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Brasil

Exército veta promoção de Mauro Cid para o posto de coronel

Além do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o Exército vetou a promoção de outros quatro oficiais investigados por envolvimento no planejamento de um suposto golpe de Estado

Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado
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247 - A Comissão de Promoções de Oficiais (CPO) do Exército Brasileiro decidiu vetar a promoção do tenente-coronel Mauro Cid ao posto de coronel, programada para este mês de abril. Cid, que já ocupou o cargo de ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), está preso preventivamente desde o dia 22 de março, o que motivou a decisão do colegiado. O resultado oficial das promoções será feito por meio de um comunicado interno no dia 29 de abril.

Segundo a CNN Brasil, “de acordo com o parecer do colegiado, Cid está impedido de concorrer à promoção por merecimento por incidir em artigo da Lei de Promoções dos Oficiais da Ativa das Forças Armadas (LPOAFA), que prevê que o militar preso cautelarmente não poderá constar de qualquer quadro de acesso, enquanto a prisão não for revogada”.

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Além disso, o regulamento também prevê que um militar suspenso de exercer as atividades específicas de sua arma, quadro ou serviço, mesmo que temporariamente, fica impedido de ser promovido, o que também afeta a elegibilidade de Cid para a promoção.

A possibilidade de promoção de Mauro Cid já era vista com ceticismo pela cúpula do Exército, dadas as diversas investigações em curso envolvendo o oficial, e a decisão da comissão não apenas confirma a improbabilidade de sua promoção, mas também o exclui da lista de candidatos.

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O tenente-coronel encontra-se detido no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, desde que voltou a ser preso em março, após a divulgação de áudios nos quais ele criticava a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, ele prestou um novo depoimento à Polícia Federal para esclarecer questões relacionadas aos áudios vazados. A PF está investigando as circunstâncias desse vazamento.

Cid é alvo de investigações em inquéritos que apuram o seu envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado e na venda ilegal de joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrmôniio do Estado brasileiro, mas que Jair Bolsonaro tentou se apropriar. Além disso, em março, Cid e Bolsonaro, juntamente com outras 15 pessoas, foram indiciados pela Polícia Federal por fraude relacionada aos cartões de vacinação contra a Covid-19.

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Ainda segundo a reportagem, outros quatro tenentes-coronéis sob investigação por supostas atividades golpistas, também foram impedidos pela Comissão de Promoções de Oficiais de concorrer a promoções neste momento. Apesar de não estarem presos, os militares, por determinação de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, estão suspensos de exercer as atividades específicas, ainda que em caráter provisório.

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