andréia Sadi, no G1. O clima na campanha bolsonarista é "de fim de festa".
De acordo com a reportagem, “Bolsonaro já deu a senha e voltou a mentir a respeito de uma suposta fiscalização por militares na chamada sala cofre do TSE. O presidente disse que as Forças Armadas ‘pretendem colocar técnicos deles dentro da sala cofre do TSE’”.
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"Uma sala que ninguém conhece o que acontece lá dentro. Assim como a PF parece que vai fazer a mesma coisa e a CGU, a mesma coisa. Entendo que a chance de desvio de corrupção diminui bastante, não zera, zeraria com o voto impresso, mas o voto impresso o senhor Barroso trabalhou dentro da Câmara contrário ao voto impresso. Mais uma interferência indevida de um integrante do STF dentro do Parlamento. Mas recomendo ao pessoal que vão votar, vão fazer a sua parte, deixa essa fiscalização com as Forças Armadas, com a PF, que tenho a certeza que temos tudo para ter eleições tranquilas. Mas eu repito: chance de fraude diminui bastante, mas não fica zerado", disse Bolsonaro na quinta-feira (22) em entrevista à TV A Crítica. A existência da "sala cofre" para contagem de votos, no entanto, já foi negada pelo TSE, em maio deste ano.
“Bolsonaro investe no tumulto – como fez em entrevista de quinta – e agrada radicais na campanha que não veem outra saída para o presidente – em desvantagem nas pesquisas –, a não ser voltar a insistir nos ataques ao sistema eleitoral”, observa Sadi no texto. De acordo com pesquisa Datafolha (BR004180/2022) divulgada na quinta-feira (22), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a disputa presidencial com 47% das intenções de voto, contra 33% de Jair Bolsonaro.
Políticos do centrão, contudo, avaliam que subir o tom na reta final da campanha é um 'tiro no pé", uma vez que isso afasta eleitores indecisos, além de tumultuar o processo eleitoral. “Nas palavras de um político do Centrão, ‘voltar a atacar as urnas é uma estratégia aloprada’", finaliza a reportagem.
Fato é que aliados de Bolsonaro não enxergam no horizonte estratégias capazes de alavancar a candidatura do chefe do Executivo a ponto de reverter a vantagem de Lula.
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