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Defesa diz que Alzheimer de Heleno só foi confirmado em 2025

Manifestação ao STF afirma que exames foram feitos em 2024 e diagnóstico fechado apenas em janeiro de 2025

Augusto Heleno (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputadas)

247 - A defesa do general da reserva Augusto Heleno, condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, enviou novos esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a condição de saúde do militar. Os advogados alegam que o diagnóstico de Alzheimer só foi confirmado no início de 2025, após uma bateria de exames realizados no ano anterior. De acordo com o G1, na manifestação direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, os representantes de Heleno afirmam que nunca atribuíram a 2018 qualquer diagnóstico da doença, contestando interpretações que circularam nos últimos dias.

Defesa nega diagnóstico anterior

No documento entregue ao STF, os advogados reforçam que não existe qualquer exame que comprove a existência de Alzheimer antes de 2024. Eles afirmam literalmente: “A defesa técnica reitera que em nenhum momento alegou que o requerente [Heleno] teria sido diagnosticado com a doença de Alzheimer em 2018. Assim sendo, não há exames a colacionar referentes a tal doença entre os anos de 2018 e 2023, eis que os exames específicos foram realizados em 2024 e o diagnóstico foi fechado somente em janeiro de 2025”.

Exames e confirmação da doença

O esclarecimento ocorre poucos dias após a prisão do general, detido pelo Exército e pela Polícia Federal na terça-feira (25), depois que sua condenação transitou em julgado. Desde então, ele cumpre pena em uma sala no Comando Militar do Planalto, em Brasília.

Moraes também solicitou à defesa que informe se o diagnóstico havia sido comunicado ao serviço de saúde da Presidência da República ou a qualquer órgão do governo durante o período em que Heleno integrou o primeiro escalão da administração federal.

Período no GSI e ausência de comunicação

Segundo os advogados, não havia o que comunicar à época em que Heleno chefiou o Gabinete de Segurança Institucional, entre 2019 e 2022, uma vez que ele não possuía diagnóstico nem registros médicos que indicassem a doença naquele período.

Pedido de prisão domiciliar

A defesa também sustenta que a confirmação do Alzheimer, aliada à idade avançada e a outras comorbidades, reforça o pedido para que Heleno possa cumprir a pena em regime domiciliar. Paralelamente, Moraes abriu prazo de cinco dias para que os representantes do general se manifestem sobre o pedido de visita protocolado pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

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