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“Saúde e vida longa a Bolsonaro para que pague pelo que fez de mal ao Brasil”, diz Noblat

Ex-presidente será operado por nova hérnia abdominal sob regras impostas por Moraes enquanto permanece preso em regime especial

Ricardo Noblat e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

247 - Jair Bolsonaro passará por mais uma cirurgia abdominal, a oitava desde a facada sofrida em 2018, em meio ao cumprimento de uma pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado.

Os exames indicaram que Bolsonaro estava apto para enfrentar a nova operação, desta vez para tratar uma hérnia abdominal provocada pelo enfraquecimento dos tecidos após sucessivas intervenções cirúrgicas. O histórico médico inclui desde cirurgias de emergência logo após o atentado em Juiz de Fora, em setembro de 2018, até procedimentos complexos em 2025, como uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal e outra para tratar complicações decorrentes da facada.

Em sua coluna no site Metrópoles, o jornalista Ricardo Noblat diz que Bolsonaro “nunca foi um paciente disciplinado” e “nunca cumpriu exatamente as ordens dos seus médicos”, além de ter transformado cada cirurgia em um “espetáculo político para aumentar sua popularidade”. Desta vez, porém, o cenário é outro. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente não poderá conceder entrevistas nem usar celular durante a internação. “Nada de entrevistas enquanto estiver internado. Nada de celulares no quarto”, determinou Moraes, conforme relata o Blog do Noblat.

Bolsonaro cumpre pena em uma sala da Polícia Federal com condições diferenciadas. Ele permanece em um espaço com “direito a uma boa cama, banheiro privativo, frigobar e televisão”. O blog ressalta que a legislação brasileira diferencia presos comuns e presos especiais, sendo que estes últimos podem, por exemplo, receber atendimento médico em hospitais, enquanto presos comuns são tratados onde estiverem detidos, salvo em casos de extrema gravidade.

Na véspera do procedimento cirúrgico, Bolsonaro passou a noite de Natal acompanhado da esposa, Michelle Bolsonaro, e do filho Carlos Bolsonaro, vereador e ex-integrante do chamado “gabinete do ódio” durante o governo do pai. O senador Flávio Bolsonaro também esteve presente e relatou o estado emocional do pai que, segundo ele, escreveu uma carta que seria lida momentos antes da cirurgia.

Bolsonaro permaneça internado de cinco a sete dias. A família torce para que, após a alta, ele possa cumprir a pena em prisão domiciliar, algo que dependerá de decisão de Alexandre de Moraes.

“Este blog deseja saúde e uma vida longa a Bolsonaro para que pague pelo que fez de mal ao Brasil e aos brasileiros”, escreveu Noblat.

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