Pedro Rousseff pede demissão de Eduardo Bolsonaro ao diretor-geral da PF
Sobrinho de Dilma Rousseff afirma que deputado incentiva fuga de condenados e viola deveres da Polícia Federal
247 - O vereador Pedro Rousseff (PT-MG), sobrinho da ex-presidenta Dilma Rousseff, acionou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para pedir a abertura de um processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro, que ainda está formalmente vinculado ao cargo de escrivão da PF.
No documento encaminhado à PF, Rousseff sustenta que o filho do ex-presidente incentivou publicamente a fuga de condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, postura que, segundo ele, caracteriza descumprimento das obrigações de um servidor da carreira policial.
O vereador de Belo Horizonte afirma que há decisões judiciais que tratam Eduardo Bolsonaro como integrante de uma estratégia de evasão do território nacional, alinhado a ações atribuídas aos deputados Alexandre Ramagem e Carla Zambelli. Rousseff menciona ainda indícios de articulações para obtenção de asilo político no exterior, o que, em sua avaliação, reforça o entendimento de que o parlamentar estaria ligado ao planejamento de fugas.
O pedido destaca que Eduardo Bolsonaro continua sujeito às normas internas da Polícia Federal, apesar do mandato na Câmara. Para Rousseff, declarações recentes do deputado configurariam estímulo moral e psicológico à evasão de investigados, contrariando deveres institucionais do cargo.
Entre os pronunciamentos citados, consta que Eduardo Bolsonaro afirmou ser “justo que todas as pessoas do 8 de Janeiro fujam de uma pena injusta” e declarou que “vale a pena lutar pela liberdade”. Para Rousseff, tais falas reforçam a acusação de incentivo à fuga. No documento, o vereador escreve ainda que “Eduardo Bolsonaro articula de forma traiçoeira contra o próprio país, inclusive abandonando seu mandato parlamentar”.
Rousseff conclui que incentivar fugas e, eventualmente, auxiliar na busca de asilo político no exterior configura infração disciplinar grave, passível de demissão, por facilitar a evasão de pessoas submetidas à jurisdição penal, o que justificaria a apuração pela Polícia Federal.



