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Eleições 2022: 91% não se arrependem do voto para presidente, diz Datafolha

O índice de convicção é praticamente idêntico entre os eleitores que optaram por Lula e Jair Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Mariana Greif)

247 - A convicção do eleitorado brasileiro sobre a escolha feita nas urnas em 2022 permanece sólida, segundo levantamento do Datafolha. O estudo revela que a ampla maioria mantém a decisão tomada no último pleito presidencial, mesmo após novos episódios no cenário político.

De acordo com a pesquisa, 91% dos entrevistados afirmam não se arrepender do voto para presidente em 2022. O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro e apresenta margem de erro de dois pontos percentuais.

O índice de convicção é praticamente idêntico entre os eleitores que optaram por Lula e Jair Bolsonaro, ambos com percentuais superiores a 90%. Apenas 8% dos participantes disseram estar arrependidos, enquanto 1% não respondeu. A taxa de arrependimento cresce no Sul, onde chega a 11%, e entre brasileiros que recebem até dois salários mínimos, atingindo 10%. Já entre aqueles com renda de cinco a dez salários mínimos, o número recua para 6%.

Entre os que se dizem arrependidos, 4% declaram preferência pelo PT e 1% pelo PL. A pesquisa foi realizada logo após a prisão de Jair Bolsonaro, episódio considerado justo pela maioria, mas que não alterou o nível de fidelidade de sua base eleitoral, que segue demonstrando grau de convicção semelhante ao observado entre os apoiadores de Lula.

O Datafolha também avaliou expectativas para 2026. Nos cenários simulados, Lula aparece na liderança, embora registre 44% de rejeição — índice próximo ao de Bolsonaro, que marca 45%. A próxima eleição presidencial é vista como “muito importante” por 77% dos entrevistados. A percepção cresce entre bolsonaristas (85%) e mantém força entre lulistas (79%).

O engajamento também varia por faixa etária: pessoas entre 45 e 59 anos são as que mais valorizam o pleito (80%). Já entre os maiores de 60 anos, 12% afirmam não considerar a eleição importante. Mesmo no grupo que enxerga a disputa como muito relevante, o país segue fortemente polarizado: 80% avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, enquanto outros 80% o classificam como ruim ou péssimo.

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