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Prisão de Bolsonaro poderá ser usada para pressionar Messias no Senado

Indicação de Jorge Messias ao STF enfrenta ambiente político mais tenso após detenção do ex-presidente

Brasília (DF) - 08/05/2025 - O ministro Jorge Messias (AGU) (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

247 - A prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) deve elevar a tensão política em torno da indicação de Jorge Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com apuração da coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, integrantes do governo Lula avaliam que o ambiente no Senado ficará ainda mais hostil ao indicado.

Aliados ouvidos pela coluna, afirmam que a prisão de Bolsonaro tende a ser explorada por senadores durante a sabatina, tanto nos questionamentos públicos quanto nas conversas reservadas.

Ainda de acordo com o jornlista, mesmo antes da prisão, parlamentares já haviam enviado sinais claros ao Planalto de que Messias poderia não ter votos suficientes para ser aprovado. Um dos indícios seria o placar apertado da recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que passou no Senado por 45 votos a 26, o resultado mais estreito para um PGR desde a redemocratização.

Além de explorar politicamente a detenção de Bolsonaro, a oposição pretende articular uma estratégia paralela: associar Messias às falhas recentes no INSS.

Opositores devem insistir em que a AGU já tinha conhecimento de problemas antes de eles se tornarem públicos. A narrativa que pretendem sustentar é a de que o órgão teria, de alguma forma, “prevaricado” diante das irregularidades, versão que o governo nega.

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