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Meta é denunciada ao MPF por possível "shadowban" de perfis de esquerda após agressão a Glauber Braga

Parlamentares e entidades ligadas à defesa da comunicação pedem que o MPF investigue denúncias de restrições a perfis de esquerda nas plataformas da Meta

Glauber Braga é agredido pela polícia legislativa sob as ordens de Hugo Motta (Foto: Rede digital X/Glauber Braga)

247 - Deputadas do Psol e entidades dedicadas à defesa da comunicação protocolaram uma denúncia no Ministério Público Federal para investigar suspeitas de que a Meta estaria restringindo a visibilidade de perfis ligados à esquerda após a ação do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), que ocupou simbolicamente a cadeira da presidência da Câmara dos Deputados. As informações são da coluna de Lauro Jardim, de O Globo.

Apoiadores relataram que contas de parlamentares do Psol, especialmente as de Glauber Braga e Sâmia Bomfim, deixaram de aparecer nas buscas do Instagram. A mesma situação teria ocorrido com o perfil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com páginas de jornalismo independente, incluindo o sindicato da categoria em São Paulo.

Suspeitas de censura e questionamentos sobre moderação

De acordo com o documento enviado ao MPF, os signatários afirmam que o estabelecimento de barreiras tecnológicas sem justificativa configuraria censura. Por isso, solicitam que a Meta explique se houve moderação de conteúdo, quais critérios teriam sido usados e se existe alguma política que sustente o mecanismo associado ao chamado “shadowban”.

As entidades também reivindicam que a empresa informe se há um canal específico para que usuários possam contestar restrições aplicadas de maneira indevida, já que diversos perfis teriam sofrido queda repentina de alcance e visibilidade.

Entidades cobram transparência da plataforma

O pedido de investigação menciona ainda que páginas jornalísticas e instituições profissionais enfrentaram limitações semelhantes. A preocupação central é a possibilidade de a Meta aplicar filtros ou mecanismos de redução de alcance sem aviso prévio, afetando especialmente vozes críticas e representantes políticos de esquerda.

O documento enviado ao MPF é assinado pelas deputadas Sâmia Bomfim e Fernanda Melchionna, ambas do Psol, além da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e outras três entidades que defendem a liberdade de comunicação e a transparência no ambiente digital.

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